O Dia é um jornal diário publicado na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.[1][2] Seu preço em banca é R$ 2,00 (segunda-feira a sábado) e R$ 4,00 (domingo).
Chagas utilizava o equipamento gráfico do vespertino A Notícia (de propriedade do ex-governador paulista Ademar de Barros) para rodar o jornal. Chagas era sócio e aliado político de Ademar na época.
A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento
”
Em 1983, O Dia foi comprado pelo jornalista e empresário Ary Carvalho. Inicialmente um veículo de forte apelo popular, voltado para notícias policiais e de violência, o jornal passou por ampla reforma no início da década de 1990, com a intenção de competir por leitores com os mais tradicionais.
Com o falecimento de Ary Carvalho em 2003, a propriedade da empresa foi divida entre suas três filhas: Ariane, Gigi e Eliane de Carvalho.
Em 2005, Ariane deixou a sociedade para fundar o jornal Q!, levando junto a rádio MPB FM.
Nesta altura, a Editora O Dia incluia ainda o jornal Meia Hora, o portal O Dia Online, a TV O Dia e a rádio FM O Dia, além de uma agência de notícias e do Instituto Ary Carvalho. Em abril de 2010 a Editora O Dia vendeu parte do seu capital para a EJESA, Empresa Jornalística Econômico SA, que publica o Brasil Econômico, por US$ 75 milhões.
Já com a EJESA, a Editora O Dia lança o desportivo MarcaCampeão - em parceria com o jornal líder espanhol Marca. Em 2019 o jornal ganhou um processo que o presidente Jair Bolsonaro movia contra o jornal.
Nas eleições de 2018 o jornal publicou uma sátira, onde a cabeça do presidente Jair Bolsonaro é inserida em uma suástica (que é associada ao Nazismo) com a indagação: "e ninguém vai dizer nada?" Bolsonaro entrou com um processo contra o jornal. A relatora do processo deu causa ganha para o jornal, argumentando que o presidente não se ofendeu quando circulou sua foto ao lado de uma pessoa fantasiada com o que parece ser Adolf Hitler.[4]
Cadernos
Caderno D
Em meados de 1988, o jornal O Dia apresentou um novo tipo de caderno: o Caderno D, que atualmente é conhecido como O Dia D. O caderno trazia diariamente guias da programação televisiva, piadas, jogo de erros e palavras cruzadas, e também tiras de quadrinhos diárias. As primeiras tiras deste caderno foram:
Pelezinho: Um personagem do desenhista Maurício de Sousa, que representava o Rei Pelé em sua juventude. Essa série de tiras foi cancelada em 1990, dando lugar a outras. Pelezinho teve suas revistas nos anos 70 e 80 (canceladas em 1987), mas é atualmente um personagem esquecido.
Vereda Tropical: Uma série de tiras realizadas pelo desenhista Nani, que satiriza a situação político-social cotidiana do Brasil. Os personagens principais são: Veizim, um velho índio amarelo de cabelos brancos; Turuna, um índio de pele alaranjada e cabelos pretos; e Fernandias, um personagem há alguns anos esquecido nessa tira, e que é uma paródia de Fernão Dias. Esta série de tiras é a única que estreou junto com o Caderno D e permanece até hoje no mesmo.
Dr. Baixada: Uma série de tiras, (hoje já esquecida) realizada pelo desenhista Luscar. Apresentava um personagem chamado Dr. Baixada, um homem baixo, vestido com um chapéu preto, óculos escuros e roupas pretas, que talvez fosse uma paródia do famoso Tenório Cavalcanti. Também retratava situações político-socias cotidianas brasileiras como Vereda Tropical, mas não durou muito tempo, sendo cancelada em 1990.
Fujoão: Uma série de tiras realizada pelo cartunista Nivaldo, que esteve presente no Caderno D do início até 1990.
Design de notícias
Já pelo lado visual, o "Caderno D" sempre foi pioneiro e suas capas são referência no cenário do design de notícias brasileiro. A criatividade e a ousadia são características do caderno diário.
1991: Esso Regional Sudeste, concedido a Alexandre Medeiros, pela série "Fome na Baixada"
1996: Esso Regional Sudeste, concedido a João Antônio Barros, pela obra "Os 162 Carelis da Polícia"[5]
1997: Esso Regional Sudeste concedido a Albeniza Garcia e Equipe, pela obra "Infância a Serviço do Crime"[6]
1998: Esso de Criação Gráfica, na categoria jornal, concedido a André Hippertt e Renata Maneschy, pela obra "Infância Perdida"[7]
1999: Esso de Criação Gráfica, na categoria jornal, concedido a André Hippertt e Renata Maneschy, pela obra "O Ppreço da Liberdade"[8]
2002: Esso de Reportagem, concedido a Sérgio Ramalho, pela reportagem "Morto Sob Custódia"[9]
2003: Esso Regional Sudeste, concedido a João Antônio Barros, Bartolomeu Brito e Márcia Brasil, pela reportagem "Crime Sobre Rodas"[10]
2004: Esso de Fotografia, concedido Carlos Moraes, pela reportagem "Ataque a Helicóptero: Reação, Fuga e Execução"[11]
2005: Esso Regional Sudeste, concedido a Pedro Landim, Fábio Varsano, Sérgio Ramalho, Aluizio Freire e Equipe, pela reportagem "Chacina"[12]
2006: Esso Regional 3, concedido a Mônica Pereira e equipe, pela reportagem "Venda de Cadastros de Aposentados"[13]
2008: Esso Especial de Primeira Página, concedido a Alexandre Freeland, André Hippertt, Breno Girafa, Ana Miguez e Luisa Bousada, pela reportagem "Cientistas Brasileiros Fazem Alerta: Mais Terremotos Vêm Aí"[14]
2009: Esso Especial de Primeira Página, concedido a André Hippertt, Karla Prado e Alexandre Freeland, pela reportagem "A Faixa Preta Hoje é de Luto"[15]
2010: Esso de Fotografia, concedido a Alexandre Vieira, pela obra "Faroeste Carioca"[16]
2013: Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, concedido a Alexandre Medeiros, com a série "A seca tem rosto, nome e sobrenome"
2014: Prêmio Embratel/Claro, categoria Reportagem, concedido à equipe do Jornal O Dia pela série "50 anos do golpe militar"
2012: ganhou o prêmio "Excelência Jornalística" na categoria Cobertura Noticiosa da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) pela série de reportagens sobre a pacificação da Rocinha (2011)[19]