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Custo de Oportunidade: O custo de oportunidade representa os potenciais benefícios que um indivíduo, investidor ou negócio perde ao escolher uma alternativa em detrimento de outra.[5][6]Esse conceito foi bem desenvolvido em suas obras,[7] e apesar de ter sido ignorado por grandes economistas de sua época, como Alfred Marshall,[7] o custo de oportunidade tornou-se algo muito importante na economia neoclássica e na Escola Austríaca de Economia, sendo hoje um conceito muito importante em microeconomia.[6]
Teoria Subjetiva do Valor: Assim como os austríacos Menger e Bohm-Bawerk(e também os neoclássicos Jevons, Walras e John Bates Clark), Wieser contribuiu com a exposição da Teoria Subjetiva do Valor, podendo ser considerado como um direto sucessor do marginalismo. A exposição de Wieser se aproxima da exposição de Menger escrita em seu Principles of Economics(obra de Menger considerada como uma das principais obras da revolução marginalista).[8] Wieser também criticou o que ele chamou de "teoria socialista do valor".[9]
Utilidade Marginal: Wieser é conhecido como o homem que cunhou o termo "utilidade marginal", equivalente ao termo "grau final de utilidade" ou "utilidade final" de William Stanley Jevons.[10]
Teorias
Teoria da Imputação: A teoria da imputação, exposta pela primeira vez por Carl Menger , sustenta que os preços dos fatores são determinados pelos preços de produção[11]. Ou seja, o valor dos fatores de produção é a contribuição individual de cada um no produto final, mas seu valor é o valor do último que contribuiu para o produto final (a utilidade marginal antes de atingir o ponto Ótimo de Pareto). Assim, Wieser[12] identificou uma falha na teoria da imputação exposta por seu professor, Carl Menger: A sobrevalorização pode ocorrer caso alguém se depare com economias onde os lucros saltam (máximos e mínimos em sua função de utilidade, onde sua primeira derivada é igual a 0). Wieser então sugeriu como alternativa a solução simultânea de um sistema de equações industriais:
Dado que um fator é usado na produção de uma gama de bens de primeira ordem, seu valor é determinado pelo bem que vale menos entre todos os bens da gama. Esse valor é determinado na margem, a utilidade marginal da última unidade do bem menos valioso produzido pelo fator. Em conexão com seu custo de oportunidade, o valor assim derivado representa um custo de oportunidade em todas as indústrias, e os valores dos fatores de produção e bens são determinados em todo o sistema.[12]
↑O termo utilidade marginal (Grenz-nutz) foi usado pela primeira vez neste sentido pelo austríaco Wieser. Foi adotado pelo prof. Wicksteed. Corresponde ao termo Final usado por Jevons, a quem Wieser expressa seu reconhecimento no prefácio(p. XXIII da edição inglesa). A lista que ele apresenta dos precursores de sua doutrina é encabeçada por Gossen, 1854. –Nota de rodapé da página 160 de "Princípios de Economia: Tratado Introdutório" de Alfred Marshall, edição Os Economistas.
↑Even where nature is most lavish with her gifts, there are but few kinds of goods with which she provides man in such superfluity that he can satisfy every, even the most
insignificant, sensation of want. As a rule the supply of goods of which he can avail himself is so scanty that he must break off his satisfaction at a point on the scale short of complete satiation. This point,—the smallest utility obtainable in the circumstances, assuming the most thorough possible utilisation of the goods—is of peculiar importance, both for the act of valuation and for economic life To it refer the expressions, “Werth des letzten Atoms,” of Gossen, “Final degree of utility,” or “Terminal utility” of Jevons; and “Intensité du dernier besoin satisfaité (rareté)” of Walras. Menger uses no particular designation. The name “Marginal Utility” was suggested by me (Ursprung des Werthes, p. 128), and has since been generally accepted. –Friedrich von Wieser, Natural Value(capítulo V)
↑The value of commodities is derived wholly from their utility, but the utility they afford is not wholly convertible into value. Commodities which may be had freely in abundance are of no value, however much utility they may afford. But those commodities too, which, because they are not to be had in sufficient quantity, are valuable for the sake of their utility, acquire a value which as a rule is less than their utility. –Friedrich von Wieser, The Austrian School and the Theory of Value(https://en.m.wikisource.org/wiki/The_Austrian_School_and_the_Theory_of_Value, 1891).
↑In the socialist theory of value pretty nearly everything is wrong. The origin of value, which lies in utility and not in labour, is mistaken. The relation of supply to
demand— that fact which impels us to attribute utility to goods, and upon whose fluctuations depend, in the last resort, the fluctuations in amount of value—is overlooked. The objects to which value attaches are not all embraced, for among those must be included productive land and capital, both as elements in the calculation of costs, and also per se. And the service rendered by value in economic life is only half understood, inasmuch as the most essential part of it, the material control of economy, is neglected.(Natural Value, Friedrich von Wieser)
↑Natural Value (livro I, capítulo V), Friedrich von Wieser