No início da década de 1930, a Comissão de Planejamento da Capital Nacional desejou desenvolver uma seção do Distrito de Colúmbia conhecida popularmente como "Foggy Bottom". Com o ingresso do país na Segunda Guerra Mundial, o então Departamento de Guerra - que ocupava diversas instalações provisórias - expressou a necessidade uma sede definitiva de acordo com a prioridade de suas incumbências. Planejava-se construir o prédio em duas etapas distintas e a região de Foggy Bottom acabou sendo selecionada pela vastidão de terras à disposição.
Os arquitetos Gilbert Stanley Underwood e William Dewey Foster venceram o concurso para o novo prédio do Departamento de Guerra. Ambos concluíram o projeto em 1939 e a construção foi iniciado no ano seguinte. A Administração de Prédios Públicos, órgão subordinado à Agência de Trabalhos Federais - foram as responsáveis pelo programa de construção dos prédios do Departamento do Tesouro. A primeira fase do prédio foi concluída em 1941.[3]
Durante a fase de projeto, diversas agências alertaram sobre a necessidade de um prédio muito maior para abrigar as instalações do departamento. Apesar de desconsiderados pelos construtores, tais alertas provaram-se verdadeiros com o passar dos anos. Ainda que ocupado brevemente nos primeiros anos de construção, o prédio acabou não sediando nenhum departamento de governo. Sendo que, à época de sua conclusão, já não era mais ocupado pelo Departamento de Guerra, para o qual fora planejado. Não obstante, no mesmo ano, o Congresso dos Estados Unidos viria a angariar fundos para a construção de um quartel-general de operações militares - o Pentágono - deixando o Edifício Truman à disposição de outras agências do governo.
Em 1947, o prédio passou a ser ocupado oficialmente pelo Departamento de Estado, sendo que ainda hoje sua seção original de 1941 é referida como "War Department Building" em referência ao seu primeiro ocupante.[4][5] O protagonismo dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial acabou influenciando o alargamento das funções do Departamento de Estado e uma ampliação física em sua sede foi cogitada. Somente em 1955, o Congresso aprovou os planos de expansão do edifício, num concurso vencido pela firma Harley/Probst Associates no ano seguinte. A extensão, conhecida oficialmente como "State Department Extension" foi concluída em 1960 e inaugurada em 1961 pelo Secretário de Estado Dean Rusk.
O prédio é local de trabalho de mais de 8 mil empregados do Departamento de Estado, possuindo 130 mil m² de área útil e 24.800 m² de espaço de serviço. A cobertura do prédio, tradicional local de encontro entre líderes estrangeiros, possui 28.000 m² de área, mais do que qualquer outro prédio público do Distrito de Colúmbia.[8] O prédio conta com 43 elevadores, possuindo ainda mais de 4 mil janelas e 34 mil pontos de iluminação.
Atualmente, o Edifício Truman passa por um período de renovação e reforma total de 12 anos com a finalidade de modernizar e readaptar partes de sua estrutura.[3] Em maio de 2014, a Administração de Serviços Gerais liberou 25 milhões de dólares para construção de uma entrada pública na ala oeste do prédio, como parte das reformas estruturais.[9] A estrutura de aço e vidro não servirá somente como entrada oficial do prédio, como também abrigará um pequeno centro de visitantes relacionado à história diplomática do país. Conhecida como U.S. Diplomatic Center, uma área foi projetada pela empresa Beyer Binder Belle e financiada pela Fundação Centro Diplomático, uma organização independente fundada pela ex-Secretária de Estado Madeleine Albright.[10]
↑Carmine, Alex (2009). Dan Brown's The Lost Symbol: The Ultimate Unauthorized and Independent Reading Guide. [S.l.]: Punked Books. p. 37. ISBN9781908375018
↑Mowbray, Joel (2003). Dangerous Diplomacy: How the State Department Threatens America's Security. [S.l.]: Regnery Publishing. p. 11. ISBN9780895261106