Colonização de povoamento,[1] também referido como colonialismo de ocupação[2] ou ainda colonialismo demográfico (em inglês: settler colonialism),[3] refere-se a uma modalidade de formação colonial concentrada na ocupação da terra ou do território, permanentemente substituindo a sociedade que previamente nela vivia. Historicamente, é promovida por um Estado nacional, que envia seus naturais (homens, mulheres e crianças) a um determinado território situado no exterior a fim de lá estabelecer uma presença perene e autônoma e construir uma sociedade economicamente viável, geralmente baseada na agricultura e no comércio.
Segundo Ilan Pappé, o colonialismo de povoamento é essencialmente um projeto de substituição e deslocamento; de assentamento e expulsão [de populações]. Baseia-se na desumanização e na eliminação [de populações autóctones]. Trata-se, enfim, de ajudar um grupo de pessoas a se livrar de outro grupo de pessoas.[5]
↑Democratizar o espaço, democratizar o território. Entrevista de Boaventura de Sousa Santos concedida a Susana Caló em 27 de Julho de 2012. Revista Punkto. Citação: "Precisamente por Portugal ser uma potência semiperiférica e não desenvolvida, não tinha sequer condições naquela altura de poder fazer o que mais tarde se chamaria settlers colonialism, colonialismo de ocupação directa e intensa."