Eleonora Margarida Josephina Schmitt[1][2] (São Paulo, 23 de agosto de 1931) é uma nadadora brasileira, que participou de uma edição dos Jogos Olímpicos pelo Brasil.[3]
Trajetória esportiva
Filha de alemães que migraram para o Brasil em 1920, recebeu da família estímulo para praticar esportes; o pai fazia saltos ornamentais e a mãe era ginasta.[4] Eram sócios do Germânia, atual Esporte Clube Pinheiros e, durante a Segunda Guerra Mundial foram convidados a se retirar do clube por serem de origem alemã.
Em 1946, voltou ao clube para treinar saltos ornamentais e, depois de cinco meses de treinamento, foi medalhista no campeonato sul-americano no trampolim de três metros e na plataforma de 10 metros.[4]
Em março de 1948 conquistou a vaga para os Jogos Olímpicos de Londres mas, por determinação da CBDA, a equipe feminina de saltos ornamentais não iria.[4] Foi, então, informada pelo técnico Sato, do Pinheiros, de que ainda havia vagas na natação; treinou por dois meses e conseguiu a vaga dos 100 metros nado livre na última seletiva, na piscina do Fluminense.[4] Seu pai era contrário a sua participação em Londres, porque Eleonora tinha apenas 16 anos, mas o nadador Willy Otto Jordan ficou responsável por cuidar da jovem atleta.[4] No avião, na viagem de ida, foi uma das poucas que não se importaram em sentar ao lado de um negro, Adhemar Ferreira da Silva, de quem se tornou grande amiga.[4] Já em Londres, aprendeu a virada olímpica, exigida na competição, mas desconhecida dos brasileiros.[4] Na prova dos 100 metros nado livre, terminou em 19º lugar; e no revezamento 4x100 metros nado livre, ficou em sexto lugar, junto com Maria Angélica Leão da Costa, Talita Rodrigues e Piedade Coutinho.[4][2] Ela também nadou os 100 metros livre, não chegando à final da prova.[3][5] Depois dos Jogos, parou de treinar natação e voltou aos saltos ornamentais.[4]
Em 1949 foi campeã paulista, brasileira e sul-americana nas provas do trampolim de 3 metros e da plataforma de 10 metros.[4]
No início da década de 1960 parou de treinar e se dedicou à família.[4]
Referências