No século X os Condes de Metz governavam uma série de senhorios nas regiões da Alsácia e Lorena. Em 1047 o imperador Henrique III outorgou o ducado da Alta Lorena a Adalberto de Metz que vem a falecer no ano seguinte, pelo que o imperador nomeia o seu irmão Gerardo I, cujos descendentes se vão sucedendo, geração após geração, até à morte do duque Carlos II da Lorena, em 1431, o último membro masculino da Casa da Alsácia.
Casas de Vaudémont e Guise
Em 1431 o ducado passou para a filha do anterior duque, Isabel da Lorena casada com Renato de Anjou, cuja descendência governou a Lorena até 1473.
Com a extinção, em linha masculina, dos Anjou, a Lorena reverteu para a Casa de Vaudémont, um ramo cadete da Casa de Lorena, na pessoa de Renato II, que veio a agregar aos seus títulos o de Duque de Bar. A dinastia fortaleceu-se a partir do século XV, depois da vitória na Batalha de Nancy (1477) onde Renato II venceu o duque de Borgonha Carlos, o Temerário.
As Guerras religiosas em França assistiram ao crescimento de um ramo cadete da Casa de Lorena, a Casa de Guise, que se instalara em França, e se convertera numa força dominante na política francesa, a ponto de, durante os últimos anos do reinado de Henrique III de França, ter estado próximo da sucessão ao trono de França. Os Guise estabeleceram importantes alianças como é o caso de Maria de Guise, que foi mãe de Maria Stuart, Rainha da Escócia.
Em 1736 o imperador determinou o casamento de sua filha e herdeira com Francisco III da Lorena, que entregava à França os seus ducados soberanos da Lorena e de Bar, sendo compensado com o Grão-Ducado da Toscana[1] e com o Ducado de Teschen, dado pelo Imperador.
Ao morrer Carlos VI, em 1740, o património dos Habsburgo passou para Maria Teresa e Francisco que, em 1745, foi eleito Sacro-Imperador com Francisco I. A dinastia dos Habsburgo-Lorena controlou os domínios dos Habsburgo, incluindo o Império da Áustria, o Reino da Hungria e o Reino da Boêmia.