Elza ao Vivo no Municipal é o quarto álbum ao vivo da cantora e compositora brasileira Elza Soares, lançado em maio de 2022 pela gravadora brasileira Deck e com produção musical de Rafael Ramos. Foi seu primeiro lançamento póstumo.
Antecedentes
Durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, Elza Soares teve que adiar a gravação e o lançamento de um álbum inédito, que seria No Tempo da Intolerância.[1] Por isso, a cantora acabou por relançar um álbum gravado na década de 1990 e nunca apresentado ao público, chamado Elza Soares & João de Aquino.[2] Com a melhora da pandemia, a cantora começou a trabalhar num projeto retrospectivo em vídeo, que seria o primeiro desde Elza Canta e Chora Lupi (2016).[3][4]
Em novembro de 2021, em entrevista ao O Dia, Elza comentou sobre a produção dos dois projetos:[5]
Estou gravando um novo disco de músicas inéditas e também o meu próximo DVD, ambos trabalhos que irei lançar no ano que vem. Trabalhos fortes, impactantes, mas ainda não posso contar muita coisa. Posso adiantar que vamos fazer barulho, isso eu posso.
[5]
Gravação
Com produção musical e arranjos de Rafael Ramos, que tinha trabalhado com Elza em Planeta Fome (2019) e No Tempo da Intolerância (2022), Elza ao Vivo no Municipal foi gravado no Theatro Municipal de São Paulo, em 17 e 18 de janeiro, dois dias antes da morte da cantora. A gravação foi só anunciada para a imprensa após a morte de Elza, com a confirmação de que o projeto seria lançado ainda no primeiro semestre de 2022.[6] O show ocorreu com um público pequeno escolhido pela cantora, em destaque pessoas que nunca tinham pisado no teatro e também pessoas negras.[7]
Lançamento e recepção
Críticas profissionais
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Avaliações da crítica
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Fonte
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Avaliação
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G1
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MyNews
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(favorável)[9]
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O álbum foi formalmente apresentado com o lançamento do single "Meu Guri", inicialmente gravada por Elza Soares no álbum Trajetória (1997) em abril.[10] O projeto foi lançado completamente em 13 de maio de 2022, em edição digital da Deck.[7]
Em crítica feita a partir do G1, Mauro Ferreira atribuiu uma cotação de 5 de 5 estrelas para Elza ao Vivo no Municipal. Além de elogiar o repertório, especialmente por músicas até então nunca regravadas por Elza como "Saltei de Banda" e "O Morro" e que a obra "resume bem o legado de Elza da Conceição Soares".[8]
Em análise também favorável por meio do MyNews, Bruno Cavalcanti afirmou que o álbum atesta que Elza foi "a maior intérprete da música popular tupiniquim", embora tenha feito críticas a performance "protocolar" da canção "Banho".[9]
Faixas
A seguir lista-se as faixas, compositores e durações de cada canção de Elza ao Vivo no Municipal:[11]
Referências
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Álbuns de estúdio | |
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Álbuns ao vivo | |
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Coletâneas | |
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EPs |
- Se Acaso Você Chegasse (1960)
- As Polegadas da Mulata (1961)
- Não Ponha a Mão (1962)
- Maria, Mária, Mariá (1962)
- Volta Pra Cima (1963)
- Só Danço Samba (1966)
- Vou Rir de Você (1967)
- Palmas no Portão (1967)
- O Bonde de São Januário (1968)
- Bis (1969)
- Lendas e Mistérios da Amazônia (1969)
- Os Melhores Sambas Enrêdo (1970)
- Lendas do Abaeté (1972)
- Sangue, Suor e Raça (1972)
- A Festa do Divino (1974)
- Salve a Mocidade (1974)
- Estou com Raiva de Você (1976)
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Singles |
- "Brotinho de Copacabana" (1959)
- "Edmundo (In The Mood)" (1960)
- "Si Acaso Tu Llegases" (1960)
- "Cadeira Vazia" (1961)
- "Só Danço Samba" (1963)
- "Gamação" (1963)
- "Receita de Balanço" (1964)
- "O Neguinho e a Senhorita" (1965)
- "De Amor Ou Paz" (1966)
- "A Infelicidade" (1966)
- "Isso Nāo Se Faz" (1967)
- "Portela Querida" (1967)
- "Lapinha" (1968)
- "Sei Lá Mangueira" (1968)
- "Heróis Da Liberdade" (1969)
- "Bahia de Todos os Deuses" (1969)
- "A Flor e o Samba" (1969)
- "Maschera Negra" (1970)
- "Lendas e Mistérios da Amazônia" (1970)
- "Rainha de Roda" (1972)
- "Rio Carnaval dos Carnavais" (1972)
- "Acorda Portela" (1973)
- "A Festa do Divino" (1973)
- "Mangueira em Tempo de Folclore" (1973)
- "Aquarela Brasileira" (1973)
- "Salve a Mocidade" (1974)
- "Não é Hora de Tristeza" (1976)
- "Estou Com Raiva de Você" (1976)
- "Enredo De Pirraça" (1977)
- "Hoje Tem Marmelada" (1979)
- "Como Lutei" (1980)
- "Som, Amor, Trabalho e Progresso" (1982)
- "Alegria do Povo" (1985)
- "Façamos (Vamos Amar)" (2002)
- "A Cigarra" (2002)
- "A Carne" (2002)
- "Espumas ao Vento" (2003)
- "Paciência" (2011)
- "Mulher do Fim do Mundo" (2017)
- "Na Pele" (2017)
- "Banho" (2018)
- "Deus Há de Ser" (2018)
- "O Tempo Não Para" (2018)
- "O Que Se Cala" (2018)
- "Foi Você, Fui Eu" (2019)
- "Libertação" (2019)
- "Comportamento Geral" (2019)
- "Lírio Rosa" (2019"
- "Carinhoso" (2020)
- "Juízo Final" (2020)
- "Negrão Negra" (2020)
- "Vaso Quebrado" (2020)
- "Divino Maravilhoso" (2020)
- "Comida" (2020)
- "A Coisa Tá Preta" (2020)
- "Nós" (2021)
- "Black Power" (2021)
- "Drão" (2021)
- "Demarcação Jazz" (2021)
- "Meu Guri" (2022)
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Outras canções | |
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