O incêndio em pousada de Porto Alegre ocorreu na madrugada de 26 de abril de 2024, resultando na morte de dez pessoas. Este foi o segundo maior incêndio de Porto Alegre, o primeiro sendo o incêndio nas Lojas Renner em 1976.[1]
Incêndio
A pousada está localizada num prédio de três andares[2] na avenida Farrapos, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A pousada era da rede Garoa.[3][1] As chamas começaram por volta das 2h,[4] e os bombeiros foram acionados por volta de 2h20min.[3] O incêndio ocorreu próximo a um posto de combustível.[2] O comandante do 1.º Batalhão do Corpo de Bombeiros, Lúcio Junes da Silva, disse que os quartos da pousada eram muito próximos, fazendo com que o fogo se espalhasse rapidamente e impedindo a saída de muitas pessoas.[3] Por volta das 3h, cinco caminhões do Corpo de Bombeiros auxiliavam a apagar o fogo.[3] O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Brigada Militar e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) também estiveram presente, e o trânsito ficou bloqueado totalmente.[3] Por volta das 4h, o fogo estava controlado, segundo o Corpo de Bombeiros, que agora atuava em rescaldo (combatendo pequenos focos). Aproximadamente uma hora depois, porém, voltaram a aparecer chamas de maior intensidade.[3] O prédio ficou completamente destruído.[2]
De acordo com a Record, duas pessoas morreram por inalação de fumaça, enquanto oito morreram carbonizadas.[4] Duas vítimas estavam no primeiro andar, cinco no segundo e três no terceiro.[3][5] Onze pessoas foram resgatadas; oito foram para hospitais pelos bombeiros e pelo Samu. Outras receberam atendimento no Hospital Cristo Redentor.[5] Seis feridos foram direcionados ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.[4] A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, ainda no dia 26, que duas pessoas estavam entubadas, em estado de saúde grave. Outra, também grave, teve 20% do corpo queimado, e outra estava com uma perna fraturada.[5] O Corpo de Bombeiros informou que não há desaparecidos.[6] No total, ao menos 15 pessoas ficaram feridas.[1]
A capitã Barbara Oliveira disse que algumas pessoas pularam da varanda para escapar das chamas;[3] em entrevista, uma testemunha disse que um morador se jogou do terceiro andar.[7]
Investigação
De acordo com os bombeiros, o local não tinha alvará nem Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) e, portanto, funcionava de forma irregular.[3][8] A causa do incêndio é desconhecida, e serão apuradas pelos bombeiros e pela Polícia Civil.[4] O coronel Evaldo de Oliveira Junior, que é coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil de Porto Alegre, disse que a hipótese de um incêndio criminoso estava sendo trabalhada preliminarmente, e que o criminoso teria entrado no local durante a madrugada.[3] Segundo o Metrópoles, "Quem participou do combate às chamas acredita que um isqueiro ou um fósforo pode ter iniciado o fogo".[4]
No dia 27, um inquérito foi aberto.[1]
Reações
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, lamentou o ocorrido nas redes sociais, dizendo que apurava as causas "com profunda tristeza".[3] Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, disse que o incêndio "nos consterna profundamente".[4] O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o ocorrido e prestou solidariedade às famílias das vítimas.[9]
Foi noticiado internacionalmente por jornais como Al Jazeera,[10] Reuters,[11] ABC News,[12] BBC News,[13] The Canadian Press [en],[14] Raidió Teilifís Éireann,[15] Rádio França Internacional,[16] Agence France-Presse,[17] e Xinhua.[18]
Referências
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Acidentais | |
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Criminosos | |
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Florestais | |
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