Deolinda Rodrigues (nome completo: Deolinda Rodrigues Veloso; Lisboa, 31 de Dezembro de 1924 — Lisboa, 10 de Outubro de 2015) foi uma atriz e fadista portuguesa.[1]
Biografia
Deolinda Rodrigues nasceu no antigo Convento de Telheiras, no dia 31 de Dezembro de 1924 mas comemorava o seu aniversário no dia 1 de Janeiro.[1] Era filha de Maria Rodrigues e de João Veloso.
Participou no Concurso da Primavera organizado pelo Diário Popular, onde marcaram presença concorrentes amadores e profissionais, obtendo o segundo lugar da classificação. Em 1944 estreou-se como profissional no Baía, no Parque Mayer, passando a actuar em diversas casas como a Vera Cruz, o Café Mondego, o Retiro dos Marialvas e o Café Latino.[1][2]
Estreou-se no teatro com a revista Cartaz da Mouraria, no Teatro Apolo, a 8 de Maio de 1947, numa peça onde entravam artistas conhecidos como Hermínia Silva, Álvaro Pereira, Costinha e Barroso Lopes.[1]
Afastada da vida artística durante dois anos, regressou ao mundo do cinema com a participação no filme Cantiga da Rua, estreado em 1950, a convite de Henrique Campos, onde contracenava com Alberto Ribeiro.[3] Participou em peças de teatro, operetas e filmes, com destaque para Madragoa (1952) de Perdigão Queiroga, ao lado de Carlos José Teixeira, Ercília Costa, entre outros, e O Noivo das Caldas (1956), ao lado de António Silva, Anna Paula, Curado Ribeiro, Carmen Mendes, Carvalho e Raul Solnado, entre outros.[2][4]
Participou também em inúmeros programas televisivos que sucedem a apresentações em espectáculos, cinema, teatro, digressões nacionais e internacionais - África, Venezuela e Brasil.
Deolinda Rodrigues morreu com 90 anos no dia 10 de Outubro de 2015, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.[1][5]
Reconhecimento
Foi homenageada pelos seus 60 anos de carreira, a 2 de Outubro de 2004, pela Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa, e a 12 de Março de 2005, pela Câmara Municipal de Lisboa com a realização de um espectáculo no Fórum Lisboa. Em 2007 foi aprovada e atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa a Medalha Municipal de Mérito, Grau Prata, destacando Deolinda Rodrigues como um nome "incontornável da canção nacional na primeira metade do século XX".[1][6]
Foi uma das 50 figuras do fado e da guitarra portuguesa homenageadas, em 2012, aquando da celebração do primeiro aniversário do fado enquanto Património Imaterial da Humanidade, tendo nessa altura recebido a Medalha Municipal de Mérito (Grau Ouro), da cidade de Lisboa. [7][8]
Discografia
Entre as suas gravações encontram-se os discos: [9][10][11]
- Aquela rua foi minha, discográfica Imavox
- Cantiga de amigo, discográfica FF
- Deolinda Rodrigues com a orquestra de Tavares Belo, discográfica Alvorada
- Deolinda Rodrigues, discográfica Rapsódia
- Voltaste, discográfica Discossete
Compilações:
Teatro
- Cartaz da Mouraria (1947)[1]
- Fogo de Vistas (1950)[13]
- Para a Fita (1950)[13]
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- Cantiga da Rua (1950)[13]
- Clube dos Salsas (1952)[13]
- Já Vais Aí? (1956)[13]
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- Lisboa em Festa! (1958)[13]
- Vamos à Lua! (1958)[13]
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Referências
Ligações externas