A eleição de 2012 foi bastante distinta do pleito de 2008, onde havia quatro candidatos com chances. Desta vez, a disputa foi polarizada no apoio ou na oposição a continuidade da gestão do prefeito Djalma Berger, que tentava a reeleição. Outros fatores políticos acabaram influenciando nas chapas e no resultado.[2][3][4]
Em 2008, os irmãos Djalma e Dário Berger venceram as disputas de São José e de Florianópolis, consolidando o domínio eleitoral em ambas as cidades. Djalma se candidatou pelo PSB, vencendo ao ser colocar como uma retomada da gestão de Dário (1996-2004) na cidade - mesmo que o prefeito da época, Fernando Elias, também tivesse sido eleito por ser uma continuidade do governo de Dário, e que o PMDB, partido de Dário, tivesse uma candidata própria para São José, Adeliana Dal Pont, ela própria também tendo participado da gestão de Dário, assim como Djalma e Elias.[5] Após se tornar prefeito, Djalma se transferiu para o PMDB de seu irmão.[2][6]
Em 2010, o PT elegeu a sucessora de Lula no executivo nacional, Dilma Rousseff, com o apoio do PMDB, que ficou com a vice-presidência. Os primeiros anos do governo Dilma foram de grande popularidade, levando, por exemplo, a criação do Partido Social Democrático (PSD) a partir de dissidentes de partidos de oposição que pretendiam se aliar ao governo federal. Essa conjuntura se reflete em São José: com a chegada de Djalma ao PMDB, Adeliana se desfilia e migra para o novo PSD, unindo em torno de sua candidatura os opositores dos Berger, como os antigos partidos dos irmãos, o PSDB e o PSB. Já o PT, que havia sido rival de Djalma em 2008, agora participava da gestão municipal e era aliado do PMDB, participando da nova coligação do prefeito, indicando Círio Vandressen como vice na chapa.
Assim, se formaram duas grandes chapas: a situacionista, com catorze partidos, e a oposicionista, com sete. Fernando Elias, derrotado em 2008 quando tentava a reeleição, se filia ao PTB para tentar mais uma vez em chapa com o PRTB, enquanto a Frente de Esquerda manteve a coligação PSTU-PSOL da última eleição, mas agora com Rafael Melo, do PSOL, como candidato.[6][7][8][9]
Eleição municipal de São José em 2012 para Prefeito
Pela segunda eleição seguida, São José não reelegeu o prefeito. Em uma eleição polarizada, Adeliana acabou derrotando Djalma Berger com uma larga vantagem, em uma revanche da eleição de 2008, se tornando a primeira mulher a governar a cidade. Os outros dois candidatos tiveram votações inexpressivas. Em resultados inversos aos de 2008, os irmãos Berger perderam as disputas em São José e em Florianópolis, onde o candidato pessedista César Souza Junior derrotou o aliado de Dário, Gean Loureiro - além dessas duas cidades, o PSD também ficou, após um processo jurídico, com a prefeitura da Palhoça, passando a governar nas três maiores cidades da Grande Florianópolis.[10][11]
Eleição municipal de São José em 2012 para Vereador
Treze vereadores foram eleitos entre 229 postulantes. As coligações para o legislativo eram divisões das coligações para o executivo nas duas maiores chapas: dentro da chapa situacionista São José Pra Nossa Gente ficaram as coligações São José Sempre Melhor (PMDB-PPL), São José para Todos (PT-PHS-PSDC), Educação e Trabalho (PDT-PMN), Pra Fazer a Diferença (PV-PT do B) e Unidos por São José (PRB-PR-PTC). Já dentro da chapa oposicionista Para Cuidar de São José ficou uma coligação PSD-PSDB, uma coligação PSC-PSB-PP, ambas sem um nome, e a coligação Somos pela Mudança (DEM-PPS).
↑«Empossados novos secretários». Na tabela constam os nomes dos prefeitos Fernando Elias (2004-2008) e Adeliana (2012-2020). Djalma Berger (2008-2012) também foi secretário na gestão de seu irmão. Oi São José. Consultado em 31 de outubro de 2020