A construção da Pampulha, apesar de não ter sido ideia original de Juscelino Kubitschek, mas do prefeito anterior, Otacílio Negrão de Lima, ultrapassou o projeto inicial ao adquirir maior suntuosidade: um complexo arquitetônico, criado por Oscar Niemeyer e calculado por Joaquim Cardozo, que se tornou marco artístico internacional, demonstrando a capacidade de JK de conciliar ideias antigas com seu dinamismo e espírito empreendedor. O entretenimento era incorporado ao cotidiano da cidade, que, ao frequentar o Cassino e a Casa do Baile, desfrutava de ambiente luxuoso.
A lagoa da Pampulha também é palco de grandes eventos esportivos como a Volta Internacional da Pampulha, entre outras competições nacionais e internacionais. Em 2010 recebeu um desfile da Disney World com personagens da Disney.[4]
História
Em 1936, o prefeito de Belo Horizonte, Otacílio Negrão de Lima, iniciou o represamento do ribeirão Pampulha, objetivando a construção de uma lagoa, cuja finalidade seria amortecer enchentes e contribuir para o abastecimento da capital. A obra foi completada em 1943 na gestão de seu sucessor, Juscelino Kubitschek. Em seus planos de modernização da cidade, JK aproveitou a lagoa para construir um conjunto arquitetônico mundialmente famoso, desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer com projetos estruturais do engenheiro Joaquim Cardozo.[5] Mais tarde a orla da Pampulha foi cercada por uma imensa estrutura de lazer, como o estádio Mineirão, o ginásio Mineirinho, o Zoológico de Belo Horizonte, o Centro de Preparação Equestre da Lagoa e pistas para ciclismo e caminhada.[6]
Revitalização
A lagoa da Pampulha já foi área de lazer, sendo frequentada por banhistas, desportistas e famílias, até os anos 1980, quando a começou a ser poluída pelos córregos e fábricas do seu entorno.
Nos anos de 1979 e 1996 foram realizadas obras de dragagem de sedimentos que causaram a perda de grande parte do espelho d'água original da lagoa, já que o gigantesco montante de sedimentos foi apenas remanejado no interior do reservatório, formando uma ilha na região de desembocadura dos córregos Ressaca e Sarandi, sobre a qual foi inaugurada, já década de 2000, o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego.[7]
Em julho de 2001, a prefeitura passou a realizar diversas obras de recuperação da Lagoa e entorno. Em 2002, foi inaugurado um vertedouro de Tratamento das Águas dos Córregos Ressaca e Sarandi, construído em parceria com a Copasa.[8] Havia a intenção de completar a recuperação até a Copa do Mundo FIFA de 2014,[9] mas a revitalização encontra entraves principalmente envolvendo os córregos que abastecem a lagoa: o Córrego Xangrilá recebe esgoto do bairro homônimo por falta de uma rede adequada, e uma grande ocupação de 3,9 mil famílias em Contagem despeja seu lixo no Córrego Sarandi.[10]
Os principais afluentes do ribeirão Pampulha, onde foi construído o reservatório, são os córregos Sarandi e Ressaca. A profundidade máxima medida na lagoa da Pampulha em 2007 foi de 16,17 m, nas proximidades da barragem.[7]
Verticalização
Em 2008 passou a ser discutido um projeto de lei de verticalização da região, permitindo a construção de prédios em torno da orla do lago.[12] O projeto, no entanto, não teve aceitação popular[13] e em 2010 vereadores vetaram a verticalização perante a nova lei de uso e ocupação do solo da cidade aprovada pela Câmara Municipal.[14]