Um manifesto é um texto de natureza dissertativa e persuasiva, uma declaração pública de princípios e intenções, que objetiva alertar um problema ou fazer a denúncia pública de um problema que está ocorrendo, normalmente de cunho político. O manifesto destina-se a declarar um ponto de vista, denunciar um problema ou convocar uma comunidade para uma determinada ação. Ele tem uma estrutura, relativamente, livre, mas com alguns elementos indispensáveis, tais como: título, identificação e análise do problema, argumentos que fundamentam o ponto de vista do(s) autor(es), local, data, assinaturas dos autores e, até, dos simpatizantes da causa.
Na transição da era moderna para a contemporânea, os artistas, além de utilizar os dispositivos tecnológicos comunicacionais em suas obras, passaram a necessitar dos produtos da comunicação para a divulgação de suas criações.[1]
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A cultura dos manifestos corresponde a uma "necessidade legítima dos artistas de conquistar um espaço nos meios de comunicação responsáveis por fazer a ponte entre suas ideias e o grande público".
Embora a estrutura de um manifesto seja livre, existem características frequentes que o identificam:
estrutura dissertativa;
tom de conclamação;
presença de vocativos;
a linguagem pode variar, dependendo de alguns fatores: a quem o manifesto é dirigido? onde será divulgado? em jornal, rádio, televisão? Costuma-se preferir a linguagem formal, com verbos no presente do indicativo ou no imperativo;
corpo do texto: o problema é identificado e analisado, apresentando-se argumentos que validem o que se diz. Como o texto é de caráter argumentativo (pretende convencer o leitor de algo), deve-se recorrer a argumentos sólidos;
local, data e assinaturas: tanto assinaturas das pessoas que participam na elaboração do texto como das que apoiam o que está sendo afirmado;
título: indica o conteúdo do manifesto;
é diferente do abaixo assinado, pois não é uma reivindicação, mas uma declaração de intenções.[3][4][5]
↑[6] Manifesto das Sete Artes, acessado em 16-09-2011.
↑[7] Oswald de Andrade - Correio da Manhã, 18 de março de 1924, acessado em 04-07-2011.
↑[8] Manifesto do Surrealismo de André Breton, acessado em 04-07-2011.
↑[9] Oswald de Andrade, Piratininga, Ano 374 da deglutição do Bispo Sardinha - Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928, acessado em 04-07-2011.