A história do Sport Club do Recife, foi iniciada no ano de 1905, por um estudante pernambucano chamado Guilherme de Aquino Fonseca, que vinha da Inglaterra fascinado pelo novo esporte daquele país, o futebol. O Sport Club do Recife foi fundado a 13 de maio de 1905 na Associação dos Empregados do Comércio do Recife, e, a partir daí, teria grande admiração de uma fiel nação de seguidores.
Ao longo dos anos, o Leão da Ilha se consolidou como um dos mais fortes clubes do Brasil, com conquistas no futebol, a exemplo do Campeonato Brasileiro de 1987, e da Copa do Brasil de 2008, como também nos esportes olímpicos, com conquistas dos mais diversos valores, além de possuir e enriquecer um grande aparato estrutural. O espírito da luta e da garra sempre foram características deste clube Bicampeão Nacional da elite brasileira.
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O Sport será um autêntico campeão, pois nasceu sob o signo da valentia e dele jamais se apartará.
”
— Guilherme de Aquino Fonseca, fundador do Sport, em1905.
1905: A fundação
A fundação aconteceu na tarde de um sábado, 13 de maio de 1905, na Associação dos Empregados do Comércio de Pernambuco. O primeiro jogo do recém criado "Club" ocorreu em junho daquele ano contra o English Eleven, um time formado pelos funcionários de companhias inglesas instaladas no Recife. A partir de então, teve início a história do clube com mais títulos e patrimônio físico de Pernambuco.
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Esteve bastante concorrida a festa de inauguração deste club, comparecendo crescido número de senhoritas e cavalheiros. Constou o festival de uma partida de football em que tomaram parte sócios do Sport Club e do English Eleven. A partida foi bem jogada de ambas as partes, havendo um empate. Felicitamos a diretoria do Sport Club pela vitória alcançada, pois sendo uma sociedade nova, não se deixou vencer pelo English Eleven.
O primeiro jogo de futebol do Sport aconteceu em 22 de junho contra o English Eleven, um time formado de funcionários de empresas inglesas sediadas no Recife, e apesar do favoritismo dos ingleses, considerados os pais do futebol o Sport consegue um glorioso empate por 2 x 2. Primeiro Time do Sport: Goleiro: L. F. Lhatam / Zagueiros: L. Parrot e E. Nosworthy. / Médios: A. G. Silva, Calander, E. Ramiro. / Atacantes: Guilherme Fonseca (capitão), Coimbra, Alberto Amorim, J. Oliveira e Torquatro Gonçalves.
Aconteceu no dia 29 de abril de 1906 em jogo realizado na campina do Derby, 1x0 sobre o Western Telegraph, um time de funcionários desta companhia inglesa instalada na capital pernambucana, o gol rubro negro foi marcado pelo atacante Fellows.
Ano em que o clube filia-se a Liga Sportiva Pernambucana (LSP), e na primeira vez que o Sport disputa o Pernambucano conquista o título, numa final realizada no dia 16 de dezembro contra o Santa Cruz que terminou com o placar 4x1, com gols de Lalor Motta (2), Asdrúbal e Vasconcelos. O Sport inovou trazendo o zagueiro Paulino do América-RJ.
Time do Sport: Luiz Cavalcanti, Briant e Paulino; Town, Robson e Smerthurst; Asdrúbal, Lalor Motta, Anagam, Vasconcelos e Smith.
O Sport, reforçado pelo atacante Ciro Werneck oriundo do Botafogo, vence de virada o Santa Cruz por 3x1 e levanta o seu primeiro Bicampeonato Pernambucano.
Time do Bicampeonato: Cavalcanti, Briant e Paulino; William, Teague e Salazar; Hogger, Ciro Werneck, Tobias, Batista e Zé Luís.
O Sport começa a mandar seus jogos no Campo da Avenida Malaquias, que pertenceu ao Sport de 1918 até 1937, o primeiro estádio do clube rubro-negro, cuja arquibancada de madeira e ferro foi comprada junto ao Fluminense/RJ. O Sport jogou lá exatamente 235 vezes.
A estrutura do campo era de 75 metros de comprimento e 40 metros de largura – foi trazida de navio para o Recife. O Flu se desfez de seu antigo estádio após construir as Laranjeiras, que se tornou o maior do Brasil. Já o estádio leonino supriu uma grande carência do futebol pernambucano, que tinha apenas campos murados.
O Sport, como sempre pioneiro, faz uma excursão para Belém-PA, que era então um centro de futebol mais desenvolvido. Empatou por 3x3 contra um combinado Remo-Paysandu. Em seguida, na disputa do troféu Leão do Norte, um belo bronzefrancês onde havia uma escultura de um leão, o Sport venceu o mesmo combinado por 3x2, levando a peça, o que deixara inconformada a torcida paraense que tentou retomar o cobiçado troféu, ocasião em que a cauda do leão foi partida. A partir desta conquista, foi criado o escudo rubro-negro, com um leão como símbolo. O troféu é mantido até os dias de hoje, com sua cauda partida, unida por um laço, na Sala de Troféus do Sport.
O Sport conquista o seu primeiro Tricampeonato Pernambucano. Em 1923 uma campanha quase perfeita: 12 jogos com 11 vitórias e apenas 1 derrota. Em 1924 mais uma boa campanha: 13 jogos com 11 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Fechando o Tricampeonato, em 1925, o Sport somou 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
Time-base: Jucá, Alarcon e Pedro Sá; Adhemar, Altino e Aureliano; Witham, Dubeux, Péricles, Ary e Aluízio.
O Sport compra o terreno da sua sede. A data histórica é 29 de novembro e o preço pago pela então chamada "Chácara da Ilha do Retiro" foi 53 contos de réis.
1937 - 1957: Era Ilha do Retiro, Copa do Mundo e o cinquentenário
No dia 4 de julho o Sport inaugura o Estádio da Ilha do Retiro (nome dado por ter sido construído sobre uma ilha e aterrado em torno) que mais tarde seria batizada com o nome de Adelmar da Costa Carvalho, Presidente nos títulos de 1955 e 1956. Foi em um amistoso contra o Santa Cruz, que o Leão venceu num jogo disputado que acabou 6x5. Os destaques do jogo foram Artur Danzi, autor do primeiro gol da Ilha e Haroldo Praça, que marcou o gol da vitória. No dia 11 de julho houve o primeiro jogo do Campeonato Pernambucano, Sport x Tramways que acabou 2x2.
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Pra mim o meu Sport é religião.
”
— Eunitônio Edir Pereira, compositor do Hino Oficial do Sport.
No início dos anos 40 havia uma direrença muito grande do futebol do Sudeste e do Sul para o futebol do Norte/Nordeste. Jamais um time nortista tivera a audácia de empreender uma temporada pelo Sul/Sudeste do Brasil. Em dezembro de 1941, o Sport começou a realizar sua temporada pelo Sul/Sudeste do país, que para muitos, jornalistas e até torcedores era uma excursão suicida.
O time do Sport impressionou a imprensa e os clubes do Sul. Alguns de seus jogadores foram contratados para jogar em outros clubes. Zago, Djalma Bezerra e Ademir ficaram no Vasco. Magri no América-RJ. Pirombá no Flamengo, e Pinhegas no Fluminense. Esta temporada ficou marcada na história do futebol pernambucano e nordestino.
O plantel era o seguinte: Navamuel, Bibi, Ciscador, Walfredo, Magri, Salvador, Furlan, Mulatinho, Ademir, Manoelzinho, Pirombá, Djalma Bezerra, Clóvis, Zago e Pinhegas.
Vavá, o Leão da Copa,[1] esteve presente na preparação e em uma das conquistas do Sport Club do Recife. Mais precisamente, no Campeonato Pernambucano de 1949,[2] competição em que o Leão bateu, na final, o Santa Cruz e faturou seu último título na década de 1940.
Um ano antes, o Sport vencia o América na grande final do Campeonato Pernambucano de 1948.
Como em 1948, sob a orientação do Presidente José de Andrade Médicis[3] - que, hoje, dá nome ao CT do Leão -, em 1949, o Presidente José Lourenço Meira de Vasconcelos ordenou Vavá e os demais jogadores do Leão, a exemplo de Manuelzinho,[4] Arquimedes, Zildo e Varejão, para que realizassem treinamentos, tanto na Ilha do Retiro, quanto na praia, localizada no bairro do Pina no Recife, comandados pelo técnico uruguaio Salvador Perine.[5]
À época, tratava-se de uma posição incomum, devido à tradição dos treinos serem nos campos de jogo, apesar da certa proximidade entre o bairro da Ilha do Retiro[6] e o bairro do Pina,[7] distando, aproximadamente, 6 km.
Tal decisão, nestes dois anos, foi bancada pela diretoria que passou a levar parte dos treinamentos físicos à praia, o que, de fato, atraiu a atenção de torcedores do Sport, além dos rivais e demais curiosos.
Anos antes do Sport Club do Recife realizar treinos no local, Ademir de Menezes foi descoberto por outro técnico uruguaio, chamado Ricardo Díez,[8] enquanto jogava futebol na areias da praia leonina.[9]
No ano de 2009, época em que o Leão disputava a Copa Libertadores da América, a patrocinadora Cimento Nassau organizou uma homenagem pelos 60 anos do Bicampeonato Pernambucano, conquistado em 1949, ao montar uma estrutura com telão nas areias da Praia do Pina.[10]
A torcida compareceu e pode assistir a partida de ida entre Sport e Palmeiras, válida pelas oitavas de final da competição continental, repetindo o feito da década de 1940, quando torcedores se dirigiam a praia, localizada no bairro do Pina, para assistir aos treinos sportistas.[11][12]
O Sport é Campeão no seu Cinquentenário, vencendo o Náutico por 3x2 sob o comando de Gentil Cardoso e destaques como Moreira,Traçaia,Naninho,Gringo,Soca.
Time da final: Osvaldo, Bria e Pedro Matos, Osvaldinho, Eli e Pinheirense, Traçaia, Naninho, Gringo, Soca e Geo.
O Sport realiza sua primeira excursão ao "Velho Mundo" e apesar das muitas dificuldades e contusões durante a viagem, conquistou resultados significativos, além disso teve como destaque nessa excursão o amistoso realizado com Real Madrid Club de Fútbol no Santiago Bernabéu em Madrid.
Após a excursão à Europa e Oriente Médio o Sport voltou a jogar em terras estrangeiras em 1961 quando decidiu promover algumas partidas no Suriname, o clube estava em excursão pelo Norte do Brasil e aproveitou a proximidade geográfica para se apresentar na antiga colônia holandesa. Em território surinamês, o Sport conquistou três vitórias em três partidas,
duas contra o selecionado local e uma contra o SV Transvaal, único time do Suriname com projeção continental, possuindo dois títulos da Copa dos Campeões da CONCACAF (atual Liga dos Campeões da CONCACAF, principal torneio de clubes desta confederação, cujo título dá vaga ao Mundial de Clubes da FIFA).
Time-base: Dirceu; Alemão e Sinval; Michel, Tomires e Nenzinho; Djalma Freitas, Bé, Osvaldo, Raúl Bentancor e Elcy. (Outro titular: Bria.) Técnico: Palmeira.
O novo time do Sport foi montado a partir de 1960, com jogadores experientes, todos de reconhecida qualificação técnica. O time era formado por Manga, Bria, Alemão, Tomires e Nenzinho; Laxixa e Raúl Bentancor; Traçaia, Djalma Freitas, Osvaldo e Elcy. Com o goleiro Dirceu no lugar de Manga, e com o zagueiro Sinval na vaga de Bria, esse time iniciava em dezembro de 1961 a jornada de mais um bicampeonato, vencendo na final o Náutico do novato Ênio Andrade por 3x2 na Ilha do Retiro.
O Sport seria Bicampeão no outro dezembro, mudando apenas o adversário da final. Em vez do Náutico, o outro histórico rival, o Santa Cruz. Algumas modificações foram realizadas: Nelson na zaga direita, Leduar no lugar de Laxixa e Adelmo na posição de Osvaldo com o comando do técnico Palmeira.
A boa campanha na Taça Brasil de 1962, semifinalista sendo eliminado apenas pelo Santos de Pelé, rendeu ao Sport um convite para aquele que seria o primeiro torneio internacional de sua história: a Internacional Soccer League, conhecida no Brasil como Torneio de Nova York. A competição contou com 14 clubes de diversos países, separados em 2 grupos. O Sport, comandado pelo técnico Palmeira, terminou na 4º colocação do seu grupo, com 2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. O West Ham United acabou conquistando o título daquela competição.
Time-base do Sport no Torneio de Nova York de 1963: Dirceu; Baixa, Alemão, Tomires e Juths; Leduar e Raúl Bentancor; Garrinchinha, Adelmo, Abílio e Djalma Freitas. Técnico: Palmeira.
Outros titulares:
Valter, Fioti, Nenzinho e Fescina.
O Sport põe fim a um longo período sem títulos estaduais e conquista o 20º campeonato pernambucano de sua história, com a equipe que ficou conhecida como o Supertime da Ilha.
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O Sport Club do Recife fez, fez um Supertime! Hoje vai jogar o Supertime da Ilha, hoje vai jogar!
O Sport conquista mais um título pernambucano numa partida sensacional contra o Náutico. Nos 90 minutos regulares houve uma vitória do Náutico por 1x0, quando o empate favoreceria o Sport. Veio então a primeira prorrogação, depois a segunda, a terceira, e só na quarta prorrogação, com 158 minutos de jogo e os jogadores exaustos, Mauro, quase caindo, num esforço sobre-humano chutou certeiro decretando o título do Sport.
Time da Final: Gilberto, Cardoso, Samuel, Djalma e Nelsinho; Cacau e Pitta (Tovar); Amílton Rocha (Roberto), Mauro, Totonho e Darci. Téc.: Ênio Andrade.
O Sport briga com a FPF e não disputa o Pernambucano de 1978. O presidente do Sport diz que “em pescoço de leão, canga não, só a Juba”. O mandatário rubro-negro acusava a FPF de ser sempre a “campeã” nos campeonatos pernambucanos. O conselho do Sport apoiou unanimemente o presidente e o Sport não entrou na disputa.
O Sport vence o Santa Cruz por 2x0 quando só precisava de um empate e conquista o Campeonato Pernambucano com um gol de Edson, de pênalti, e Roberto Coração de Leão, numa cabeçada entre as pernas do goleiro tricolor.
Time da Final: País; Antenor, Jaime, Taborda e Romero; Givanildo, Mérica e Édson; Edu (Bill), Jorge Campos (Roberto) e Afrânio.
Primeira reforma da Ilha
O Sport faz a primeira reforma da Ilha, levantando o setor onde hoje ficam a arquibancada, gerais, e o seu placar eletrônico.
O Sport vence o Náutico por 2x0 e levanta o Bicampeonato Pernambucano, sendo este um Supercampeonato.
Time da Final: País, Vilson, Marião, Aílton e Chico Fraga; Merica, Givanildo e Denô; Nilson (Hêider), Roberto e João Carlos (Édson). Tec: Orlando Fantoni
O Sport conquista seu terceiro Tricampeonato diante de um jogo duríssimo contra o Central onde só conseguiu dobrar os caruaruenses com um gol no segundo tempo da prorrogação. Neste mesmo ano o Sport perde o seu lateral Carlos Alberto Barbosa que se sentiu mal durante o jogo, foi levado ao hospital e não resistiu.
Time da Final: Serginho; Betão, Marião, Aílton e Augusto; Merica, Givanildo e Édson; Chiquinho (João Carlos), Carrasco (Roberto) e Joãozinho. Tec: Roberto Brida
1987 - 1988 - Conquista inédita do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987
Após tumultuada decisão por pênaltis, o título do Módulo Amarelo, disputado entre Sport e Guarani, ficou com o Leão. Através de decisão do Conselho Arbitral da CBF e Clube dos 13 antes do campeonato, ficou acertado que a decisão do Título Brasileiro do ano, sairia em partida decidida entre os campeões dos módulos Verde e Amarelo, onde o torneio quase não começa exclusivamente por esta questão. Clubes tradicionais como Sport, Vitória, Atlético-PR, Portuguesa, Bangu-RJ, Guarani (na época, Vice-campeão Brasileiro) e outros, não aceitavam ficar de fora do Módulo Verde e, por isso, a proposta do Conselho foi aprovada por todos os clubes. No final, Flamengo e Internacional, o Campeão e Vice do Módulo Verde não quiseram disputar o título geral com Sport e Guarani, perdendo seus jogos por WO. Sport e Guarani fizeram assim os dois jogos finais: 1x1, no Brinco de Ouro em Campinas, e 1x0 para o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife. A conquista do título brasileiro é reconhecida, de forma exclusiva, pelo STJD, CBF,[16]CONMEBOL[17] e o órgão maior do futebol, a FIFA,[18]
1988: Libertadores, a primeira competição internacional
No ano de 1988, graças ao título brasileiro, o Sport ganhou o direito de participar da Copa Libertadores da América, a mais importante competição de clubes do continente. Ao lado do Guarani, o Leão da Ilha ficou no Grupo 5, junto dos peruanosUniversitario e Alianza Lima. Na primeira rodada, o Sport perde para o Guarani pelo placar de 1-0.[19] Após o jogo inicial, o Rubro-negro Pernambucano viajou para disputar dois jogos fora do Brasil.
No segundo jogo, contra o Universitario, o Sport perde por 0-1 e, na terceira rodada, vence o Alianza Lima por 1-0, com gol de falta do lateral-direitoBetão.[20]
No returno, jogando fora de casa, perde, novamente, para o Guarani, por 1-4 o que dificulta sua campanha na Libertadores. Na quinta rodada, ainda buscando a classificação, o Sport goleia o Alianza Lima por 5-0 na Ilha do Retiro e torna o jogo histórico, pois foi a maior goleada daquela edição de Libertadores.
Na última rodada, o Leão precisava vencer o Universitario para classificar. Após diversas chances, um empate em 0-0 eliminou o Sport de sua primeira competição internacional.
O Sport conquista o título de Campeão Brasileiro da 2ª Divisão ao bater o Athletico Paranaense e retorna à elite do futebol nacional.
1994: Conquista inédita invicta da Copa do Nordeste
Em 1994, o Sport Club do Recife participou da Copa do Nordeste de 1994, que teve como sede a cidade de Maceió e contou com 16 equipes.
No Grupo C, que tinha CRB, Fortaleza e Vitória, o Sport se classificou em primeiro lugar. O Leão venceu os seus três jogos, aplicando duas goleadas: 6-1 no Fortaleza e 3-0 no Vitória. Uma vitória simples sobre o CRB, no Rei Pelé, por 1 a 0, deu a liderança e a vaga à próxima fase.
Nas quartas de final, bateu o América de Natal por 3-0[21] e, na semifinal, enfrentou o Bahia. Após empatar o jogo em 1-1, eliminou o rival, nos pênaltis, pelo placar de 4-3.[22]
Na final, no Rei Pelé, empatou com o CRB por 0-0. Nas penalidades, venceu por 3-2 e faturou seu primeiro título da Copa do Nordeste, conquistado de maneira invicta.[23]
Time da Final; Jéfferson, Givaldo, Adriano, Sandro e Dedé; Dário, Chiquinho (Joca) e Juninho; Leonardo (Saulo), Fábio e Zinho. Téc.: Givanildo Oliveira.
O Sport conquista o seu primeiro título de uma série de cinco consecutivos num campeonato muito movimentado, onde o Santa venceu o primeiro turno e o Sport os dois seguintes. A finalíssima tornou-se um duelo particular entre Abel Braga (treinador do Santa) e Hélio dos Anjos (treinador do Leão), que acabou levando a melhor na final com um empate de 1x1, sendo o gol do Sport marcado por Luis Müller. O Sport terminou o campeonato com a brilhante marca de 22 vitórias, 11 empates e duas derrotas (para o Central e para o Santa, em 7 de abril de 1996, depois de ficar 3 anos sem perder para o seu maior rival).
Jogadores que participaram da campanha: Albérico, Russo, Adriano, Chico Monte Alegre, Chiquinho, Luís Müller, Ataíde, Marcão, Marcelo, Joãozinho, Dedé, Dário, Érlon, Gaúcho, Edinan, Rogério, Pig, Givaldo, Wallace e Gilvan. Téc.: Hélio dos Anjos.
Foi um campeonato teoricamente mais fácil do que o de 1996. Os adversários mais competitivos do Leão foram o Recife e o Porto, este último disputou a final com o Sport. O Rubro-negro venceu por 2x0 com gols de Leonardo e Didi. Em 27 jogos o Leão venceu 18, empatou 7, e perdeu outros 2. Leonardo foi o grande detaque do Sport no torneio.
O Sport venceu mais um Campeonato e conquistou o Tri de forma invicta. O jogo final foi disputado novamente contra o Porto, e o Sport venceu por 2x0 numa Ilha lotada com, aproximadamente, 57 mil pessoas, batendo o recorde de público do estádio. Os dois gols da final foram marcados por Irani. O destaque rubro-negro foi o meia Jackson e o goleador Maurício Pantera com 10 gols.
Um Santa Cruz mais reforçado com os argentinos Mancuso e Almandoz não conseguiu barrar a fúria do Leão por mais um título do Pernambucano. O Tricolor chegou a vencer um turno, enquanto o Sport venceu os outros dois. Na final realizada na Ilha do Retiro, o Sport bateu o rival por 2x1 com gols de Nildo e Leonardo.
No ano de 2000, o Leão da Ilha torna-se Bicampeão da Copa do Nordeste.[24] Na fase de grupos, o Sport venceu cinco partidas e perdeu uma, sendo o líder absoluto de seu grupo, com 15 pontos e saldo positivo de dez gols.
Nas quartas-de-final, o Sport perde o primeiro jogo para o Treze por 0-2, mas, na Ilha, o clube rubro-negro se recupera e consegue a classificação vencendo o clube paraibano por 3-0. Na semifinal, o Rubro-negro Pernambucano eliminou o Poções com um empate em 1-1 e uma vitória por 2-0.
Na final, Sport e Vitória empataram os dois jogos por 2-2 e o Leão sagrou-se Bicampeão Nordestino por ter feito a melhor campanha, um dos critérios de desempate nesta edição da competição.[25][26]
O título da Copa do Nordeste deu ao Sport o direito de disputar a Copa dos Campeões de 2000 e representar o futebol nordestino. Numa competição com nove clubes, o Leão terminou como segundo colocado do torneio. Estreou no dia 12 de junho com derrota por 1-2 para o América Mineiro. Na partida de volta, venceu por 3-0 e conseguiu se classificar para a semifinal.
No primeiro jogo da semifinal, perdeu, também, por 1-2 para o São Paulo. No jogo de volta, se recupera e faz um grande jogo diante da equipe paulista, vencendo por 3-1. A final foi disputada em jogo único[27] e o Sport acabou derrotado por 1-2 diante do Palmeiras.
Neste mesmo ano, disputa a Copa João Havelange. Com uma boa campanha, o Leão avança para a fase final como segundo colocado do módulo azul. Nas oitavas de final, elimina o Remo,[28] alcançando as quartas-de-final, quando foi eliminado pelo Grêmio, após derrota por 1-2 no Olímpico e empate em 1-1 na Ilha do Retiro, terminando sua campanha na quinta colocação.
O Leão conquista seu 34º título de Campeão Pernambucano. Ainda nesse ano realiza boa campanha na Copa do Brasil chegando até as semifinais da competição, terminando em 3º lugar.
O Sport completa 100 anos de glórias, em 13 de maio de 2005. Foguetórios e um enorme buzinaço ao meio-dia marcaram a festiva data. No domingo dia 15 fez-se uma grande carreata em alusão ao Centenário com direito a show de Jorge Aragão em frente à Ilha do Retiro.
Durante o ano, a torcida rubro-negra deu um show à parte, tendo a melhor média de público no estadual e a 3ª melhor na 1ª fase da Série B.
O Campeonato Pernambucano de 2006 não poderia ter um desfecho mais emocionante. Pela segunda partida da final o Sport jogava pelo empate. Para o Santa Cruz só a vitória importava para levar a decisão para os pênaltis. No final da partida, aos 45, o Santa Cruz fez um gol. Lecheva cobra o escanteio e a bola desvia em Marcos Tamandaré. Com a vitória dos visitantes, a decisão foi para os pênaltis. Marco Brito iniciou as penalidades. Gustavo defendeu. Depois, Léo Oliveira bateu e Gilmar também defendeu, mas o árbitro mandou repetir a cobrança. Na seqüência, o zagueiro rubro-negro chutou a bola na trave. Em seguida, Tiago Gentil marcou para os corais: 1x0. Marcos Tamandaré empatou: 1x1. Carlinhos Bala colocou o Santa na frente de novo: 2x1. Depois, Geraldo igualou o escore outra vez: 2x2. Alex Oliveira também balançou as redes: 3x2. Durval detonou uma bomba para cima. A bola do jogo ficou nos pés de Lecheva. Ele chutou no canto, e Gustavo defendeu. Welington fez 3x3. Nas cobranças alternadas, Gilmar e Marco Antônio marcaram. Já Neto não converteu. Ele bateu no canto, e Gustavo novamente defendeu. A bola do jogo, então, passou para Hamilton. O cabeça-de-área, com frieza, fez o gol do título: 5x4. Festa dos rubro-negros que conquistam o seu 35º Título Estadual durante o Centenário.
Time-base: Gustavo, Marcos Tamandaré, Kleber, Durval e Bruno; Hamilton, Everton, Wellington e Geraldo; Fumagalli e Anderson Aquino. Téc.: Dorival Júnior
Menos de uma semana após a festa do título, o Sport iniciava sua arrancada rumo à Série A. O Time estreou fora de casa e venceu o Avaí por 2x1. Dali para frente, o time não vacilaria mais, e a três rodadas do final da Série B, garantiria a volta à elite com uma vitória de 3x0 sobre o Brasiliense. Festa na Ilha do Retiro, festa em Pernambuco. Permanecendo durante todo o campeonato entre os quatro primeiros colocados, o Sport torna-se Vice-campeão da Série B e volta à elite do Futebol Brasileiro.
Time-base: Magrão, Marcos Tamandaré, Kléber, Durval e Bruno; Hamilton, Everton, Wellington e Fumagalli; Adriano Magrão e Marco Antônio
O Sport sagrou-se Bicampeão Pernambucano, vencendo os dois turnos e conquistando o título por antecipação. Uma vitória sobre o Náutico, na Ilha, garantiu a 36ª taça rubro-negra. Weldon e Luciano Henrique fizeram os gols do jogo.
Time-base: Magrão, Osmar, César Lucena, Durval e Bruno; Ticão, Everton, Fumagalli e Vítor Júnior; Weldon e Carlinhos Bala. E ainda: Gustavo, Evanílson, Du Lopes, Rodrigão, Bia, Heleno, Rosembrick, Edmílson, Luciano Henrique, Anderson Aquino, Zé Eduardo.
O ano começou com o Sport conquistando o Tricampeonato Pernambucano
2008: Conquista inédita da Copa do Brasil
Em 11 de junho, o Sport conquistou seu terceiro Título Nacional - segundo de elite -, a Copa do Brasil, ao bater o Corinthians por 2x0 no jogo final na Ilha do Retiro. Conquistou o título pelo critério de gols marcados como visitante, já que havia perdido o jogo de ida por 3x1. Com esse título, foi o primeiro clube brasileiro a garantir vaga na Taça Libertadores da América de 2009.
Durante a campanha, eliminou times que já haviam sido campeões, como o Internacional e o Palmeiras. Também eliminou o Vasco. Além do título, o artilheiro do Sport na competição foi Romerito, com 5 gols.
Time-base: Magrão, Luizinho Netto, Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Sandro Goiano, Romerito e Carlinhos Bala; Leandro Machado e Enilton. E ainda: Cléber, Elias, César Lucena, Gabriel Santos, Diogo, Fábio Gomes, Bia, Junior Maranhão, Everton, Kássio, Luciano Henrique, Juninho, Roger, Lúcio Curió e Reginaldo.
O Sport começa o ano de 2009 avassalador, sagrando-se Tetracampeão Pernambucano invicto, com uma campanha respeitável.
Em paralelo à competição estadual, disputa sua segunda Libertadores da América, sendo destaque na primeira fase da competição continental, conquistando resultados significativos e terminando como líder do chamado Grupo da Morte, onde jogou contra LDU, Colo-Colo e Palmeiras. Nas oitavas-de-final volta a jogar com o Palmeiras. Depois de uma derrota no Palestra Itália por 1x0, e vitória na Ilha do Retiro, também por 1x0, a partida foi decidida nos pênaltis, e a equipe rubro-negra acabou sendo eliminada, terminando a competição na 11ª posição.
No segundo semestre o Sport disputa o Brasileirão, mas não consegue repetir o excelente primeiro semestre, terminando a competição na última colocação, sendo rebaixado à Série B.
Depois de um 2009 irregular, o Sport começa 2010 com o primeiro objetivo: conquistar o Pentacampeonato Pernambucano. Numa campanha em que terminou como líder do turno único, o Leão teria que passar por duas semifinais e duas finais para ficar com o título, como previa o regulamento. Passou das semifinais depois de duas vitórias sobre o Central, e na final, duelou com o Náutico. O primeiro jogo foi nos Aflitos, onde perdeu por 3x2, porém, teve ao seu lado a vantagem de ter marcado dois gols na casa do adversário. No segundo e último jogo, na Ilha do Retiro, o Sport bate o Náutico pelo placar de 1x0, com gol de Leandrão, e conquista o segundo Pentacampeonato de sua história e consequentemente, o 39º Título Pernambucano.
Após a conquista do seu segundo Pentacampeonato, o Sport iniciou a caminhada para a Série A com o então técnico Givanildo Oliveira. Depois de um mal início na Série B, Givanildo foi substituído por Geninho, que contou com o reforço do meio-campista Marcelinho Paraíba. Durante o campeonato, os resultados foram irregulares, e o Leão acabou o campeonato na 6ª posição, adiando o seu retorno à elite.
No Pernambucano 2011, o Sport ficou a maior parte do campeonato fora da zona de acesso às semifinais, conseguindo a classificação na penúltima rodada do segundo turno. No primeiro jogo da semifinal, bateu o Náutico, na Ilha do Retiro, pelo placar de 3x1. No segundo jogo, nos Aflitos, perdeu por 3x2, mas passou às finais pelo critério de gols marcados fora de casa: 2x1. Na final, contra o Santa Cruz, não conseguiu repetir o desempenho das semifinais, e perdeu o primeiro jogo, na Ilha, por 2x0. No último jogo, venceu no Arruda por 1x0, mas não conquistou o título.
Após um primeiro semestre ruim, o Leão da Ilha retorna à Série A. Iniciou a caminhada sendo comandado por Hélio dos Anjos, que logo depois deu lugar ao interino Mazola Júnior, substituído logo depois por PC Gusmão, que não permaneceu no cargo pela queda de rendimento depois de bons resultados, cabendo a Mazola a tarefa de levar o Rubro-negro de volta à elite. O acesso foi sacramentado após o Leão bater o Vila Nova por 1 a 0, no Estádio Serra Dourada, com gol de Bruno Mineiro, e com uma grande presença de torcedores rubro-negros.
2014 - hoje: Tricampeão regional e 40 vezes campeão estadual nas arenas da Copa
Na competição regional, o Leão foi segundo colocado na fase de grupos que contava com as equipes do Guarany de Sobral, Botafogo-PB e o rival Náutico.
Após a fase inicial, o Sport enfrentou, nas quartas-de-final, a equipe do CSA. No primeiro jogo, realizado na Ilha com portões fechados,[32] o clube leonino venceu os alagoanos pelo placar de 2-0 com gols do atacanteNeto Baiano e do zagueiroFerron. No jogo de volta, no Rei Pelé, o Sport perdeu por 0-1 mas se classificou por ter feito mais gols no placar agregado que resultou em 2-1.[33]
Nas semifinais, o clube rubro-negro decidiu a vaga com o arquirrivalSanta Cruz. Na Ilha do Retiro, o Leão conseguiu a vitória com gols dos atacantes Neto Baiano e Felipe Azevedo.[34] No Arruda, o Sport voltou a vencer seu rival, agora por 2-1 e carimbou a classificação para mais uma final de Copa do Nordeste.[35]
Buscando seu tricampeonato regional, o Sport teve, na finalíssima, o Ceará como oponente. Mais uma vez decidindo o primeiro jogo em casa, o Sport abriu boa vantagem contra a equipe cearense e venceu por 2-0, com, novamente, Neto Baiano abrindo o placar e Danilo fechando a vantagem sportista próximo do fim do jogo.[36]
No segundo jogo da final, disputado no Castelão, a equipe do Ceará marcou seu gol com o atacante Magno Alves. O resultado ainda dava o título ao Leão que soube aproveitar os espaços e, após boa jogada de Aílton, o meia sofreu pênalti. Neto Baiano converteu e deu números finais à partida, consolidando a terceira conquista rubro-negra no Nordestão.[37]
Após terminar a primeira fase na segunda colocação, o Leão da Ilha teve, novamente, o Santa Cruz como rival em uma semifinal. No primeiro confronto, realizado no Arruda, o Sport perdeu por 0-3 e, para se classificar, deveria devolver a vitória e decidir a vaga na disputa de pênaltis.[38] Na Ilha do Retiro, a vitória por 1-0 veio com gol do atacante Leonardo nos acréscimos. Nas penalidades, o Leão conseguiu a classificação para a final ao bater os rivais, com uma defesa do goleiroMagrão e Neto Baiano, fazendo o quinto e último gol da disputa.[39]
Na grande final, que seria para o Sport a disputa pela quadragésima conquista pernambucana, o clube rubro-negro tinha um outro arquirrival no caminho: o Náutico. Na Ilha, o Leão fez o dever de casa e venceu com gols de Patric e Neto Baiano.[40] No segundo e último jogo, disputado na Arena Pernambuco, o Sport Club do Recife bateu, outra vez, o Náutico por 1-0 com gol de cabeça do zagueiro e capitãoDurval, faturando seu Campeonato Pernambucano de número 40.[41]
“
Pelo Sport tudo.
”
— Parágrafo 2º do 2º artigo do 1º capítulo do estatuto do Sport.
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube nordestino campeão da Copa do Brasil,[42] conquistando o título em 2008 e também o direito de disputar a Taça Libertadores da América de 2009.
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube brasileiro a vencer o Colo-Colo, clube mais popular do Chile, no Monumental David Arellano pela Libertadores.[43] Jogando um futebol aplicado e suportando a pressão adversária o Sport venceu pelo placar de 2-1.
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube brasileiro a vencer o Palmeiras na Arena Allianz Parque pelo placar de 2-0. Além da vitória pioneira, o primeiro gol do estádio foi marcado pelo atacante Ananias.[45]
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube nordestino a constar na lista do IFFHS, órgão reconhecido pela FIFA e responsável pela soma de todos os resultados de torneios nacionais e continentais. Logo na primeira aparição na lista, o Leão ficou entre os 100 melhores clubes do mundo, aparecendo na 97ª posição, com 118 pontos.[46]
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube nordestino a excursionar Brasil afora.[47] Entre 1941 e 1942, o Leão da Ilha realizou uma excursão pioneira pelo Sul e Sudeste do país, com objetivo de popularizar o futebol do Nordeste. No fim da excursão, o Sport teve reconhecimento nacional ao derrotar as equipes do Atlético-MG, Coritiba, Grêmio, Vasco, Flamengo, etc.
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube de futebol de Pernambuco,[48] sendo inaugurado já em 1905 por Guilherme de Aquino Fonseca e, portanto, o pioneiro no estado já que ainda não havia existência de nenhuma agremiação futebolística. A história do futebol do Sport, naquela época, nasceu junto com a do futebol pernambucano.
A Ilha do Retiro sediou um dos jogos da Copa de 1950, tornando-se o primeiro estádio do Norte-Nordeste sede de uma Copa. Os preparativos duraram cerca de um ano, já que as exigências da FIFA eram grandes. A partida foi entre Chile e Estados Unidos, com vitória dos chilenos por 5-2.[49]
A boa campanha do Sport na Taça Brasil de 1962, após ser semifinalista e eliminado apenas pelo Santos de Pelé, rendeu ao Leão da Ilha um convite para aquele que seria o primeiro torneio oficial internacional de sua história: a Internacional Soccer League de 1963, conhecida no Brasil como Torneio de Nova York, competição reconhecida pela FIFA e que contou com 14 clubes de diversos países.
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube pernambucano a ter estádio próprio. O antigo Campo da Avenida Malaquias, que possuía capacidade para 8 mil pessoas, sendo 2 mil sentadas, pertenceu ao Sport de 1918 a 1937 e supriu uma grande carência do futebol Pernambucano, que tinha apenas campos murados.[49]
Primeiro clube pernambucano a ter jogadores de fora
O Sport Club do Recife inovou em 1916, trazendo do America Football Club (Rio de Janeiro) o zagueiro Paulino. Foi a primeira contratação de um jogador de outro estado em Pernambuco. O primeiro jogador estrangeiro veio dois anos depois, o atacante uruguaio Pedro Mazullo.[49]
Primeiro clube pernambucano a ter técnico estrangeiro
O Sport Club do Recife foi o primeiro clube de Pernambuco a contar com um treinador estrangeiro. O pioneiro foi o uruguaio Carlos Viola, Campeão Pernambucano em 1928. Além de treinar, ele atuava como jogador.[49]
Primeiro clube pernambucano a enfrentar a Seleção Brasileira
O Sport Club do Recife teve a primazia de enfrentar a Seleção Brasileira de Futebol quando a mesma esteve em terras pernambucanas, no ano 1934. O Brasil havia disputado a Copa do Mundo daquele ano na Europa e, em seu retorno ao país, realizou uma série de amistosos na região nordeste.[50]
O título do Campeonato Pernambucano de 1958, conquistado com a ajuda de grandes jogadores como Manga, Pacoti, Walter Morel e Traçaia, credenciou o Sport à disputa da edição de 1959, primeira edição da nova competição da CBD.[51]
Fatos históricos
Pelé oferecido ao Sport
Em 1957, o Sport procurava o reforço de jogadores de São Paulo. Foi solicitado ao Presidente do Santos, Modesto Roma, o jogador Olavo, porém, o mesmo descartou o pedido e ofereceu "o garoto Pelé, de muito futuro". As negociações começaram mas no dia 5 de novembro de 1957, o ex-Diretor de Futebol leonino, José Rozenblit, recusou a proposta de empréstimo de quatro meses, alegando que Pelé tinha apenas 17 anos e era desconhecido. Até hoje, é guardado um telegrama no museu do Sport comprovando a oferta do Santos, onde o Rei do Futebol não soube da negociação.[49]
Em 1968, Sport enfrenta Garrincha
No dia 4 de fevereiro de 1968, Garrincha defendeu a camisa do Alecrim Futebol Clube num jogo amistoso em Natal, no Estádio Juvenal Lamartine. Na época, era o único estádio da cidade, recebendo um público de 6.000 pagantes, estando lotado para ver Garrincha jogar pelo time potiguar. A partida terminou com a vitória do Sport, pelo placar de 1-0, com gol de Duda.[52]
O técnico uruguaio que revelou Ademir de Menezes
O treinador Ricardo Díez, mantendo sua filosofia de lançar jovens jogadores, teve como mérito revelar no Leão o astro Ademir Menezes, atacante que foi a estrela na conquista do Campeonato Pernambucano de 1941 onde o Sport venceu 11 partidas e empatou apenas uma, marcando 49 gols e sofrendo 10 gols.[53]
O técnico que mais esteve à frente do Leão na história
O recordista é o argentino Dante Bianchi com 332 partidas no comando do Sport, entre as décadas de 1950 e 1960.[54]
Cores
Quando o fundador do Sport, Guilherme de Aquino Fonseca, retornou da Inglaterra para Pernambuco, em 1904, trouxe bolas, meiões, chuteiras e camisas para difundir o futebol no Estado. As camisas já eram nas cores vermelha e preta.[49]
Mascote
Em 1919, o Sport fez uma excursão pelo Norte do Brasil. Ao bater a Seleção do Pará (combinado Remo-Paysandu), o clube tinha direito de trazer para o Recife o troféu Leão do Norte. A torcida paraense, no entanto, tentou evitar que o troféu fosse levado. Na confusão, a cauda do Leão acabou quebrada, mas, mesmo assim, o Sport levou o troféu. Daí surgiu a identificação do clube com o animal, que hoje é seu mascote.[49]
Artilheiros do Sport e do Mundo
Dois atletas que ocupam o hall de personalidades do Sport Club do Recife, Ademir Menezes e Vavá se transformaram em artilheiros de Copa do Mundo. Ademir conseguiu tal feito durante a Copa de 1950, marcando 9 gols;[55] Vavá alcançou a marca na Copa de 1962, assinalando 4 gols.[56]
Hat-trick contra o Brasil
Com 93 gols, Marcílio de Aguiar é o sétimo maior artilheiro da história do Sport e atuou no clube entre os anos de 1930 à 1936. Em 1934, num amistoso contra a Seleção Brasileira, tornou-se o terceiro jogador da história a realizar um hat-trick contra o Brasil.[57]
Saudação ao Sport
No dia seguinte à fundação do Sport, o Jornal Pequeno saudava o novo clube com um simpático registro, que mostrou a falta de opções de lazer da época: "Oxalá que o Sport Club do Recife progrida, pois vem preencher uma das maiores lacunas da nossa sociedade: falta absoluta de distração", publicou o periódico.[49]
Primeira vitória do Sport
A primeira vitória do Sport aconteceu no ano de 1906. Nessa partida o Leão venceu a equipe do Western Telegraph pelo placar de 1-0, com gol de um atacante chamado Fellows.
Primeiro estádio do Sport
O primeiro campo do Sport foi construído na Avenida Malaquias, nas Graças. Para acomodar a torcida, o clube comprou junto ao Fluminense, uma arquibancada de ferro que tinha capacidade para duas mil pessoas, tendo 75 metros de comprimento por 40 metros de largura.[49]
A compra da Ilha
Para comprar o terreno da chácara localizada no número 56 da Ilha do Retiro, os rubro-negros tiveram que desembolsar 53 contos de réis. Para conseguir o dinheiro, o clube vendeu as taças conquistadas nas suas duas primeiras décadas de vida. Atualmente, na sala de troféus, a taça mais antiga é de 1925, vinte anos depois da fundação do clube. Além da venda de taças, o Sport contou com doações de rubro-negros para adquirir o terreno da Ilha do Retiro. O local fazia parte do espólio de Manoel Ramos Amaral, cuja viúva não tinha como pagar os débitos. A inauguração da sede data de 3 de março de 1936.[49]
Quem mais vestiu a camisa do Leão
O jogador do Sport que mais vestiu a camisa rubro-negra foi o lateral-direito/zagueiro Bria, que defendeu o clube da Praça da Bandeira no período de 1949 a 1963. Em outras palavras, Bria, em 15 temporadas, realizou 570 partidas pelo Sport.[58]
Quem mais títulos possui com a camisa do Leão
Leonardo foi o jogador que mais campeonatos venceu vestindo as cores do Sport. Foram, ao todo, nove títulos, dentre eles sete Campeonatos Pernambucanos, vencidos nos anos de 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 1999 e 2000 e ainda duas Copas do Nordeste, conquistadas em 1994 e 2000.[59]
Sport, recordista de títulos estaduais invictos
O Sport Club do Recife é o clube de Pernambuco a vencer mais campeonatos estaduais de forma invicta. As quatro conquistas foram alcançadas em 1917, 1941, 1998 e 2009.
Com o terreno da Ilha comprado, a primeira construção foi de uma quadra de basquete, antes mesmo do estádio de futebol. A quadra ficava no local onde hoje existem as gerais da Ilha do Retiro. Em 1937, foi construída uma quadra de tênis e em 4 de julho, do mesmo ano, inaugurou-se o estádio de futebol.[49]
Entre 1908 e 1915, as atividades no Sport Club do Recife foram quase totalmente dedicadas aos esportes aquáticos. Para competir com o Clube Náutico Capibaribe, criou-se uma seção de remo.
A façanha do Moema
Em 1933 um grupo de remadores realizou uma travessia histórica. O projeto da equipe formada por Antenor Cavalcanti, José Falcão e Benício Dias era audacioso: ir do Recife até Salvador usando um barco especialmente reforçado chamado Moema. O barco era totalmente pintado de branco para facilitar que o mesmo fosse avistado à noite se alguma coisa desse errado. O Moema, através da técnica, experiência e esforço de seus remadores, conseguiu chegar são e salvo até a cidade baiana, onde muitos desportistas locais esperavam com festa e fogos de artifício.[60]
O mais simpatizado do Recife
Em 1922, o Cine Helvética instituiu um concurso, juntamente com o Jornal do Recife, para saber "Qual o mais simpatizado grêmio desportivo filiado à LPDT (Liga Pernambucana de Desportos Terrestres) criada em 1918, afim de proclamar pela soberania do voto o Club preferido pela sociedade pernambucana". O resultado apontou o Sport como o clube mais popular da cidade, com 20.535 votos, em segundo lugar o América com 16.721, o Santa Cruz em terceiro, com 15.963, seguidos por Náutico, com 7.546, e pelo Torre, Flamengo e Peres, com 7.133, 5.762 e 2.861 votos, respectivamente.