Em 1720 a paróquia dA Igreja de la Madeleine comprou um terreno de aproximadamente 45x19 m destinado a se tornar o terceiro cemitério da paróquia. Tornou-se conhecido como o Cimetière de la Madeleine.[2] O cemitério foi fechado em 25 de março de 1794, supostamente porque estava cheio, mas talvez por razões sanitárias, pois estava localizado em uma parte rica de Paris.
No dia seguinte à execução dos "Hebertistas" o cemitério foi fechado e tornou-se terra privada. Os cadáveres decapitados (vítimas da guilhotina) foram então levados para o que seria o Cimetière des Errancis.
O terreno foi vendido a um pedreiro. Em 3 de junho de 1802 a terra em que os corpos jaziam, foi comprada por Pierre-Louis Olivier Desclozeaux, um magistrado monarquista
que vivia ao lado do cemitério (agora Praça Luís XVI) desde 1789. Desclozeaux tomou nota dos locais onde o rei e a rainha estavam enterrados e os cercou com uma cerca viva, dois salgueiros-chorões e ciprestes.
Em 1844 o cemitério foi limpo e os restos esqueléticos foram transferidos para o L'Ossuaire de l'Ouest. Quando o ossário foi fechado, o conteúdo foi transferido para as Catacumbas de Paris.
Os corpos decapitados das vítimas da guilhotina foram jogados em trincheiras especialmente cavadas e cobertos de cal para acelerar o processo de decomposição. Não havia marcações. Dentre aqueles com a reputação de terem sido "enterrados" aqui constam:[3]
Luís XVI de França (21 de janeiro de 1793). Ele e Maria Antonieta foram foram as únicas vítimas sepultados em um caixão
Não está claro quantos cadáveres foram "enterrados": as estimativas variam de centenas a três mil.
Localização
O cemitério estava localizado no cruzamento da rue d’Anjou e do Grand Égout (atual Boulevard Haussmann) em Paris. Fazia parte do terreno onde fica a Chapelle expiatoire, construído em memória de Luís XVI e Maria Antonieta.