O termo Hexateuco entrou em uso acadêmico a partir da década de 1870, principalmente como resultado do trabalho realizado por Abraham Kuenen e Julius Wellhausen.[8] Seguindo o trabalho de Eichhorn, de Wette, Graf, Kuenen, Nöldeke, Colenso e outros, em seu Prolegomena zur Geschichte Israels, Wellhausen propôs que Josué representasse parte da fonte javista do norte (c. 950 a.C.), separada do documento JE por um deuteronomista (c 650-621 a.C.) e incorporado ao relato deuteronômico, com os livros de Juízes, Reis e Samuel.
Razões para essa unidade, além da presumida presença de outras tradições documentárias, são tomadas a partir de comparações das preocupações temáticas subjacentes à superfície narrativa dos textos. Por exemplo, o livro de Josué enfatiza a continuidade da liderança de Moisés a Josué. Além disso, o tema de Josué, o cumprimento da promessa de Deus de levar os israelitas à Terra Prometida, complementa o material temático do Pentateuco, que terminou com os israelitas na fronteira da Terra Prometida prontos para entrar.
Entretanto, a tese de que Josué completa a Torá num Hexateuco pode ser contrastada com a visão de eruditos seguindo a antiga tradição rabínica, conforme expressa pelos compiladores da Enciclopédia Judaica (compilada entre 1901 e 1906), que o Pentateuco é uma obra completa em si mesma. A tese também pode ser contrastada com a opinião apresentada por Eduard Meyer (1855-1930) que nunca houve qualquer Hexateuco per se, mas que a Lei, Josué, Juízes, Samuel e Reis compuseram, de fato, um grande trabalho histórico.
↑livro histórico-crítica de introdução à Bíblia antigo e novo Testamento, parte 1 da introdução do A. T. e na Bíblia coleção já contém, Georg Reimer, Berlim, 1869