Os catalisadores de Grubbs são divididos formalmente em duas gerações (veja abaixo).[1][2]
Ao contrário do que acontece com outros catalisadores de metátese de olefina, o catalisador de Grubbs permanece estável na presença de olefina com grupos funcionais e também pode ser usado em uma grande variedade de solventes.[3] Por este motivo é considerado um catalisador de aplicação versátil.
Desenvolvimento, síntese e propriedades
Catalisadores de ruténio
O primeiro "catalisador de ruténio" ajustado para uma reacção de metátese de olefina foi desenvolvido em 1992.[4] Este foi obtido a partir dos compostos RuCl2(PPh3)4 e 1,1-difenil-2-ciclopropeno:
Catalisadores de ruténio do tipo Grubbs
Catalisador de 1ª geração
O desenvolvimento do catalisador de ruténio resultou, em 1995, no (hoje denominado) "catalisador de Grubbs de primeira geração". Este também possibilita as recções de metátese, mais especificamente as polimerizações de abertura de anel (via metátese) e as chamadas ciclizações por metátese (sobretudo para obtenção de anéis de cadeia grande). O catalisador de Grubbs, por sua vez, pôde ser sintetizado a partir da reação entre RuCl2(PPh3)3,[5]diazometano de fenila e triciclohexilfosfina, em uma síntese “one pot”.[6][7][4] Este tipo de catalisador é (relativamente) estável ao ar (o que facilita o seu manejo):
O catalisador de primeira geração não foi apenas o primeiro catalisador a ser desenvolvido, como também um importante percursor de todos os tipos de catalisadores de Grubbs. Outro catalisador importante desta mesma classe foi o catalisador de carbeno solúvel, desenvolvido por Richard Schrock (carbenos de Schrock), que ficou conhecido como "Catalisador de 2ª geração".
Os catalisadores da "primeira geração" foram, em grande parte, substituídos pelos catalisadores da "segunda geração", que atingiram rapidamente maior prestígio.
Os catalisadores de Hoveyda também são conhecidos como "catalisadores de Grubbs/Hoveyda". A diferença destes e dos catalisadores Grubs comuns, é apenas na posição, onde um ligante de trifenilfosfina é trocado por um éteraromático, que pertence ao resto da ligação do carbeno de benzila.
Podem ser obtidos a partir do composto de Grubbs correspondente, através da adição do composto quelante e do uso de um eliminador de fosfina, como o cloreto cuproso:
↑Trnka, T. M.; Grubbs, R. H (2001). «The Development of L2X2Ru=CHR Olefin Metathesis Catalysts». Accounts of Chemical Research. 34 (1): 18–29. doi:10.1021/ar000114f !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Scholl, M.; Ding, S.; Lee, C. W.; Grubbs, R. H (1999). «Synthesis and Activity of a New Generation of Ruthenium-Based Olefin Metathesis Catalysts». Organic Letters. 1 (6): 953–956. doi:10.1021/ol990909q !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)