Apesar da proclamação unilateral do Estado da Palestina, no momento da declaração, a OLP não exercia controle sobre qualquer território, designou Jerusalém como capital da Palestina, que estava sob o controle ilegal de Israel. Portanto, esta enunciação de independência, foi interpretada como um gesto simbólico.[3]
Em 28 de outubro de 1974, a cúpula da Liga Árabe, realizada em Rabat, designou a OLP como "único representante legítimo do povo palestino e reafirmou o seu direito de estabelecer um estado independente de urgência”.
Reconhecido por 94 países após sua proclamação, o Estado Palestino não era independente de facto, e sua extensão geográfica é, geralmente, identificada com os territórios palestinos.[4]
A declaração foi acompanhada por uma chamada do CNP para as negociações multilaterais sobre a base da Resolução 242 do Conselho. Esta chamada foi mais tarde nomeada de "compromisso histórico", uma vez que envolveu a aceitação da "solução de dois Estados", onde não é mais questionada a legitimidade do Estado de Israel. O comunicado político do CNP acompanhou a declaração para a retirada das tropas israelenses de "Jerusalém Oriental" e dos outros territórios palestinos ocupados ilegalmente, até o momento (2019) por Israel.[6]
Como resultado da declaração, a Assembléia Geral da ONU convocou Yasser Arafat, presidente da OLP, para dar um discurso. Uma resolução da Assembleia decidiu "o reconhecimento da proclamação do Estado da Palestina pelo Conselho Nacional Palestino em 15 de novembro de 1988," e ainda ficou decidido que "Palestina" seria a designação utilizada pela ONU[7] em vez de "Organização de Libertação da Palestina". Cento e quatro Estados votaram a favor da resolução, 44 se abstiveram, e dois (os Estados Unidos e Israel) votaram contra.[8] Em meados de dezembro, 75 Estados já haviam reconhecido a Palestina, chegando a 93 em fevereiro de 1989 e 130 em fevereiro de 2012.
↑Bercovitch, Jacob; Zartman, I William; Kremenyuk, Victor. The SAGE Handbook of Conflict Resolution. SAGE, 2008. ISBN 1412921929, p. 43
↑Madiha Rashid al Madfai, Jordan, the United States and the Middle East Peace Process, 1974-1991, Cambridge Middle East Library, Cambridge University Press (1993). ISBN 0-521-41523-3, p 21.