José Pio Borges de Castro Filho (Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1948) é um engenheiro mecânico brasileiro. Foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) entre os anos de 1998 e 1999.[1][2]
Biografia
Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Castro Filho formou-se no curso de engenharia mecânica oferecido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) no ano de 1971.[3] Após a conclusão do curso, realizou mestrado em finanças pela mesma instituição.[3]
Na década de 1980, mudou-se para Nova Iorque para estudar na The New School.[3]
Vida profissional
Foi analista financeiro da IBM do Brasil entre os anos de 1974 a 1975.[4] No ano de 1990, assumiu a vice-presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na gestão de Eduardo Modiano, no governo do Presidente Fernando Collor de Mello (PRN).[5] Foi um dos principais articulistas do planos nacionais de privatizações como as das empresas Companhia Petroquímica do Sul (Copesul) e da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (Usiminas).[6]
Voltou a atuar como vice-presidente do BNDES, na gestão de Luiz Carlos Mendonça de Barros que foi presidente da instituição entre os anos de 1995 a 1998.[7] Após a saída de André Lara Resende, em novembro de 1998, devido ao escândalo do grampo do BNDES, Castro Filho assumiu a presidência do banco, cargo que ocupou até o ano de 2000 durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).[8]
Após a saída da presidência do BNDES, foi trabalhar no setor privado sendo diretor do Banco Liberal S.A. de 1999 e 2002, e do Bank of América, entre 1999 e 2001.[4] Participou do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce (Valepar S.A.).[3]
Denúncias
Favorecimentos decorrentes das privatizações
Em 2007, foi denunciado por possíveis favorecimentos e faltas de tecnicidade, após um laudo do Ministério Publico Federal (MPF), durante os processos de privatização no Brasil ocorridos na década de 1990.[9][10] No ano de 2010, o juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF-1), Fernando Tourinho Neto, absolveu Castro Filho das denúncias.[11]
Em 2021, uma nova absolvição foi concedida para Castro Filho em relação à possíveis desvios durante a privatização da Eletropaulo.[12] Na decisão do juiz federal Tiago Bitencourt de David, da 10ª Vara Federal Cível de São Paulo, não reconheceu chances de improbidades no nome de Castro.[13]
Referências