O satélite era parte do sistema Tselina-D [en] de satélites de reconhecimento militar.[3][4] Foi desenvolvido por Yuzhnoye e tinha uma massa de aproximadamente 2,200 kg,[5] com uma expectativa de vida aproximada de seis meses.[6] Substituiu o satélite Kosmos 1378.[5]
No dia 15 de novembro de 2021, o satélite foi destruído, causando um rastro de lixo espacial que ameaçou a Estação Espacial Internacional.[3] Os sete tripulantes na ISS (4 estadunidenses, 2 russos e 1 alemão)[8] abrigaram-se nas cápsulas de retorno[9] para rapidamente abortarem suas missões no caso dos detritos atingirem a estação.[10] O satélite estava numa órbita pouco acima da estação[4] e os detritos passam por ela a cada 93 minutos.[11] A tripulação abrigou-se somente para a segunda e terceira passagem pelo campo de detritos, após a consideração do risco;[12] Os detritos também colocam outros satélites em perigo.[10]
Subsequentemente o Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou a Rússia de ter mirado o Kosmos 1408 durante um teste de uma arma antissatélite, usando o míssil de superfície contra o satélite desativado,[11] dizendo ser uma atitude "perigosa e irresponsável".[8] No dia seguinte, Sergei Shoigu, Ministro da Defesa da Rússia, reconheceu que os detritos foram devido a um teste de uma arma antissatélite, mas argumentou que não representava perigo para as atividades espaciais.[13]
O representante estadunidense Ned Price [en] falou que o evento gerou mais de 1500 peças de detritos rastreáveis por radares de solo[11][15] e outras centenas de milhares que são mais difíceis de rastrear.[10] Espera-se que os detritos continuem em órbita por vários anos, possivelmente décadas.[16] No dia 16 de novembro de 2021, orbitavam em altitudes entre 440-520 km.[10] No dia 17, 300-1100km.[17]
O administrador da NASA Bill Nelson declarou que "Com sua longa e relevante história na exploração espacial tripulada, é impensável que a Rússia não só colocaria em risco os astronautas estadunidenses e internacionais presentes na ISS, mas também seus próprios cosmonautas" com dois cosmonautas entre sete tripulantes e as "ações são irresponsáveis e perigosas, também ameaçando a Estação Espacial Chinesa."[18]