Caesalpinioideae

Caesalpinioideae
Delonix regia
Classificação científica e
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Eudicots
Clado: Rosídeas
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Caesalpinioideae
DC. 1825
Género tipo
Caesalpinia
L.
Clados
Ver texto
Sinónimos
  • Cercidoideae Burmeist. 1837
  • GCM Clade Marazzi et al. 2012[1]
  • MCC Clade Doyle 2011[2][3]
  • Mimosoideae DC. 1825
Caesalpinia pulcherrima.
Delonix regia (ponciana-real).
Chamaecrista absus.

Caesalpinioideae é uma subfamília de plantas com flor pertencente à família Fabaceae (leguminosas) que, na sua presente circunscrição taxonómica, integra 152 géneros e aproximadamente 2 700 espécies com distribuição natural pelas regiões tropicais e subtropicais de todos os continentes. O grupo inclui diversas espécies com interesse económico, entre as quais Ceratonia siliqua (alfarroba), o pau-brasil e várias espécies de grandes dimensões produtoras de madeira.[4]

Descrição

O nome da subfamília Caesalpinioideae deriva do nome genérico do seu género tipo, Caesalpinia, um género de plantas lenhosas nativas das zonas tropicais e subtropicais.[5] Os membros da subfamília Caesalpinioideae são maioritariamente espécies arbóreas (mesofanerófitos e megafanerófitos) das regiões húmidas dos trópicos, mas o grupo inclui espécies das regiões temperadas, como a alfarrobeira, a Gleditsia triacanthos e a Gymnocladus dioicus.

Várias espécies de cesalpinoideas são cultivadas com fins decorativos, florestais, industriais ou medicinais.[4] Integram esta subfamília plantas conhecidas pela beleza das suas flores, e por isso amplamente utilizadas como ornamentais, como as cássias (Cassia spp.), a Parkinsonia aculeata, a Bauhinia forficata, as Gleditsia spp., a Caesalpinia paraguariensis e a Delonix regia.

São plantas lenhosas, em geral arbustivas e arbóreas, raramente plantas herbáceas ou trepadeiras. Entre as espécies de hábito arbóreo incluem-se árvores de grande porte e com troncos de grandes dimensões, produtoras de madeiras amplamente comerciadas.

Nalgumas espécies estão presentes nódulos radiculares de Rhizobium, fixadores de azoto, embora sejam raros e com estrutura muito simples.

A maioria das espécies apresenta folhas com filotaxia alternada, compostas, podendo ser pinadas ou, mais frequentemente, bipinadas. Em alguns casos, como por exemplo, em Gleditsia, ambos os tipos foliares existem na mesma planta. Algumas espécies são áfilas. Há em geral presença de estípulas que podem ser de tamanho variado, muitas vezes transformadas em espinhos. Na base da folha e dos folíolos existem articulações designadas, respectivamente, por pulvinos e pulvínulos. Muitas espécies deste grupo taxonómico apresentam nectários extraflorais especializados, geralmente localizados no pecíolo ou nas ráquis primárias e secundárias das folhas, frequentemente entre pares de pinas ou folíolos.

A estrutura floral é muito mais variada que na subfamília das Mimosoideae. As flores são zigormorfas, raras vezes actinomorfas, diclamídeas, hermafroditas (são raros os casos de flores unissexuais). A corola é carenal, variada, maioritariamente grande, embora em alguns géneros seja mediana a pequena. As flores são pentâmeras, com as pétalas livres pelo menos na base (corola dialipétala) e o cálice também dialissépalo. As pétalas são frequentemente unguiculadas. O androceu é em geral formado por 10 estames, livres ou soldados em grupos, igualando a altura das pétalas ou, mais frequentemente recobertos por elas. As anteras muitas vezes apresentam uma glândula apical estipada ou séssil. O pólen é livre, geralmente em tétradas, bi-tétradas ou políadas. O tegumento seminal não presenta "linha fissural". O óvulo é anátropo.

A prefloração é imbricada ascendente (com o estandarte interno, coberto nos bordos pelas pétalas vizinhas), raras vezes valvar. As flores agrupam-se em inflorescências globosas a espiciformes geralmente racimos, em geral medianas a grandes, raras vez pequenas e em espiga densa.

O fruto é do tipo vagem, morfologicamente muito variável, monocarpelar, seco e geralmente deiscente (nalgumas poucas espécies é indeiscente). As sementes, normalmente com um pleurograma aberto ou fechado em ambas as faces, apresentam embrião recto, com hilo apical ou subapical, pequeno. A estivação é valvar.

Taxonomia e filogenia

Em alguns sistemas de classificação clássicos de base morfológica, como por exemplo no Sistema de Cronquist, o agrupamento taxonómico Caesalpinioideae era reconhecido ao nível taxonómico de família, então designada por Caesalpiniaceae. Contudo, o carácter pantropical do grupo e a grande variabilidade morfológica dos seus membros cedo levantaram a suspeita de parafilia.

Em consequência, pese embora o grupo apresente características diferenciadoras significativas, a posição taxonómica do grupo esteve sujeita a debate durante muitos anos. Ao longos desse período a opinião dominante variou entre considerar o agrupamento no nível taxonómico de família (Caesalpiniaceae), com divisão em várias subfamílias, ou considerar o grupo como uma subfamília de Fabaceae. Não obstante persistirem algumas dissensões, a maioria dos taxonomistas presentemente considera o grupo ao nível de subfamília, em conjunto com Mimosoideae e Faboideae, com integração em Fabaceae.[6]

Também a circunscrição taxonómica do grupo esteve, e nalguns casos está, longe de ser consensual. Na realidade, vários estudos de filogenia molecular realizados após o ano 2000 demonstraram que o grupo, como era tradicionalmente circunscrito, era parafilético, pois as duas outras subfamílias de Fabaceae (Faboideae e Mimosoideae) estavam ambas anichadas no âmbito da subfamília Caesalpinioideae.[7][8][9][10] Em consequência, as subfamílias de Fabaceae foram reorganizadas, com segregação e troca de vários géneros, para as fazer monofiléticas.[11]

Em consequência dessa reorganização, a subfamília Caesalpinioideae passou a ser definida com base nos princípios da cladística como sendo: — «o clado coroa mais inclusivo que contém Arcoa gonavensis Urb. e Mimosa pudica L., mas exclui Bobgunnia fistuloides (Harms) J. H. Kirkbr. & Wiersema, Duparquetia orchidacea Baill. e Poeppigia procera C.Presl[11]»

A posição sistemática do grupo com a presente circunscrição, determinada pelas técnicas da filogenia molecular, sugere a seguinte árvore evolucionária:[12][13][14][15][16][17][18]

Polygalaceae
Surianaceae
Fabales
Quillajaceae
Cercidoideae
Detarioideae
Fabaceae
Duparquetioideae
Dialioideae
Caesalpinioideae
Faboideae

Na classificação tradicional das leguminosas, os géneros das Caesalpinioideae eram agrupados em quatro tribos: Caesalpinieae, Cassieae, Cercideae e Detarieae. A necessidade de garantir a monofilia do grupo levou a que a tribo Cercideae tenha estado incluída em algumas classificações na subfamília Papilionoideae. Actualmente, a segregação dessa tribo é consensual, em conjunto com Detarieae, sendo esse agrupamento considerado um grupo externo à subfamília Caesalpinioideae na sua presente circunscrição.[6] Em consequência, o grupo Caesalpinioideae passou a conter os seguintes subclados:[11]

  • Clado Caesalpinieae

A estrutura taxonómica atrás descrita atrás pode melhor ser representada pelo seguinte cladograma:

Fabales 

Faboideae (grupo externo)

 Caesalpinioideae 

Clado Umtiza

Clado Caesalpinieae

Clado Cassieae

Pterogyne

Dimorphandra - Grupo A

Clado Tachigali

Clado Peltophorum

Dimorphandra - Grupo B (incluindo o clado mimosoide)

Sistemática

Tribo Caesalpinieae: hábito e vagens de Balsamocarpon brevifolium.
Tribo Caesalpinieae: alfarrobeira (Ceratonia siliqua), flores femininas.
Tribo Caesalpinieae: folhagem pinada e inflorescência de Colvillea racemosa.
Tribo Caesalpinieae: árvore-do-fogo (Delonix regia.)
Tribo Caesalpinieae: flores de Hoffmannseggia microphylla.
Tribo Caesalpinieae: ramagem com folhagem e inflorescências de Moullava spicata.
Tribo Caesalpinieae: flores de Parkinsonia florida.
Tribo Caesalpinieae: folhagem e inflorescência de Peltophorum dubium.
Tribo Caesalpinieae: inflorescência de Stahlia monosperma.
Tribo Cassieae, subtribo Cassiinae: hábito e inflorescências da cássia (Cassia fistula).
Tribo Cassieae, subtribo Cassiinae: folhas compostas simples e flores de Senna multiglandulosa.
Tribo Cassieae, subtribo Dialiinae: ramagem com folhagem e inflorescências de Dialium guineense.

A primeira publicação do nome Caesalpinioideae deve-se a Augustin Pyramus de Candolle, na sua obra Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis, 2, 1825, p. 473, na qual utiliza a forma «Caesalpineae» e propõe o agrupamento.[20] O nome genérico do género tipo Caesalpinia é uma homenagem ao botânico italiano Andrea Cesalpino, cujo apelido toma por epónimo. São considerados sinónimos taxonómicos para Caesalpinioideae DC. os seguintes grupos: Caesalpiniaceae R.Br., Cassiaceae Vest, Ceratoniaceae Link e Detariaceae (DC.) Hess.

De acordo com os resultados obtidos com recurso à técnicas da biologia molecular, a subfamília Caesalpinioideae na sua definição tradicional é um táxon parafilético da família monofilética das Fabaceae (Leguminosas). No passado, a tribo Cercideae e o género Duparquetia também estavam incluídos no agrupamento, mas em novas classificações foram excluídos das duas tribos remanescentes, sendo em vez disso reconhecidos como grupo basal da árvore filogenética da família Fabaceae (como as subfamílias Cercidoideae e Duparquetioideae).

Na sua presente circunscrição, a subfamília Caesalpinioideae, com base nos últimos dados filogenéticos conhecidos, foi subdividida em 3 tribos, contendo entre 120 a 170 géneros com de 2 000 a 3 000 espécies:

Géneros

Os géneros mais numerosos em termos de espécies são Senna (com pelo menos 350 espécies), Chamaechrista (265 espécies) e Caesalpinia (mais de 100 espécies).[6] A subfamília inclui diversos géneros com importância económica, entre os quais:

Lista completa dos géneros:

Referências

  1. Marazzi B, Ané C, Simon MF, Delgado-Salinas A, Luckow M, Sanderson MJ (2012). «Locating evolutionary precursors on a phylogenetic tree». Evolution. 66 (12): 3918–3930. PMID 23206146. doi:10.1111/j.1558-5646.2012.01720.x 
  2. Doyle JJ (2011). «Phylogenetic perspectives on the origins of nodulation». Molecular Plant-Microbe Interactions. 24 (11): 1289–1295. PMID 21995796. doi:10.1094/MPMI-05-11-0114 
  3. Doyle JJ (2012). «Polyploidy in legumes». In: Soltis PS, Soltis DE. Polyploidy and genome evolution. Berlin, Heidelberg: Springer. pp. 147–180. ISBN 978-3-642-31441-4. doi:10.1007/978-3-642-31442-1_9 
  4. a b Burkart, A. Leguminosas. in: Dimitri, M. 1987. Enciclopedia Argentina de Agricultura y Jardinería. Tomo I. Descripción de plantas cultivadas. Editorial ACME S.A.C.I., Buenos Aires. pag.: 467-538.
  5. [1]
  6. a b c Stevens, P. F. (2001). «Fabaceae». Angiosperm Phylogeny Website. Version 7, Maio de 2006 (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2008 
  7. Bruneau A, Forest F, Herendeen PS, Klitgaard BB, Lewis GP (2001). «Phylogenetic Relationships in the Caesalpinioideae (Leguminosae) as Inferred from Chloroplast trnL Intron Sequences». Syst Bot. 26 (3): 487–514. doi:10.1043/0363-6445-26.3.487 (inativo 7 de junho de 2019) 
  8. Bruneau A, Mercure M, Lewis GP, Herendeen PS (2008). «Phylogenetic patterns and diversification in the caesalpinioid legumes». Botany. 86 (7): 697–718. doi:10.1139/B08-058 
  9. Manzanilla V, Bruneau A (2012). «Phylogeny reconstruction in the Caesalpinieae grade (Leguminosae) based on duplicated copies of the sucrose synthase gene and plastid markers». Molecular Phylogenetics and Evolution. 65 (1): 149–162. PMID 22699157. doi:10.1016/j.ympev.2012.05.035 
  10. Cardoso D, Pennington RT, de Queiroz LP, Boatwright JS, Van Wykd B-E, Wojciechowskie MF, Lavin M (2013). «Reconstructing the deep-branching relationships of the papilionoid legumes». S. Afr. J. Bot. 89: 58–75. doi:10.1016/j.sajb.2013.05.001 
  11. a b c The Legume Phylogeny Working Group (LPWG). (2017). «A new subfamily classification of the Leguminosae based on a taxonomically comprehensive phylogeny». Taxon. 66 (1): 44–77. doi:10.12705/661.3 
  12. Bruneau A; Forest F; Herendeen PS; Klitgaard BB; Lewis GP (2001). «Phylogenetic Relationships in the Caesalpinioideae (Leguminosae) as Inferred from Chloroplast trnL Intron Sequences». Syst Bot. 26 (3): 487–514. doi:10.1043/0363-6445-26.3.487 (inativo 31 de janeiro de 2019) 
  13. Miller JT; Grimes JW; Murphy DJ; Bayer RJ; Ladiges PY (2003). «A phylogenetic analysis of the Acacieae and Ingeae (Mimosoideae: Fabaceae) based on trnK, matK, psbAtrnH, and trnL/trnF sequence data». Syst Bot. 28 (3): 558–566. JSTOR 25063895. doi:10.1043/02-48.1 (inativo 31 de janeiro de 2019) 
  14. Bruneau A; Mercure M; Lewis GP; Herendeen PS (2008). «Phylogenetic patterns and diversification in the caesalpinioid legumes». Botany. 86 (7): 697–718. doi:10.1139/B08-058 
  15. Miller JT; Murphy DJ; Brown GK; Richardson DM; González-Orozco CE (2011). «The evolution and phylogenetic placement of invasive Australian Acacia species». Diversity and Distributions. 17 (5): 848–860. doi:10.1111/j.1472-4642.2011.00780.x 
  16. Manzanilla V; Bruneau A (2012). «Phylogeny reconstruction in the Caesalpinieae grade (Leguminosae) based on duplicated copies of the sucrose synthase gene and plastid markers». Molecular Phylogenetics and Evolution. 65 (1): 149–162. PMID 22699157. doi:10.1016/j.ympev.2012.05.035 
  17. LPWG [Legume Phylogeny Working Group] (2013). «Legume phylogeny and classification in the 21st century: Progress, prospects and lessons for other species-rich clades». Taxon. 62 (2): 217–248. doi:10.12705/622.8. hdl:10566/3455 
  18. Miller JT; Seigler D; Mishler BD (2014). «A phylogenetic solution to the Acacia problem». Taxon. 63 (3): 653–658. doi:10.12705/633.2 
  19. Revista Brasileira de Zoologia, 22 (1): 51–59, março 2005
  20. Augustin Pyramus de Candolle: Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis. Band 2, Treuttel & Würtz, Paris 1825, S. 473 eingescannt (PDF-Datei; 338 kB).
  21. Gagnon, Edeline; Bruneau, Anne; Hughes, Colin E.; de Queiroz, Luciano Paganucci; Lewis, Gwilym P. (2016). «A new generic system for the pantropical Caesalpinia group (Leguminosae)». PhytoKeys (em inglês). 71. PubMed Central (PMC). pp. 1–160. doi:10.3897/phytokeys.71.9203. Consultado em 20 de maio de 2023 
  22. Mario Sousa S.: Heteroflorum: Un nuevo género del grupo Peltophorum (Leguminosae: Caelaspinoideae: Caesalpinieae), endémico para México, Novon, volume 15, 2005, S. 213–218.
  23. Beryl Simpson, Leah Larkin, Andrea Weeks, Joshua McDill: Phylogeny and Biogeography of Pomaria (Caesalpinioideae: Leguminosae). In: Systematic Botany. Band 31, Nr. 4, 2006, S. 792–804, doi:10.1600/036364406779695915.
  24. Julio Antonio Lombardi: Martiodendron fluminense (Leguminosae, Caesalpinioideae), a new species from the Atlantic coast rainforest of Brazil. In: Brittonia. Band 54, Nr. 4, 2002, S. 327–330, doi:[327:MFLCAN2.0.CO;2 10.1663/0007-196X(2003)54[327:MFLCAN]2.0.CO;2].

Bibliografia

  • Bruneau, B., F. Forest, P.S. Herendeen, B.B. Klitgaard, and G.P. Lewis. 2001. Phylogenetic relationships in the Caesalpinioideae (Leguminosae) as inferred from chloroplast trnL intron sequences. Systematic Botany 26: 487–514 (enlace al resumen del trabajo aquí)
  • Haston, E. M., G. P. Lewis, and J. A. Hawkins. 2003. A phylogenetic investigation of the Peltophorum group (Caesalpinieae: Leguminosae). Pages 149-159 in Advances in Legume Systematics, part 10, higher level systematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Haston, E. M., G. P. Lewis, and J. A. Hawkins. 2005. A phylogenetic reappraisal of the Peltophorum group (Caesalpinieae: Leguminosae) based on the chloroplast trnL-F, rbcL, and rps16 sequence data. American J. Botany 92: 1359-1371.
  • Herendeen, P. S., A. Bruneau, G. P. Lewis. 2003. Phylogenetic relationships in caesalpinioid legumes: a preliminary analysis based on morphological and molecular data. Pages 37–62 in Advances in Legume Systematics, part 10, higher level systematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Herendeen, P. S., A. Bruneau, G. P. Lewis. 2003. Floral morphology in caesalpinioid legumes: testing the monophyly of the "Umtiza clade". International J. Plant Sciences 164 (5 Suppl.) S393-S407.
  • Irwin, H. S. and R. C. Barneby. 1981. Cassieae Bronn. Pages 97–106 in Advances in legume systematics, part 1 (R. M. Polhill and P. H. Raven, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Kajita, T., H. Ohashi, Y. Tateishi, C. D. Bailey, and J. J. Doyle. 2001. rbcL and legume phylogeny, with particular reference to Phaseoleae, Millettieae, and Allies. Systematic Botany 26: 515-536.
  • Lewis, G. P. 2005a. Cassieae. Pages 111-125 in Legumes of the World (Lewis, G., B. Schrire, B. MacKinder, and M. Lock, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Lewis, G. P. 2005b. Caesalpinieae. Pages 127-161 in Legumes of the World (Lewis, G., B. Schrire, B. MacKinder, and M. Lock, eds.). Royal Botanical Gardens, Kew, UK.
  • Lewis, G. P. and B. D. Schrire. 1995. A reappraisal of the Caesalpinia group (Caesalpinioideae: Caesalpinieae) using phylogenetic analysis. Pages 41–52 in Advances in Legume Systematics 7, phylogeny (M. D. Crisp and J. J. Doyle, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Luckow, M., J. T. Miller, D. J. Murphy, and T. Livshultz. 2003. A phylogenetic analysis of the Mimosoideae (Leguminosae) based on chloroplast DNA sequence data. Pages 197-220 in Advances in Legumes Systematics, part 10, higher level systematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Marazzi, B., P. K. Endress, L. P. de Queiroz, and E. Conti. 2006. Phylogenetic relationships within Senna (Leguminosae, Cassinae) based on three chloroplast DNA regions: patterns in the evolution of floral symmetry and extrafloral nectaries. American J. Botany 93: 288-303.
  • Polhill, R. M. 1994. Classification of the Leguminosae. Pages xxxv - xlviii in Phytochemical dictionary of the Leguminosae (F. A. Bisby, J. Buckingham, and J. B. Harborne, eds.). Chapman and Hall, New York, NY.
  • Polhill, R. M., and J. E. Vidal. 1981. Caesalpinieae. Pages 81–95 in Advances in Legume Systematics, part 1 (R. M. Polhill and P. H. Raven, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Simpson, B. B., L. L. Larkin, and A. Weeks. 2003. Progress towards resolving the relationships of the Caesalpinia group (Caesalpinieae: Caesalpinioideae: Leguminosae). Pages 123-148 in Advances in Legume Systematics, part 10, higher level sytematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Simpson, B. B., and G. P. Lewis. 2003. New combinations in Pomaria (Caesalpinioideae: Leguminosae). Kew Bulletin 58: 175-184.
  • Wojciechowski, M. F., M. Lavin, and M. J. Sanderson. 2004. A phylogeny of legumes (Leguminosae) based on analysis of the plastid matK gene resolves many well-supported subclades within the family. American J. Botany 91: 1846-1862.

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Caesalpinioideae
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Caesalpinioideae

Read other articles:

KCETLos Angeles, CaliforniaAmerika SerikatSaluranDigital: 28 (UHF)Virtual: 28 (PSIP)BrandingKCETSloganInfinitely MorePemrogramanSubkanal(lihat artikel)Afiliasi28.1: PBS (1970-2011, 2019-Present)28.2: Create28.3: NHK WorldKepemilikanPemilikPublic Media Group of Southern CaliforniaStasiun seindukKOCE-TVRiwayatSiaran perdana28 September 1964Bekas nomor kanalAnalog:28 (UHF, 1964–2009)Digital:59 (UHF, 2000–2009)Bekas afiliasiNET (1964–1970)PBS (1970–2010)Makna tanda panggilCommunityEducati...

 

 

Artikel ini sebatang kara, artinya tidak ada artikel lain yang memiliki pranala balik ke halaman ini.Bantulah menambah pranala ke artikel ini dari artikel yang berhubungan atau coba peralatan pencari pranala.Tag ini diberikan pada Maret 2023. Emma BrooméEmma Broomé pada 2014Lahir13 Juni 1985 (umur 38)Bollnäs, SwediaKebangsaanSwediaPekerjaanPemeran Emma Maria Isabelle Broomé (lahir 13 Juni 1985) adalah seorang pemeran berkebangsaan Swedia. Ia dikenal karena peran utamanya sebagai Åsa...

 

 

Konten dan perspektif penulisan artikel ini tidak menggambarkan wawasan global pada subjeknya. Silakan bantu mengembangkan atau bicarakan artikel ini di halaman pembicaraannya, atau buat artikel baru, bila perlu. (Pelajari cara dan kapan saatnya untuk menghapus pesan templat ini) Untuk judul album, lihat Topeng (album). Pemakaian topeng pada festival di Jerman. Anak yang memakai topeng mainan Topeng adalah benda yang dipakai di atas wajah. Biasanya topeng dipakai untuk mengiringi musik keseni...

مارسيلو باروفيرو   معلومات شخصية الميلاد 18 فبراير 1984 (العمر 40 سنة) الطول 1.82 م (5 قدم 11 1⁄2 بوصة) مركز اللعب حارس مرمى الجنسية الأرجنتين  معلومات النادي النادي الحالي أتليتكو سان لويس الرقم 1 المسيرة الاحترافية1 سنوات فريق م. (هـ.) 2003–2007 أتليتيكو رافائيلا 117 (0) 2...

 

 

Tu te reconnaîtrasBerkas:Anne Marie David - Tu Te Reconnaîtras.jpgPerwakilan Kontes Lagu Eurovision 1973NegaraLuxembourgArtisAnne-Marie DavidBahasaPrancisKomposerClaude MorganPenulis lirikVline BuggyKonduktorPierre CaoHasil FinalHasil final1stPoin di final129Kronologi partisipasi◄ Après toi (1972)   Bye Bye I Love You (1974) ► Tu te reconnaîtras (Kau Menghargai Dirimu Sendiri), yang dinyanyikan dalam bahasa Prancis oleh penyanyi Prancis Anne-Marie David mewakili Luxembourg,...

 

 

CrushSutradaraRizal MantovaniProduserIrving ArtemasSkenarioAlim SudioCerita Teguh Sanjaya Ocin Erdan Irving Artemas Pemeran Margareth Angelina Cherly Yuliana Anggraini Christy Saura Noela Unu Kezia Karamoy Brigitta Cynthia Jessyca Stefani Auryn Stefanny Margaretha Aay Yefani Filliang Anisa Rahma Deva Mahenra Sam Brodie Irving Artemas Yuanita Christiani Farhan Indro Warkop Penata musikAghi NarottamaSinematograferGerald StahlmanPenyuntingAline JusriaPerusahaanproduksiBrainstormincDistribu...

Zócalo (pengucapan bahasa Spanyol: [ˈsokalo]) adalah plaza atau alun-alun utama di Ciudad de Mexico. Plaza ini sebelumnya disebut Alun-Alun Utama, dan kini nama resminya adalah Plaza de la Constitución (Alun-Alun Konstitusi).[1] Nama ini tidak berasal dari Konstitusi Meksiko, tetapi dari Konstitusi Cádiz yang ditandatangani oleh Spanyol pada tahun 1812. Namun, tempat ini kini dijuluki Zócalo. Sebelumnya terdapat rencana untuk membangun monumen kemerdekaan Meksiko, tetapi han...

 

 

قرية ميدلبورو الإحداثيات 42°35′48″N 74°19′51″W / 42.5967°N 74.3308°W / 42.5967; -74.3308  [1] تقسيم إداري  البلد الولايات المتحدة[2]  التقسيم الأعلى مقاطعة شوهاري  خصائص جغرافية  المساحة 3.230542 كيلومتر مربع3.230548 كيلومتر مربع (1 أبريل 2010)  ارتفاع 195 متر،  و197 متر&...

 

 

Prototype Russian high-speed train ES250 (Falcon)ManufacturerRAO VSMFormation6 carsCapacity350OperatorsRussian RailwaysLines servedMoscow - St PetersburgSpecificationsCar length26 m (85 ft 3+5⁄8 in)Width3.12 m (10 ft 2+7⁄8 in)Maximum speed250 km/h (155 mph)Weight356 t (350 long tons; 392 short tons)Power supply(?)Electric system(s)3 kV DC25 kV 50 Hz AC (dual voltage units) Overhead catenaryCurrent collector(s)Pantogr...

Calendar system used in Tamil Nadu The Thiruvalluvar Year is a Tamil calendar based on Valluvar's birthday. Valluvar year, also known as the Thiruvalluvar year, is an officially recognized Tamil calendar system for use in Tamil Nadu. It is calculated on the basis of the supposed year of birth of the Tamil poet-philosopher Valluvar. When comparing it with the widely used Gregorian calendar, Thiruvalluvar year will have an additional 31 years.[1] For instance, the year 2024 in Gregorian...

 

 

UFC mixed martial arts event in 2019 UFC Fight Night: Assunção vs. Moraes 2The poster for UFC Fight Night: Assunção vs. Moraes 2InformationPromotionUltimate Fighting ChampionshipDateFebruary 2, 2019 (2019-02-02)VenueCentro de Formação Olímpica do NordesteCityFortaleza, BrazilAttendance10,040[1]Event chronology UFC 233 (cancelled) UFC Fight Night: Assunção vs. Moraes 2 UFC 234: Adesanya vs. Silva UFC Fight Night: Assunção vs. Moraes 2 (also known as UFC Fight ...

 

 

Dr. Margaret Todd Margaret Todd (1859 – 1918) adalah seorang penulis dan dokter Skotlandia yang pada tahun 1913 mengusulkan istilah isotop kepada kimiawan Frederick Soddy. Kehidupan dan karya Margaret Todd adalah seorang guru dari Glasgow. Pada tahun 1886, ia menjadi salah seorang siswa pertama di Sekolah Kedokteran Edinburgh Untuk Wanita, setelah mendengar bahwa Sekolah Tinggi Kerajaan Kedokteran Dan Ahli Bedah Skotlandia telah membuka ujian penerimaan mereka untuk perempuan. Ia membutuhka...

Robert L. BehnkenLahir28 Juli 1970 (umur 53)St. Ann, Missouri, Amerika Serikat Suami/istriK. Megan McArthur StatusAktifKebangsaanAmerika SerikatAlmamaterWashington University in St. Louis California Institute of TechnologyPekerjaanInsinyur uji cobaKarier luar angkasaAntariksawan NASAPangkatKolonel Angkatan Udara Amerika SerikatWaktu di luar angkasa93 hari 11 jam 42 menitSeleksi2000 NASA GroupTotal EVA10Total waktu EVA61 jam, 10 menitMisiSTS-123, STS-130, SpX-DM2 (Ekspedisi 63)Lambang mi...

 

 

القوات المسلحة اللاتفية شعار القوات المسلحة الوطنية في لاتفياشعار القوات المسلحة الوطنية في لاتفيا الدولة  لاتفيا التأسيس 24 ديسمبر 1994  اسم آخر الجيش الفروع القوات البرية القوات البحرية القوات الجوية الحرس الوطني المقر ريغا القيادة القائد العام الرئيس الوزير وزير ا...

 

 

Letter of nobility from 1755 to the Munthe af Morgenstierne family of the Danish and Norwegian nobility. Patent from Emperor Joseph II awarding the title of Imperial Count to Anton Schenk von Stauffenberg, 1785. Briefadel (in German; pronounced [ˈbʁiːfʔaːdl̩]) or brevadel (in Danish, Norwegian, and Swedish) are persons and families who have been ennobled by letters patent. The oldest known such letters patent were issued in the middle of the 14th century, during the Late Middle ...

ForkLiftDeveloper(s)BinaryNights, LLCInitial release1 June 2007; 16 years ago (2007-06-01)Stable release4.0.7[1]  / 30 January 2024 Written inSwiftOperating systemmacOSSize125 MBAvailable in11 languagesList of languagesEnglish, Chinese (Simplified), Czech, French, German, Hungarian, Italian, Polish, Russian, Spanish, UkrainianTypeFile managerLicenseProprietaryWebsitebinarynights.com ForkLift is a dual-pane file manager and file transfer client for macOS, develop...

 

 

هذه المقالة بحاجة لصندوق معلومات. فضلًا ساعد في تحسين هذه المقالة بإضافة صندوق معلومات مخصص إليها. تحوي هذه المقالة أو هذا القسم ترجمة آلية. فضلًا، ساهم في تدقيقها وتحسينها أو إزالتها لأنها تخالف سياسات ويكيبيديا. (نقاش) (نوفمبر 2014) البِعثةُ الفرنسيَّةُ الأُولى لِلقارَّة ا�...

 

 

«Лыбедская»Оболонско-Теремковская линияКиевский метрополитен Район Голосеевский Дата открытия 30 декабря 1984 года Проектное название Площадь Дзержинского, Завод имени Дзержинского Прежние названия Дзержинская Тип колонно-пилонная трёхсводчатая глубокого заложения К...

Pour les articles homonymes, voir Bourgeon. Si ce bandeau n'est plus pertinent, retirez-le. Cliquez ici pour en savoir plus. Certaines informations figurant dans cet article ou cette section devraient être mieux reliées aux sources mentionnées dans les sections « Bibliographie », « Sources » ou « Liens externes » (décembre 2019). Vous pouvez améliorer la vérifiabilité en associant ces informations à des références à l'aide d'appels de notes. Bou...

 

 

Overview of solar power in the U.S. state of Montana Solar panels, Polebridge Solar power in Montana on rooftops could provide 28% of all electricity used in Montana from 3,200 MW of solar panels.[1] Net metering is available to all consumers for up to at least 10 kW generation. Excess generation is rolled over each month but is lost once each year.[2] Statistics Source: NREL[3] Grid-Connected PV Capacity (MW)[4][5][6][7][8]...