Anthony Shuck (anulado) Urial Leo Higham (1951-1957; morte dele) Reinhold L. Fehlberg (1959-1984; morte dele)
Edwina Booth (13 de setembro de 1904 - 18 de maio de 1991) foi uma atriz de cinema estadunidense que iniciou sua carreira na era do cinema mudo, alcançando a era sonora. Ela se tornou conhecida pelo filme de 1931, Trader Horn, durante o qual adquiriu malária, o que efetivamente causou o fim de sua carreira cinematográfica. Atuou em 7 filmes entre 1928 e 1932, retirando-se da vida cinematográfica.
Biografia
Nascida Josephine Constance Woodruff em Provo, Utah, era filha do médico James Lloyd e de Josephine (Booth) Woodruff, a mais velha entre cinco filhos. Era doentia desde a infância, e teve dificuldades, devido a isso, para freqüentar a escola.[1]
Sua breve carreira cinematográfica começou em 1928, com o filme dirigido por Dorothy Arzner, Manhattan Cocktail. Ela estava de férias, seguindo uma peça teatral em 1927, quando o cineasta E. Mason Hopper a viu e lhe ofereceu um papel num filme de Marie Prevost. A Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) ficou impressionada com seu trabalho e a colocou em pequenos papéis coadjuvantes. Sua chance para o estrelato veio quando o estúdio lançou seu novo épico de selva, Trader Horn, estrelado por Harry Carey. A produção recebeu um orçamento bastante grande e enviou o elenco e a equipe para o leste da África.
Até 1929, os únicos filmes feitos diretamente na África eram Literatura de viagem, mas a MGM esperava que a ideia da “filmagem em locação” pudesse incrementar o apelo commercial para o filme.[2] O cast era, porém, inexperiente e mal equipado para filmar na África, um problema agravado pela decisão da MGM na última hora, de fazer o filme com som.
Além de lidar com o calor e os insetos, Booth contraiu malária durante as filmagens.[3] (Em uma entrevista com Dick Cavett, nos anos 1970, Katharine Hepburn disse que Booth contraiu esquistossomose). Seu papel como "The White Goddess", no filme, exigia cenas seminuas, provavelmente aumentando sua susceptibilidade. A produção durou vários meses (muito mais do que tempo de produção média naqueles dias), e o filme não foi lançado até 1931. Apesar dos muitos problemas com a produção do filmes[2]Trader Horn foi um sucesso, chegando a ser indicado para o Oscar de melhor filme,[4] que acabou sendo vencido por Cimarron naquele ano.
Booth demorou 6 anos para se recuperar fisicamente. Ela processou a MGM em mais de 1 milhão de dólares,[5] alegando que ela tivera proteção inadequada e roupas inadequadas durante as filmagens na África.[6] Ela alegou ter sido forçada a tomar banho de sol nua por períodos prolongados durante as filmagens. O caso recebeu muita atenção nos tablóides e eventualmente foi resolvido fora do tribunal. De acordo com algumas fontes, os termos não foram divulgados;[6]entretanto, os arquivos da Brigham Young University indicam a quantia de $35,000.[2]
A carreira de Booth jamais se recuperou do desastre da MGM. Nem a MGM, nem outros grandes estúdios tinham quaisquer intenções de empregá-la, o que criou uma oportunidade para o produtor Nat Levine, da produtora mais pobre Mascot Pictures. Levine viu uma oportunidade para capitalizar sobre o sucesso de Trader Horn, reunindo suas estrelas Harry Carey e Edwina Booth em dois seriados de aventura, The Vanishing Legion (1931) e The Last of the Mohicans (1932). Os filmes foram bem sucedidos dentro de seu mercado limitado, mas não conseguiram impulsionar a carreira cinematográfica de Booth.
Booth retirou-se completamente da vida pública, embora continuasse a receber cartas de fãs para o resto da sua vida. Ela declarou que ela iria dedicar todo seu futuro lazer e uma grande proporção dos seus ganhos para o alívio do sofrimento humano, "My years of illness have not been wasted" (meus anos de doença não foram desperdiçados), ela informou à imprensa local. "I have learned to love mankind" (Eu aprendi a amar a humanidade).
Vida pessoal
Booth foi casada três vezes. Anthony Shuck, seu primeiro marido, teve o casamento anulado após ela voltar da África.[3] Casou pela segunda vez, com Urial Leo Higham, em 21 de novembro de 1951; ele morreu em 1957. Seu terceiro marido foi Reinold Fehlberg. Foram casados de 17 de fevereiro de 1959 até a morte dele, em 1983. Houve falsos rumores sobre ela ter morrido,[2] até sua morte em 1991. Ela não teve filhos. Foi sepultada em Santa Mônica, no Woodlawn Memorial Cemetery.[7]
Parish, James Robert. The Hollywood Book of Death: The Bizarre, Often Sordid, Passings of More than 125 American Movie and TV Idols. Contemporary: New York, 2002.
Ligações externas
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