Durante sua adolescência, Paulo Coyote aliou sua vocação na produção de beats eletrônicos com a prática do skate, influenciado por seu pai Alexandre Dota e pelos skatistas profissionais Jefferson Bill e Hugo Blender.[12][13][14] Coyote começou sua carreira como beatmaker e produtor, trabalhando com música eletrônica e ganhando destaque por sua habilidade em combinar os beats musicais com o uso inteligente de samples.[15]
Em 2013, Djonga e Coyote Beatz trabalharam juntos pela primeira vez. Pouco a pouco, o produtor foi conquistando notoriedade na cena musical brasileira por seus instrumentais de boom bap, trap e outras misturas musicais. Nessa época, Coyote também apresentava seus beats em eventos elaborados pela Família de Rua no Duelo de MCs. Produções notáveis de Coyote podem ser encontradas no álbum Histórias da Minha Área de Djonga.[16]
Também em 2013, Coyote produziu um single do rapper Emicida intitulado Papel, Caneta e Coração que recebeu um reconhecimento satisfatório na cena nacional e ajudou a divulgar mais os projetos do produtor.[17] Em 2018, produziu o single Facção Carinhosa, do rapper Baco Exu do Blues.[18] Coyote e Djonga participavam do coletivo independente DV Tribo, que foi criado em 2016 e era composto por diversos artistas, até sua dissolução em 2018.[19] Além do reconhecimento nacional, Coyote também possui trabalhos na cena internacional do hip hop, registrando colaborações com a dupla de hip hop The Underachievers, de Nova York, e com a rapper americana Akua Naru, nascida em Connecticut.[15]
Mais recentemente, Coyote Beatz lançou o o álbum “BE$T $ELLER OF DJONGA”, que compila os melhores instrumentais produzidos pelo beatmaker e utilizados em trabalhos do Djonga. De gravações feitas em quarto de apartamento à discos de platina e estúdios profissionais, o disco foi lançado como forma de presente de aniversário surpresa para Djonga. Dessa forma, traz diversos instrumentais produzidos por Coyote Beatz em fases da carreira da dupla desde a época da DV Tribo até o lançamento mais recente do rapper, Histórias da Minha Área. Logo, é possível observar a originalidade das atmosferas instrumentais criadas por ele que têm acompanhado os trabalhos de Djonga.[20]
Utilizando referências do rock clássico e samba de raiz, Coyote Beatz também cria composições influenciadas pela música eletrônica experimental e pela produção de trilhas.[21]
Em 2018, Coyote ganhou o Prêmio Genius Brasil de Música Brasileira 2018 na categoria de produtor. De acordo com Michel Chermont, editor da Genius: "[...] é indiscutível a relevância e a qualidade do trabalho feito por ele [Coyote] desde aquela época [em 2016], e principalmente durante o ano de 2018, assinando parte das produções de O Menino Que Queria Ser Deus e S.C.A, grandes álbuns que devem uma parte do seu destaque aos instrumentais, elaborados de forma grandiosa pelo Coyote".[22]
↑«Djonga apresenta 'Histórias da minha área' em live e arrecada mais de R$ 100 mil para favelas de BH». O Globo. 13 de abril de 2020. Consultado em 10 de agosto de 2020. Há quatro anos consecutivos, Gustavo Pereira Marques, o Djonga, faz quase tudo sempre igual. Todo dia 13 de março (“13 é o número do Galo”, justifica o atleticano roxo) chega ao YouTube o novo álbum do rapper, sempre com produção assinada pelo parceiro e amigo Coyote Beatz. As diferenças ficam a cargo do amadurecimento artístico e poético de suas composições, além, claro, da repercussão em torno do seu trabalho [...] O mineiro então decidiu fazer o lançamento de “Histórias da minha área” da laje de sua casa em Belo Horizonte e transmitir no YouTube, acompanhado apenas pelos beats de Coyote, sem grandes produções (reveja abaixo). O show daquela noite teve mais de 2,8 milhões de visualizações, passando dos 200 mil acessos simultâneos e colocando o nome do rapper como o assunto mais comentado do Twitter no país.
↑«Como o trap brasileiro encontrou sua identidade sonora». www.vice.com. Consultado em 10 de agosto de 2020. Coyote também é responsável por alguns outros beats em discos que fizeram barulho no ano passado, como S.C.A do FBC, e O Menino que Queria Ser Deus, do Djonga. Ainda durante 2018, também vimos estourar vários sons do Raffa, a Recayd Mob alcançar as dezenas de milhões de visualizações com "Plaqtudum", e o WC no Beat encurtar a já pequena distância entre o trap e o funk com o álbum 18K.
↑Moura, Adailton (21 de agosto de 2020). «Vê aí o DOC do Coyote Beatz». RAPresentando. RAPresentando.com. Consultado em 1 de setembro de 2020. Sempre discreto, Coyote Beatz é um dos beatmakers mais considerados no rap. E não é de hoje que ele produz. Tudo começou em 2005. Ainda adolescente, Paulo Alexandre Almeida Santos aliou sua paixão pelo skate com a criação de beats eletrônicos, para a soundtrack de vídeos gravados pelo pai Alexandre Dota e os irmãos Jefferson Bill e Hugo Blender (skatista profissional).
↑«Hugo Blender na 1968». Tribo Skate. 2 de julho de 2014. Consultado em 1 de setembro de 2020
↑ ab«Coyote Beatz nos presenteia com 'BE$T $ELLER OF DJONGA' álbum de instrumentais.». Consultado em 1 de setembro de 2020. Com histórico de trabalhos na cena hip-hop nacional e internacional, o músico já fechou parcerias expressivas com nomes como: Emicida, Akua Naru, The Underachievers, Cachorro Magro, Rashid e Grupo Giramundo, dentre outros.
↑«COYOTE BEATZ - E AÍ COYOTE (SHORT FILM) - YouTube». YouTube. Coyote Beatz. 18 de agosto de 2020. Consultado em 1 de setembro de 2020. Um corte sobre a história do skatista, beatmaker, produtor e DJ Coyote Beatz. O mini documentário traz um pouco do processo criativo do álbum 'Histórias Da Minha Área', do Djonga, e toda a sua vivência diária com a música, família e amigos.