Este trecho do relato de João (João 19:1–15) inicia imediatamente depois que Pôncio Pilatos não consegue libertar Jesus utilizando o costume do indulto da Páscoa. Depois de mandar flagelá-lo e de seus soldados o terem coroado "rei dos judeus" com uma coroa de espinhos, ele tenta novamente apresentar Jesus à multidão bem castigado (Ecce homo). Depois de interrogá-lo mais uma vez, acaba por condená-lo à morte por crucificação (sem mencionar Pilatos lavando as mãos).
Em seguida (João 19:16–30), João conta que o próprio Jesus carregou sua cruz (não há menção de Simão Cireneu) e que ele foi crucificado entre "dois ladrões" (que ficariam conhecidos como bom ladrão e mau ladrão). Confeccionada à pedido do próprio Pilatos, segundo João, sobre a cabeça de Jesus foi pregado título dizendo "Jesus Nazareno, Rei dos Judeus" em hebraico, latim e grego ((INRI em latim - Iesus Nasarenus Rex Iudaeorum).
Depois da crucificação, diversos eventos se realizam para «cumprir a Escritura» (João 19:24) segundo João:
Os soldados disputam a sorte para levar suas vestes.
Não lhe quebraram as pernas como era o costume (e como foi feito com os ladrões) «para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado.» (João 19:36)
O trespassaram com uma lança, pois «Diz ainda outra passagem: Olharão para aquele a quem traspassaram.» (João 19:37)
Encerrando o relato deste capítulo (João 19:38–42), João conta que José de Arimateia conseguiu autorização de Pilatos para enterrar Jesus e, com a ajuda de Nicodemos, retiraram o corpo da cruz e o prepararam para ser sepultado de acordo com os costumes judaicos da época. Por causa da Páscoa que se aproximava, enterraram Jesus rapidamente num túmulo não utilizado nas redondezas.