Bruno de Menezes, filho de Dionísio Cavalcante de Menezes e Balbina Maria da Conceição Menezes, nasceu no bairro do Jurunas, em Belém do Pará.
Cursou apenas o primário no grupo escolar José Veríssimo. Ainda menino se tornou aprendiz de encadernador, mantendo nessa profissão um contato maior com livros, o que colaborou em muito para que seu gosto pela literatura e o desejo pelo saber aumentassem.
Seu ideal no Pará o levou, na juventude, a formar com outros companheiros o grupo "Vândalos do Apocalipse" e, mais tarde, o grupo "Peixe Frito", deste último fazendo parte Dalcídio Jurandir e Jacques Flores, entre outros de sua geração.
Foi funcionário público estadual, servindo no Tesouro do Estado, na Secretaria de Agricultura e como Diretor do Departamento Estadual de Cooperativismo.
Fundou em 1923, a revista Belém Nova, que abrigou trabalhos tanto dos modernistas como de antigos companheiros. Em 30 de maio de 1944 tornou-se membro da Academia Paraense de Letras, ocupando a cadeira de Natividade Lima, da qual chegou à presidência.
Foi patrono da cadeira nº 2 do Instituto Cultural do Cariri, com posse em 1967. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará e à Comissão Paraense de Folclore.
Casou-se com a professora Francisca Santos de Menezes, com a qual teve sete filhos.
Poeta e folclorista, foi uma espécie de anunciador do modernismo em Belém. Sua poesia canta a raça negra, a cidade que o tempo levou, as tradições e o amor.
A necessidade de inserir a literatura local paraense no contexto modernista nacional levou Bruno de Menezes a promover vários debates sobre a renovação literária no Pará. Sua inquietação contagiou alguns intelectuais nativos que produziram obras que dialogaram com a corrente modernista brasileira. Nessa esteira, os modernistas paulistas vieram apenas trocar experiências literárias na Amazônia.