Ergue-se a 22 quilómetros a Sudoeste de Córdova, no caminho medieval para Sevilha. O nome Almodóvar é uma castelhanização do primitivo topónimo muçulmano, ao qual se acrescentou "del Rio", uma referência à sua implantação na margem direita do rio Guadalquivir. Recentemente foi eleito uma das sete maravilhas da Província de Córdova.[1]
Tanto Pedro I de Castela, o Cruel, como Henrique II de Castela, o Bastardo, usaram as suas instalações não apenas como residência real esporádica, mas também como cárcere para os seus prisioneiros, assim como lugar seguro para depositar os seus tesouros.
A partir do século XV, concluída a Reconquista da península, perdida a sua função defensiva, o castelo começou a deteriorar-se progressivamente, a ponto de quase desaparecer.
Entre os anos de 1903 e 1911, o seu proprietário, Rafael Demaissieres, conde de Torralva, iniciou uma vasta campanha de reconstrução do castelo. Trabalhos complementares estenderam-se até à eclosão da Guerra Civil Espanhola, contexto em que o mesmo veio a sofrer danos.
Encontra-se protegido pela Declaração genérica do Decreto de 22 de Abril de 1949, e da Lei n° 16/1985 sobre o Património Histórico Espanhol. No ano de 1993 a Junta de Andalucía outorgou o reconhecimento especial aos castelos da Comunidade Autónoma de Andalucía.
Actualmente ainda em mãos particulares, encontra-se aberto ao público, diariamente, com visitas guiadas.
Características
Encontra-se implantado no alto de um monte (cerro de la Floresta), a 252 metros acima do nível do mar, e ocupa uma área total de 5.628 metros quadrados. Apresenta planta aproximadamente oval, onde se distinguem os traços tanto da arquitectura muçulmana, quanto cristã.
Nas suas muralhas destacam-se as chamadas "Torre Quadrada", "Torre Redonda" e a Torre de Menagem. No interior do recinto abre-se o Pátio de Armas. Destacam-se ainda as masmorras, os adarves e os subterrâneos.
A torre de menagem ergue-se diante da torre da Escola. É uma torre albarrã de planta rectangular com amplas dimensões, que se liga ao corpo do castelo por meio de um arco. É encimada por guaritas nos vértices e coroada com ameias piramidais. Em suas paredes rasgam-se vãos com arcos em ferradura, típicos da arte islâmica.
A torre da Escola, também em posição proeminente, de maiores dimensões que a de menagem, também apresenta planta no formato rectangular.