Maria Josefina Teodora Plá Guerra Galvany nasceu no dia 9 de novembro de 1903, na Isla Lobos, em Fuerteaventura, Ilhas Canárias, Espanha, onde seu pai, Leopoldo Plá, mantinha um farol. Plá foi a primogênita de uma família de sete filhos. Sua mãe se chamava Rafaela Guerra Galvany.[5]
Em 1924, durante as férias com sua família em Villajoyosa, Alicante, Plá conheceu o escultor paraguaio Andrés Campos Cervera, conhecido pelo nome artístico Julián de la Herrería. Ele estava na Espanha para estudar cerâmica. Plá e Cervera se conheceram poucos dias antes dele concluir seus estudos e retornar ao Paraguai. Apesar dessa separação, vinte meses depois, ele pediu permissão ao pai de Plá para se casar com ela. A cerimônia foi realizada em 17 de dezembro de 1926. Em 1927, Plá se instalou no Paraguai com o marido e se estabeleceu na Villa Aurélia, em Assunção.[6]
Plá e seu marido retornaram duas vezes à Espanha.[7] Na primeira vez, no ano de 1931, para a exposição das obras de cerâmica de Cervera em Madri.[6] A segunda visita foi em 17 de outubro de 1934. Julián de la Herrería morreu em Valência, Espanha, em 1937.[2][7] Plá voltou ao Paraguai um ano depois.
Plá faleceu em 11 de janeiro de 1999 em Assunção.[6]
Carreira artística
Apesar de iniciar-se na poesia e ser escritora por toda sua vida, Plá expandiu seu trabalho artístico também para as artes visuais. O trabalho de escultura e cerâmica dela foi descrito como “um arquivo da história cultural do Paraguai”.[8] Seu trabalho foi amplamente exibido por toda a América do Sul. Alguns dos murais e mosaicos que ela criou ainda podem ser vistos nos prédios da cidade de Assunção. Algumas de suas cerâmicas estão expostas no Centro Cultural de España Juan de Salazar na capital paraguaia.
Na década de 1950, ela cofundou o Grupo Arte Nuevo (Grupo de Arte Nova, em português) junto com outros artistas, incluindo Olga Blinder, Lilí del Mónico e José Laterza Parodi. Em 1952 ela escreveu um artigo para um catálogo da exposição de Olga Blinder que foi considerado, posteriormente, um manifesto da arte moderna no Paraguai. Na época, foi um passo pioneiro para a criação do grupo. Em 1959, em resposta à Exposición de Obras del Museo de Arte Moderno de San Pablo, Plá discutiu a modernização artística em dois longos artigos de jornal, contextualizando a exposição dentro da cena artística local e avaliando criticamente a seleção de obras de arte.[9][10]
Carreira literária
Plá foi considerada uma poetisa da escola vanguardista,[2] ao lado de Hérib Campos Cervera, sobrinho de seu marido.
A criação literária de Josefina Plá abrange vários campos da escrita e apresenta temas ligados a temas típicos da história cultural e sobre dimensões da experiência humana. A representação de figuras femininas é uma característica marcante em suas narrativas.[11] Sua poesia dá voz a esfera feminina historicamente silenciada e denuncia as prisões sociais imposta às mulheres.[12] Também explora experiências individuais contraditórias como o amor e o ódio.[13] é constante o conceito de deslocamento cultural, por meio de personagens com identidadesdiaspóricas, fronteiriças e híbridas e narrativas multi idiomáticas, que misturam tradições e imaginários culturais.[14]
Sua produção agrega literária mais de quarenta títulos, entre poesia, narrativa e teatro; também história social e cultural do Paraguai; sobre cerâmica, pintura e crítica. Ela colaborou frequentemente com Roque Centurión Miranda em muitas de suas peças, particularmente a partir de 1942.[15]
Produção ficcional
A seguir, um resumo dos trabalhos de poesia e peças de teatro de Josefina Plá.
Ano
Poesia
1934
El precio de los sueños
1950
Una Novia para Josevai
1960
La raíz y la aurora
1965
Rostros en el agua Invención de la muerte
1966
Satélites oscuros
1968
El polvo enamorado Desnudo día
1975
Luz negra
1982
Follaje del tiempo Tiempo y tiniebla
1984
Cambiar sueños por sombras
1985
La nave del olvido La llama y la arena Los treinta mil ausentes
1996
De la imposible ausente
Teatro (1927-1974)
Observação
Víctima propiciatoria
Episodios chaqueños
com Roque Centurión Miranda
Porasy
roteiro de ópera com música de Otakar Platal
Desheredado
com Roque Centurión Miranda
La hora de Caín
com Roque Centurión Miranda
Aqui no ha pasado nada
com Roque Centurión Miranda
Un sobre en blanco
com Roque Centurión Miranda
María inmaculada
com Roque Centurión Miranda
Pater familias
com Roque Centurión Miranda
La humana impaciente
Fiesta en el río El edificio
De mí que no del tiempo
El finginte inesperado
Historia de un número
Teatro (1927-1974)
Observação
Esta é a casa que Juana construiu
La cocina de las sombras
El professor
El pan del avaro
peça infantil
El rey que rabió
peça infantil
El hombre de oro
peça infantil
La tercera huella dactilar
Media docena de grotescos brevísimos
Las ocho sobre el mar
Hermano Francisco
Momentos estelares de la mujer
Don Quijote y los Galeotes
El hombre en la cruz
El empleo
Alcestes
Carreira historiográfica
Plá elencou as mulheres como grandes protagonistas da História em suas reflexões históricas sobre a nação paraguaia.[4]
Produção historiográfica
Sua obra sobre a história cultural e social do Paraguai inclui os seguintes títulos:
História cultural e social do Paraguai
La cultura paraguaya y el libro
Literatura paraguaya del siglo XX
Apuntes para una historia de la cultura paraguaya
Arte actual en el Paraguay
Quatro selos de teatro no Paraguai
Impacto de la cultura de las reduciones en lo nacional
Apuntes para una aproximación a la imaginería paraguaya
El Templo de Yaguarón
El barroco hispano-guaraní
Las artesanías en el Paraguai
Ñandutí. Encrucijada de dos mundos
El espíritu del fuego
El libro en la época colonial
Bilingüismo y tercera lengua en el Paraguay
Españoles en la cultura del Paraguay
La mujer en la plástica paraguaya
Os britânicos no Paraguai, 1850 - 1870 (traduzido por BC McDermot)
Hermano Negro. La Esclavitud en el Paraguai
Prêmios e participações
Ao longo de sua vida, ela recebeu vários prêmios, condecorações e indicações a prêmios.
↑Forjadores del Paraguay: Diccionario biográfico. Buenos Aires, Argentina: Primera Edición Enero de 2000. Distribuidora Quevedo de Ediciones. 1 de janeiro de 2000