Nesta ilustração do ano de 1779, Haetera piera são a terceira, quarta e quinta borboleta, em ordem de leitura. As duas borboletas acima são Pierella hyalinus (pertencentes à mesma tribo - Haeterini).[1]
São borboletas solitárias, ou em duplas, que vivem nos recessos úmidos e sombrios das florestas, de voo quase sempre crepuscular[5] e de baixa altura.[6]
Ciclo de vida
De acordo com Luis M. Constantino, a fêmea de H. piera deposita apenas um ovo, esférico e branco, na face inferior de uma folha de Spathiphyllum (Araceae), repetindo o comportamento de ovoposição em outras folhas da mesma planta, ao redor. As lagartas, em seu quarto e último estágio, são de coloração verde escura, ornamentadas por um padrão de zig-zag de coloração creme que diminui na medida em que se direciona à cabeça; que é granulada, com dois chifres grossos que levam um acessório lateral, e com um espinho curvo de cada lado.[6]
Haetera piera piera - Descrita por Linnaeus em 1758, de exemplar proveniente das Guianas ou Brasil (citado como "Indiis" na descrição).
Haetera piera diaphana - Descrita por Lucas em 1857, de exemplar proveniente do Brasil (Bahia - citado como "Cuba" na descrição).
Haetera piera negra - Descrita por C. & R. Felder em 1862, de exemplar proveniente do Peru (também ocorrendo no Equador e Brasil - Amazonas).
Haetera piera unocellata - Descrita por Weymer em 1910, de exemplar proveniente da Bolívia (caracterizada por indivíduos com o ocelo superior da asa traseira pouco desenvolvido).
Haetera piera pakitza - Descrita por Lamas em 1998, de exemplar proveniente do Peru.
Haetera piera sanguinolenta - Descrita por Constantino & Salazar em 2007, de exemplar proveniente da Colômbia (caracterizada por indivíduos com asa traseira avermelhada).[7]