Hamate fica a 50 km [Nota 2] ao norte de Emesa, e a 60 km [Nota 3] ao sul das ruínas de Assameia. O reino de Hamate incluía a planície nas duas margens do Orontes, desde a fonte próxima de Ribla até Assameia no norte, e desde o Líbano, no oeste, até o deserto, no leste.[1]
Monumentos descobertos no local indicam que a cidade foi ocupada pelos hititas. A cidade foi conquistada pelo faraó Tutemés III. O rei de Hamate, chamado Tou ou Toi, se aliou ao Rei Davi.[1]
Em 740 a.C., Azarias se aliou a Hamate, contra a Assíria. O reino foi conquistado pelos assírios, e seus dezenove distritos colocados sob governadores assírios. Em 720 a.C., liderados por Yahu-bihdi, Hamate se revoltou. O nome Yahu-bihdi, por conter a palavra para Javé, sugere que este líder era de origem judaica. A revolta foi suprimida, e o povo deportado para Samaria, onde eles continuaram a adorar seu deus Ashima.[1]
Na segunda metade do século IV a.C., a região da moderna Síria passou a ser influenciada pela cultura greco-romana, depois de um longo tempo sob as culturas semítica e persa. As campanhas de Alexandre, o Grande entre 334 e 323 a.C. colocaram a Síria sob o comando helênico. Como ela se localizava no caminho das rotas comerciais entre a Ásia e Grécia, Hama e muitas outras cidades da Síria enriqueceram rapidamente. Depois da morte de Alexandre, suas conquistas foram divididas entre seus generais e Seleuco Nicator tornou-se o monarca da Síria e o fundador da dinastia Selêucida. Sob ela, Hama novamente floresceu. Os arameus puderam retornar para a cidade, que foi rebatizada de Epifânia[3] (em grego: Επιφανεία) em homenagem ao imperador selêucida Antíoco IV Epifânio. Porém, o controle selêucida começou a declinar logo depois e, nos dois séculos seguintes, dinastias árabes começaram a ganhar o controle de diversas cidades desta região da Síria, inclusive Hama.[4]
Notas e referências
Notas
↑Na época da composição do Easton's Bible Dictionary, a Palestina era uma província do Império Otomano.