A língua buginesa (Basa Ugi, também chamada Bahasa Bugis, Buginês, Bugi, De) é uma língua falada por cerca de 4 milhões, principalmente no sul das Celebes, Indonésia.
Dialetos
Os Bugis ainda se distinguem entre si de acordo com seus principais estados anteriores ao período colonial (Bone, Wajo, Soppeng e Sidenreng) ou grupos de pequenos estados (próximo de Pare-Pare, Sinjai e Suppa) As línguas dessas áreas, com as suas diferenças relativamente pequenas entre si, foram reconhecidas por muitos linguístas como dialetos; estudos mais recentes identificaram onze deles, a maioria deles com dois ou mais sub-dialetos.
Lista de dialetos da língua Buginesa: Bone (Palakka, Dua Boccoe, Mare), Pangkep (Pangkajane), Camba, Sidrap (Sidenreng, North Pinrang, Alitta), Pasangkayu (Ugi Riawa), Sinjai (Enna, Palattae, Bulukumba), Soppeng (Kessi), Wajo, Barru (Pare-Pare, Nepo, Soppeng Riaja, Tompo, Tanete), Sawitto (Pinrang), Luwuk (Luwuk, Bua Ponrang, Wara, Malangke-Ussu).
Nome
A palavra Buginês deriva da expressão malaiaBahasa Bugis. Em buginês a língua é chamada Basa Ugi, en quanto que o povo Bugis é chamado To Ugi. Ugi significa O primeiro Rei em Buginês e se refere ao antigo Reino Bugis de Cina.
História
Pouco se sabe sobre os primórdios históricos da língua por falta de registros escritos. Um dos mais antigos textos escritos é o épico mito da criação dos Bugis, Sureq Galigo (séculos XIII a XV). Outra fonte sobre o Buginês é a tradicional escrita Lontara e seus registros históricos, cujo texto mais antigo é do século XVII. Isso, porém, não é aceito como fonte confiável, pois parece muito influenciado por mitos.
Antes da chegada dos neerlandeses no século XVIII, um missionário de nome B.F. Matthews já traduzira a Bíblia para a língua, o que o fez ser o primeiro europeu a conhecer o idioma. Os dicionários e os livros de gramática por ele compilados, os textos de folclore e de literatura que ele publicoi,são até hoje as principais fontes de informação sobre a língua. Matthews já havia conhecido também o Makassar.
Com o domínio neerlandês muitos Bugis fugiram de sua área original nas Celebes do Sul em procura de vida melhor, o que levou à existência de grupos falantes da língua dispersos pelo Arquipélago malaio.
A maioria dos falantes nativos, cerca de três milhões, se concentra nas Celebes do Sul, Indonésia, mas há pequenos grupos de falantes em Java, Samarinda e no leste de Sumatra, na Indonésia. Há falantes também em Sabá (Malásia), na Península da Malásia e no sul das Filipinas. A diáspora dos Bugis, com sua emigração durante século XVII, foi causada por situações de Guerra. A colonização pelos holandeses se tornou mais direta no início do século XX.
Escrita
O Buginês era geralmente expresso com a escrita Lontaras, da família “Brahmica”, a qual também era usada pelo Makassar e pelo Mandar. O nome Lontara se deriva da palavra língua malaia para borassus (palmeira “palmyra”) - lontar, em cujas folhas eram escritos textos da índia, Sudeste Asiático e Indonésia. Hoje, porém, é frequentemente escrita com o alfabeto latino, conforme exigência legal do governo Indonésio.
A escrita Lontara buginesa (conhecida no local como Aksara Ugi) apresenta ligeiras diferenças da escrita lontara de outras línguas, como do Makassar. Usa
Textos antigos, porém, geralmente não usam diacríticos e espera-se que os leitores identifiquem as palavras pelo contexto para pronunciar com correção. Como é de se esperar, isso leva a enganos por parte de leitores não muito experientes, como, por exemplo, bolo podendo ser erroneamente lida como bala.
Amostra de texto
Sininna rupa tau ri jajiangngi rilinoe nappunnai manengngi riasengnge alebbireng . Nappunai riasengnge akkaleng, nappunai riasengnge ati marenni na sibole bolena pada sipakatau pada massalasureng.
Português
Todos seres humanos nascem livres e são iguais em dignidade e direitos. Eles são providos de razão e consciência e devem agir uns em relação aos outros num espírito de fraternidade. (Artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)