A Comissão da Verdade para El Salvador (em castelhano: Comisión de la Verdad para El Salvador) foi uma comissão da verdade de justiça restaurativa[1] aprovada pelas Nações Unidas para investigar as graves transgressões que ocorreram durante os doze anos de guerra civil no país. Estima-se que 1,4% da população salvadorenha foi morta durante a guerra.[2] A comissão funcionou de julho de 1992 até março de 1993, quando suas descobertas foram publicadas no relatório final, From Madness to Hope.[2][3] O período de oito meses ouviu mais de 2.000 depoimentos de testemunhas e compilou informações de 20.000 depoimentos adicionais.
Em dezembro de 1991, começaram as negociações preliminares entre o governo salvadorenho e a milícia guerrilheira de esquerda, a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), com o secretário-geral da ONU, Javier Pérez de Cuéllar, supervisionando as negociações. O acordo foi finalizado e assinado por ambas as partes em 16 de janeiro de 1992, no que é conhecido como Acordos de Paz de Chapultepec.[4]
Javier Pérez de Cuéllar nomeou três comissários principais, com o acordo tanto do governo salvadorenho quanto da FMLN, para chefiar a investigação. Diferentemente das iniciativas anteriores de justiça restaurativa, a comissão salvadorenha era composta inteiramente por comissários internacionais.[5]
Referências
|
---|
Por país | |
---|
Conceitos relacionados | |
---|