Um eclipse solar em Plutão pode ocorrer quando um dos nodos orbitais de seus satélites - o ponto da órbita onde ela cruza a eclíptica do planeta anão - está alinhado com a posição aparente do Sol visto de Plutão. Já que três de seus satélites orbitam no mesmo plano, o período em que um eclipse é possível é o mesmo para todos eles. Há apenas dois pontos na órbita de Plutão onde isso pode acontecer.
Caronte tipicamente apresenta um diâmetro angular de entre 3 e 4 graus de arco visto da superfície de Plutão. O Sol aparece muito menor, apenas de 40 segundos de arco a 1 minuto de arco. Isso significa que durante eclipses solares por Caronte, uma grande proporção da superfície de Plutão pode experimentar um eclipse total. Devido ao fato de que o hemisfério de Plutão virado para Caronte é sempre o mesmo, só acontece eclipses no hemisfério virado para Caronte.
Há incerteza sobre os diâmetro de Nix e Hidra, as duas luas menores de Plutão, e por causa disso, seus diâmetro aparentes (vistas de Plutão) também são incertos. No entanto, sabe-se que o diâmetro angular de Nix é de 3-9 minutos de arco, enquanto o de Hidra é de 2-7. Isso é maior que o diâmetro angular do Sol visto de Plutão, então eclipses solares totais podem acontecer com essas luas também.
O últimos período onde eclipses solares aconteceram em Plutão foi entre fevereiro de 1985 e outubro de 1990.[1] Visto da Terra, Caronte também transita Plutão em toda órbita durante esse período. Medindo a variação no brilho durante esses eventos de trânsito, astrônomos foram capazes de medir o raio de Plutão e Caronte. Atualmente, telescópios como Hubble têm resolução alta o suficiente para medir o raio diretamente.
O próximo período onde eclipses solares ocorrerão em Plutão vai começar em outubro de 2103, com pico em 2110, e vai terminar em janeiro de 2117. Durante esse período, eclipses solares vão ocorrer no mesmo ponto de Plutão em toda órbita de Caronte. A duração máxima de um eclipse nesse período vai ser de cerca de 90 minutos.[2][3]