Joan nasceu em Minneapolis, em 1941.[7] Cresceu em sua cidade na década de 1950 e 1960, educada para ser dona de casa e esposa. Estudou na Blake School, um colégio só para meninas, onde concluiu o ensino médio.[7]
Em 1963, Joan se formou com um bacharelado em Ciências na área de química pelo Antioch College, em Ohio. Seu interesse por biologia molecular começou no laboratório de Alex Rich no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Após a conclusão da pós-graduação, Joan se candidatou à uma vaga na faculdade de medicina, pois desconhecia a existência de outras doutoras na mesma área que a sua. Foi aceita na Universidade Harvard, mas declinou do convite para trabalhar com bioquímica e biologia molecular no novo programa da mesma universidade. Lá, ela foi a primeira mulher a integrar o laboratório do ganhador do Nobel James Watson.[8]
Carreira
Joan terminou sua pesquisa de pós-doutorado no Laboratório de Biologia Molecular do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido na Universidade Cambridge, onde trabalhou com Francis Crick, Sydney Brenner e Mark Bretscher. No laboratório, Joan queria responder à pergunta de como uma bactéria sabia em que ponto começar a ler um RNA mensageiro (RNAm). Desta forma, ela descobriu as sequências exatas em um vírus de RNA maduro que codificava três proteínas, onde o RNAm do vírus liga os ribossomos bacterianos para produzir proteínas. Em 1969, publicou um artigo de grande importância na revista Nature, mostrando a sequência de nucleotídeos dos pontos de início da ligação.[9]
Em 1970, Joan foi para a Universidade Yale. Em 1975 publicou a descoberta pela qual é mais conhecida, demonstrando que os ribossomos usam pares de bases complementares para identificar o ponto inicial no RNA mensageiro.[10][11]
Em 1980, Joan colaborou em um artigo importante com Michael Lerner, sobre o uso de imunoprecipitação com anticorpos humanos em pacientes com doença autoimune, para isolar e identificar novas pequenas ribonucleoproteínas nucleares (pronuncia-se "snurps") e assim identificando seu papel no splicing.[2]
↑Joan Elaine Argetsinger Steitz (ed.). «Studies of the R17A protein». Academic Genealogy Wiki. Consultado em 17 de novembro de 2019
↑ abLerner, M. R.; Boyle, J. A.; Mount, S. M.; Wolin, S. L.; Steitz, J. A. (1980). «Are snRNPs involved in splicing?». Nature. 283 (5743): 220–4. PMID7350545. doi:10.1038/283220a0
↑Vasudevan, S.; Tong, Y.; Steitz, J. A. (2007). «Switching from Repression to Activation: MicroRNAs Can Up-Regulate Translation». Science. 318 (5858): 1931–1934. PMID18048652. doi:10.1126/science.1149460
↑Steitz, J. A. (1969). «Polypeptide Chain Initiation: Nucleotide Sequences of the Three Ribosomal Binding Sites in Bacteriophage R17 RNA». Nature. 224 (5223): 957–64. PMID5360547. doi:10.1038/224957a0