O Jardim Zoológico de Curitiba é um zoológico localizado na cidade de Curitiba, capital do estadobrasileiro do Paraná. Está situado dentro do Parque Regional do Iguaçu, o maior parque urbano do país, com 8 milhões de metros quadrados e considerado um santuário ecológico para muitas espécies. O Parque é cortado pelo rio Iguaçu, que forma campos inundados e matas ciliares em suas margens, além de bosques naturais.[1]
História
O atual zoológico foi inaugurado no dia 28 de março de 1982, recebendo os animais que estavam instalados dentro do Passeio Público (além do parque mais antigo da cidade, o Passeio Público é considerado o primeiro zoológico de Curitiba).[2]
Infraestrutura
O zoológico ocupa uma área de 589 mil m² e possui exemplares da fauna de todas as partes do mundo. São leões, tigres, chimpanzés, hipopótamos, girafas, zebras, camelos, grous, ariranhas e dezenas de outras espécies, que representam aproximadamente 1.500 animais[3] (número de 2017[4]). Com as condições ideais de tratamento, a instituição possibilita a reprodução em cativeiro de animais como a lontra, o bisão, o lobo-guará, a arara-de-colar e a ararajuba.
Para visitação
Para os visitantes, além dos animais expostos em recintos apropriados, o zoo oferece o "Centro de Educação Ambiental", onde acontecem aulas de educação ambiental e um pequeno acervo de animais nativos taxidermizados (empalhados).[1] Também tem a "Casa do Acantonamento", que entre outras atividades, fornece, ou mantem, uma equipe especializada para atividades com alunos de escolas, elabora oficinas ambientais internas e externas, visitas orientadas como o "Noite no Zôo" ou atividades externas, como "Teatro na Escola" ou o "Zôo vai à Escola".
Lanchonetes, banheiros, abrigos e um mirante de 40 metros de altura completam a infraestrutura, além de um amplo estacionamento.
Com toda esta estrutura, o zoo de Curitiba está classificado entre os 5 maiores zoológicos do Brasil.[1]
Animais
No final de 2010, o zoo recebeu novos moradores: dois filhotes de lontra e um de babuíno que nasceram dentro do zoológico. A Lontra longicaudis (machos batizados de Adolfo e Astolfinho) é uma espécie ameaçada de extinção e é muito raro o nascimento em cativeiro. O Zoológico de Curitiba foi um dos primeiros no país a ter sucesso na reprodução de lontras. O primeiro nascimento da espécie aconteceu no começo da década de 1990. O pai do babuíno que nasceu, foi incorporado ao zoológico em 2008, quanto foi entregue pelo IBAMA vindo de um circo de Foz do Iguaçu, onde o animal sofria maus tratos[5].
No dia 16 de agosto de 2011, faleceu a moradora mais antiga do zoológico até então. A chimpanzé Imperatriz (1964-2011) morreu de causas naturais e morava no zoo desde 1981, após ter sido resgatada de um circo no qual sofria maus tratos.[6] Desde 2009, dividia seu recinto com Bob, um macho da mesma espécie.[7]
Em 2013, 19 antílopes (16 fêmeas e três machos) que viviam no zoo desde 1998, morreram quando foram transferidos de recinto.[8][9]
Entre os mais de 1500 moradores do zoo que vivem, ou viveram, estão:
chimpanzé Imperatriz (1964-2011): moradora do zoo desde 1981, morreu em 2011.[10]
leão Simba (2002-2020): resgatado ainda filhote em uma residência, chegou ao zoo em 2002. Morreu em 2020[11]
Leo, Leona e Nala: leões irmãos que nasceram no zoo em 2006, filhos de Diana e Simba.[12] O canal RPC TV propôs uma campanha para escolher os seus nomes, na ocasião.
leão Rawell: entregue ao zoológico em 2014 pelo IBAMA, depois de um sequestro que repercutiu nacionalmente. Tornou-se o principal felino do local, depois da morte de Simba.[13][14][15][16]
girafa Pandinha (1989-2022): a girafa nasceu no zoo de Curitiba e ao completar 30 anos, em 2019, era a quarta girafa mais velha no mundo.[17]
hipopótamos Charlene (2003-), Dino, Penélope II (2013-) e Glória (2013-): família com mãe e duas filhas que nasceram no zoo de Curitiba e o pai, Dino, que veio transferido do zoológico de Sapucaia (RS) em 1997.[18][19] Charlene já tinha dado a luz a outros três filhotes dentro do zoo, que foram rejeitados e a própria mãe os matou.[20]
chimpanzé Bob: vive no zoo desde 2008, quando foi resgatado de um circo e vivida em Pomerode (SC).[21]
onças, Maia, Apolo e Áries (2008-): família de onças, os pais Maia e Apolo, transferidos de Manaus e o filho, Áries, que nasceu no zoo em 2008.[22]
urso-de-óculos, Andy (2005-1019): morreu em 2019, aos 14 anos, devida as complicações de uma cirurgia. Viveu 13 anos no zoo, depois de transferido de um zoológico do interior de São Paulo, em 2006.[23][24]
tigre de bengala Shogun (2002-2013): vivia no zoo desde 2011. O animal foi doado ao zoo pelo Beto Carrero World, transferido por problemas de saúde, como nos rins e na coluna vertebral.[25]
lontras: Iberê (2020-) nasceu no zoo em 2020 e é filho do casal Bella e Canauã. O primeiro filhote de lontra que nasceu no zoo de Curitiba, foi no ano de 1990.[26]
macaco monocarvoeiro ou muriquis-do-sul: o zoo de Curitiba é um dos dois únicos zoológicos especializado na reprodução da espécia (o outro é o Zoo de Sorocaba, em São Paulo). A espécie ameaçada de extinção, ganhou mais um indivíduo, em março de 2020, filho do casal Aguirre e Fernanda.[27][28]
tigre Tom (≅ 2000-2021): um dos mais visitados, chegou no zoológico em 2014, depois de seus tutores entregaram o animal para o IBAMA. Estes tutores adotaram o Tom, ainda pequeno, depois que o circo em que o tigre vivia e era uma das atrações, resolveu acatar a lei n° 7.291-A do governo federal. Tom teve 3 filhos e um deles participou da novela Amor Eterno Amor.[29]