Inicialmente habitado por índios, o atual município de Jequitaí tem sua história ligada ao ciclo do ouro. A riqueza mineral da região foi descoberta no ano de 1872, já no final do Império do Brasil, por viajantes que faziam o trajeto da Vila de Formigas (hoje, Montes Claros) para a Vila Nossa Senhora do Bom Sucesso e Almas da Barra do Rio das Velhas (hoje, Barra do Guaicuí, distrito pertencente a Várzea da Palma).
Ao atravessarem um rio, no lugar denominado Porto Inhay, eles encontraram diamantes de qualidade apreciável e ali se estabeleceram.
Depois, prosseguindo em sua viagem, chegaram à fazenda do major Cipriano de Medeiros, mais tarde Barão de Jequitaí, a quem venderam os diamantes. O major, por sua vez, os comercializou em Diamantina. A notícia do descobrimento das preciosas pedras se espalhou, trazendo, às margens do referido rio, gente de toda a parte. Mais ou menos 500 garimpeiros acamparam em choças de palha e capim e formaram um arraial.
A maior parte desses garimpeiros era procedente de Diamantina e, em homenagem a eles, hoje existem, na cidade, algumas ruas com os nomes: Diamantina, Mendanha, Inhay etc.
Pela Lei Provincial nº 1 996, de 14 de novembro de 1873, a povoação foi elevada à categoria de Vila de Jequitaí, com sede no Arraial do Senhor do Bonfim, no então município de Montes Claros. Dois anos depois, a Lei nº 2 145 transformou a Vila de Jequitaí em distrito pertencente a Montes Claros.
Pela Lei Provincial nº 2 810, de 4 de outubro de 1881, foi, a sede, transferida para o Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Jequitaí. Pela Lei Provincial nº 3 276, de 30 de outubro de 1884, foi elevada à condição de "cidade de Jequitaí", época esta de notório desenvolvimento, motivado pela lavoura e, em grande parte, pela extração de seus diamantes.
No entanto, o povo de Jequitaí gozou as regalias de cidade por pouco tempo, já que a Lei nº 44 de 17 de abril de 1890 reduziu a cidade a um simples distrito, passando a denominar-se Vila Nova de Jequitaí e sofrendo um grande revés, voltando a pertencer a Montes Claros.
Em 1948, foi proclamada a independência político-administrativa de Jequitaí, sendo elevada novamente à categoria de cidade pela Lei nº 336 de 27 de dezembro de 1948, constituída somente pelo distrito da sede.
Existem pelo menos duas explicações quanto à origem do nome da cidadeː
Como o alimento básico de que os garimpeiros que povoaram a cidade se serviam era o peixe, eles armavam um balaio (Jequi), no meio das pedras (Ita) dentro do rio (Hy), onde nasceu o nome Jequitaí, que até hoje se conserva, devido a sua origem e significado.
Na região, está situada a Lapa Pintada, que constitui importante sítio arqueológico. Outros atrativos são o Curral de Pedras, refúgio de pássaros e animais silvestres, e a catarata do Sítio, que forma uma piscina natural.
Geografia
Sua população estimada em 2004 era de 8 444 habitantes.
↑Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
↑IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
↑«Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010