Aspecto das plataformas: vista para sul (esq.) e para norte (d.ta).
Localização
A estação tem acesso pelo Rua Doutor José Alberto Ferraz e Rotunda Almoxarife João Crisóstomo a norte da linha ferroviária e pela Rua Dona Maria I e Avenida António Enes, todas elas na localidade de Queluz.[2] Dispõe de dois átrios desnivelados à via férrea, um elevado e outro inferior, interligando assim os arruamentos circundantes neste local de pendor acentuado.[carece de fontes?]
Contígua à estação, na direcção de Sintra, situa-se uma ponte ferroviária que passa sobre a EN 117 e sobre o Rio Jamor, encanado neste curto segmento.[carece de fontes?]
Encontra-se no troço da Linha de Sintra entre as Estações de Alcântara-Terra e Sintra, que entrou ao serviço em 2 de Abril de 1887.[4]
Ligações previstas a Idanha-Belas e à Ericeira
Em finais de 1894, foi pedida a concessão para um caminho de ferro do tipo americano, com tracção a vapor, desde a estação de Queluz-Belas até à Ericeira, servindo Mafra,[5] projecto que no ano seguinte já tinha sido autorizado.[6] Esta linha nunca chegou a ser construída.[carece de fontes?]
Em 1897, o prior de Belas, Monsenhor Serrano, apresentou um projecto para construir um caminho de ferro entre Queluz e Belas, no sistema de trenvias, embora tenha desistido da concessão em 1898.[7]
Ainda em 1898, o empresário Eurico Allen apresentou ao Conselho Superior de Obras Públicas e Minas um requerimento para construir uma ligação ferroviária, ligando esta estação a Idanha[8] (localidade da freguesia de Belas). No ano seguinte, pediu que a concessão desta linha, em via estreita, fosse prolongada até à Ericeira, servindo várias povoações pelo caminho.[9] Também esta linha nunca chegou a ser construída.[carece de fontes?]
Século XX
Em 1913, existia um serviço de diligências entre Belas e a estação de Queluz.[10]
Esta estação é a primeira das quatro referidas por Fernando Pessoa no seu poema “Anti-Gazetilha” (Sol 1926.11.13; mais tarde incluída como “O Comboio Descendente” em numerosas antologias e musicada nos anos 1980 por Zé Mário Branco), que descreve um sinuoso e improvável «comboio descendente» que segue de «Queluz à Cruz Quebrada», «da Cruz Quebrada a Palmela», e «de Palmela a Portimão».[11][12]
No concurso do ajardinamento das estações da Linha de Sintra, a estação de Queluz-Belas recebeu o quinto prémio em 1933,[13] o quarto prémio em 1934,[14] e o segundo prémio em 1936.[15]
Em 25 de Outubro de 1949, foi organizado um comboio especial de Queluz ao Luso, para transportar o General Franco numa visita a Portugal.[16]
Durante o projecto de modernização e electrificação da Linha de Sintra, em 1957,[17] foram instalados relés do tipo DRS e agulhas motorizadas em várias estações, incluindo Queluz.[18]
Em Dezembro de 2002, foram concluídas as obras de remodelação da estação de Queluz-Belas, terminando desta forma a quadruplicação da Linha de Sintra até Queluz-Massamá.[19]
↑«Efemérides»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1226). 16 de Janeiro de 1939. p. 81-85. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑«Há Quarenta Anos»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1133). 1 de Março de 1935. p. 108. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑«Há Quarenta Anos»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 50 (1217). 1 de Setembro de 1938. p. 409. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑«Há Quarenta Anos»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 50 (1215). 1 de Agosto de 1938. p. 370. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑«Há Quarenta Anos»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1231). 1 de Abril de 1939. p. 198-199. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑«Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 23 de Fevereiro de 2018
↑CARREIRO, Jacinto (16 de Junho de 1933). «A Linha de Sintra e os seus jardins»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1091). p. 337-339. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑«O ajardinamento da Linha de Sintra»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1116). 16 de Junho de 1934. p. 308-309. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑«Ajardinamento da Linha de Sintra»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1164). 16 de Junho de 1936. p. 338. Consultado em 17 de Setembro de 2014
↑REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. p. 124. ISBN989-619-078-X !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Fátima Campos; Nadir Fernandes: “Estações da CP da Linha de Sintra têm nomes desadequados : Existe em Monte Abraão uma estação da CP denominada Queluz-Massamá e em Massamá a estação tem o nome de Barcarena.” Correio da Manhã (2004.08.27): Interpelação da Junta de Monte Abraão e resposta da Refer
Bibliografia
MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)