Jürgen Partenheimer (Munique, 14 de maio de 1947) é um artistaalemão. Jürgen Partenheimer está entre os mais renomados artistas alemães de sua geração. Desde sua participação nas Bienais de Paris em 1980 e de Veneza em 1986, sua obra tem sido mostrada em diversos países do mundo.
Obra
O trabalho de Jürgen Partenheimer, surgido nos anos 80 na Alemanha, revela uma experiência profunda da arte e do mundo por meio de uma prática artística que se estende pelo desenho, pintura, escultura e poesia. Seu projeto estético desenvolve-se a partir da Abstração e tem o desenho como registro primeiro de todo pensamento e conceito de trabalho. Também importantes na estruturação de seu programa artístico estão a música e a literatura, as quais oferecem referentes e interlocutores fundamentais à sua morfologia abstrata. Suas arquiteturas sensíveis, seus planos fragmentados e esquadrinhados por meio de gestos que mais enunciam que afirmam, parecem, dentro da especificidade do meio, corresponder aos movimentos de uma composição musical ou aos ritmos e silêncios entre as palavras em um poema. Partenheimer trata os seus temas de modo conciso e exato, no limite da sua fisicalidade, explorando-os num ponto de transição entre a sua presença e a sua imaterialidade. O que parece arbitrário – as formas rudimentares e simples, a economia e o asceticismo do meio, a autonomia da linguagem, a tendência ao monocromático – é na verdade o que cria a estrutura e a imaginação da pintura.
Biografia
Jürgen Partenheimer nasceu a 14 de maio de 1947 em Munique, Alemanha.
1968 – 1976. Estuda história da arte, história, filosofia e belas artes na Alemanha, Estados Unidos, México e França. 1970 – 1971 recebe Bolsa Columbus nos Estados Unidos.
1972 é convidado como artista-residente do Museu de Arte Abstrata Espanhol, Cuenca, Espanha. 1973 recebe o título de Mestre em Belas Artes do Departamento de Arte da Universidade de Arizona, Tucson, Estados Unidos. 1976 recebe Bolsa de pesquisas do Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, França. Termina o doutoramento em história da arte e filosofia na Universidade Ludwig-Maximilian, Munique, Alemanha. 1980 participa da XI Bienal de Paris. 1981 participa da exposição “Núcleo I” da XVI Bienal de São Paulo, Brasil. 1982 recebe o NEA Grant (National Endowment for the Arts) pela exposição Livros e desenhos na Franklin Furnace em Nova Iorque, e o Canada Council Grant para artistas visitantes estrangeiros, Montreal, Canadá. Convidado como professor-visitante de arte na Universidade Concordia, Montreal, Canadá. Bolsa da Renânia do Norte-Vestfália para artes visuais do Ministério da Cultura em Düsseldorf. 1983 – 1984 é convidado a ser artista-visitante no San Francisco Art Institute, São Francisco. 1985 – 1986 leciona como “professor-visitante ilustre” na Universidade da Califórnia, Davis, Estados Unidos e na Academia de Artes em Düsseldorf, Alemanha. 1986 participa da XLII Bienal de Veneza, Itália. 1987 – 1990 leciona como professor de arte na Rijksakademie van Beeldende Kunsten, Amsterdã, Países Baixos. 1991 escreve o manifesto poético De Coloribus. Ensaio sobre as cores, co-publicado em Düsseldorf, Amsterdã e São Francisco. 1991 – 1994 convidado como professor-visitante de arte no Royal College of Art, Edimburgo, Escócia. 1995 recebe o prêmio de crítico de arte da cidade de Madrid, Espanha. 1999 participa do simpósio internacional “Ciência, Tecnologia, Literatura e as Artes” da Universidade de Santiago de Compostela, Espanha. 2001 Simpósio internacional Crossmapping – Partenheimer in China no Museu de Arte de Bonn em colaboração com a Fundação Alexander von Humboldt, Bonn, homenageando as exposições de Jürgen Partenheimer em Pequim e Nanquim. 2003 recebido como convidado de honra da Academia Alemã de Villa Massimo, Roma, Itália. 2004Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha por sua contribuição artística destacável. Grande Prêmio de Artes Visuais de 2004 da Fundação das Artes de Dortmund. 2005 convidado como artista-residente no Edifício Copan da EXO experimental e Goethe Institut Sao Paulo, Brasil. 2006 convite do Nietzsche-Haus em Sils im Engadin/Segl, Suíça, realização do „Zyklus Sils-Maria – 24 aquarelas“. Palestra no Henry Moore Institute, Leeds. Museu Haus der Kunst München, debate e apresentação do „Diário Paulistano - Copan“. 2007 exposição Copan, Diário Paulistano na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Abertura da exposição „Metaphysische Landschaft“ no Nietzsche-Haus, Sils-Maria, Suíça.