Espiritualismo francês é um termo que designa um grupo de filósofos franceses dos séculos XVIII, XIX e XX que, apesar de possuírem profundas diferenças em termos doutrinários, exploram, em profundidade, a teoria da ação, sobretudo a noção de "consciência ativa" orientada para o futuro.[1] É uma vertente do espiritualismo filosófico.
Dominique Janicaud lembra essa oposição mútua do espiritualismo francês ao positivismo "estrito", mas classifica os espiritualistas Ravaisson e Bergson sob o rótulo de "positivismo espiritualista", porque eles afirmam a realidade da mente e fundem o conhecimento metafísico da natureza sobre ela.[3] O próprio Ravaisson classifica sua filosofia de “espiritualismo”.[4] Bergson o define da seguinte maneira:
“O outro método leva em conta não só os elementos, mas sua ordem, seu entendimento entre eles e sua direção comum. Ele não explica mais os vivos pelos mortos, mas, vendo a vida em todos os lugares, é por sua aspiração a uma forma de vida superior que define as formas mais elementares. Já não reduz o superior ao inferior, mas, ao contrário, o inferior ao superior. É, no sentido próprio da palavra, o espiritualismo."[5]
↑Jerome Ndaye Mufike, que inclui a lista de Dominique Janicaud, De la conscience à l'amour : la philosophie de Gabriel Madinier, Gregorian Biblical BookShop, 1 janv. 2001, p. 50-51.
↑Janicaud, Dominique (2000). Une Généalogie du spiritualisme français. Aux sources du bergsonisme: Ravaisson et la métaphysique. Paris: Vrin. p. 128.
↑Ravaisson, Félix (1901). Testament philosophique. Allia, 2008. p. 71.
↑Bergson, Henri (1904). "La vie et l'œuvre de Ravaisson". Reimpresso em O Pensamento e o Movente.