Darksiders III é um jogo que se diferencia muito em relação aos jogos anteriores, com perspectiva em terceira pessoa em 3D, e com fortes influências na jogabilidade da série Dark Souls.[1] Os jogadores controlam Fúria (Fury, no original), irmã de Guerra e Morte, dois dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Fúria é descrita como a mais imprevisível e enigmática dos Quatro Cavaleiros, utilizando de chicotes, espadas, adagas e magias em combates. Em Darksiders III, Fúria pode assumir diferentes formas elementares que lhe dão acesso a novas armas e afetam a forma com a qual a personagem interage com o cenário.[2] Os inimigos são mais fortes do que nos jogos anteriores, mas aparecem em menor número durante os encontros, de modo a tornar as batalhas mais um contra um. Existem novos inimigos e alguns que retornaram dos jogos anteriores. Os combate não são em arenas ou salas fechadas, pois há uma tentativa de tornar tudo dentro do cenário contextualizado e interconectado (como outros jogos de RPGs de ação).[3] O jogo se passa em um ambiente contínuo, onde a exploração desempenha um papel importante para ganhar almas e subir de nível com mais eficiência. Ao longo da campanha, Fúria resolve simples quebra-cabeças e atravessa obstáculos de plataforma, alguns dos quais fazem uso de seu chicote.[4] Tais quebra-cabeças incluem o uso de bombas e as diferentes formas de Fúria, como a de Chama para explodir caminhos e materiais obstruídos no meio ambiente ou a de Gelo para congelar objetos criando caminhos para a personagem atravessar. Darksiders III dispõe de um sistema de níveis que se resume a aumentar Vida, Dano físico e Dano Arcano. Além da possibilidade de melhoras do dano das e runas equipáveis as mesmas para diferentes vantagens.[5] Semelhante à Guerra, mas diferente da Morte, Fúria coleta almas dos inimigos e dos objetos no meio ambiente, como uma forma de moeda ou um recurso dispensável. Conforme o jogador avança, os inimigos das novas áreas aparecem mais fortes e mais resistentes, se igualando ao poder de Fúria toda vez que um pecado capital é derrotado.
Desenvolvimento e Lançamento
Um terceiro jogo da série Darksiders era planejado na época pela Vigil Games, no entanto, o destino da franquia foi ameaçado devido a dificuldades finaceiras da THQ. Esta que abriu falência em 2012 e os ativos da companhia foram vendidos em um leilão, não incluindo a Vigil Games, que acabou fechando como a THQ. Em abril de 2013, a THQ iniciou um processo de leilão dos IP restantes que ainda não haviam vendido, incluindo Darksiders.[6] Diversão empresas manifestaram interesse em adquirir os direitos, incluindo a desenvolvedora japonesa PlatinumGames, e a Crytek USA, uma nova subsidiária da Crytek liderada pelo ex CEO da Vigil, David Adams, e inicialmente composta por ex-funcionários da Vigil. David Adams manifestou interessem em trazer a série Darksiders devolta para "casa". Em 22 de abril de 2013, Darksiders, junto com Red Faction e MX vs. ATV, foram comprados pela Nordic Games na ultima transação de ativos. Em 14 de junho de 2013, a Nordic Games afirmou em uma entrevista com a Joystiq que os fãs não deveriam esperar por um novo jogo em menos de dois anos.[7]
Em 2 de maio de 2017, Darksiders III apareceu em uma lista de produtos da Amazon.com. O jogo foi anunciado no mesmo dia pela THQ Nordic sendo desenvolvido pela Gunfire Games. O time de desenvolvimento consiste majoritariamente de ex membros da Vigil Games cujos trabalhos anteriores incluem os dois primeiros jogos de Darksiders.[8] Foi anunciado que o jogo seria lançado em 27 de novembro de 2018 e em conjunto, a THQ Nordic anunciou varias edições especiais para o jogo; a deluxe edition, que vinha com a trilha sonora e dois futuros conjuntos de DLC, a Collector's Edition, que vinha com uma estatueta da Fúria, e a edição Apocalypse, que vinha com estatuetas de Guerra, Morte, Fúria e Vulgrim.[9][10]
Em 20 de dezembro de 2018, um patch foi lançado adicionando o modo de combate clássico em uma tentativa de aproximar a velocidade dos comandos ao dos jogos anteriores, em resposta a estranheza causada pela mudança de estilo de jogo do novo título. Esse novo modo permitia que o movimento de esquiva de Fúria interrompesse a animação de seus ataques e que itens tivessem suas propriedades aplicadas instantaneamente (sem a necessidade de parar executar uma animação).[11]
Recepção e Crítica
Darksiders III recebeu notas mistas e medianas, de acordo com o agregador de notas Metacritic. O terceiro jogo da série Darksiders foi fortemente criticado por seus problemas técnicos em ambas as versões de computador e consoles. Em análise da Eurogamer o combate foi definido como simples e "direto" se resumindo á questão de "aumentar o dano das armas" e que os poucos quebra-cabeças eram muito simples, e concluindo que a série "já tinha feito melhor no passado". Na análise do site GameSpot, o jogo foi descrito como "sem foco", que a "clara inspiração inspiração da série Dark Souls" vai contra as características do resto da série, que o jogo tinha "quebra-cabeças rudimentares" e conclui por dizer que "Darksiders III regride em relação ao seus antecessores com decisões de design que se contradizem constantemente". A análise do site PC Gamer disse que o jogo não se compromete o suficiente nos aspectos de RPG, devido a falta de um sitema de loot, "você apenas aumenta os valores de dano". A análise termina dizendo "Este não condena Darksiders ao esquecimento, mas é o ponto baixo da série até agora."[12]