Basilio Antonio López, O.F.M. (Assunção, 1781 - 16 de janeiro de 1859) foi um frei e prelado paraguaio da Igreja Católica, bispo de Santíssima Assunção.
Ele é o primeiro bispo nascido no Paraguai a assumir a Sé paraguaia e foi o último de dez bispos franciscanos desde a época da conquista.[1]
Biografia
Vida inicial
Nascido em Assunção, no bairro Manorá da Recoleta, em 1781, era o irmão mais velho do presidente paraguaio Carlos Antonio López, e portanto, tio do presidente Francisco Solano López. Ingressou cedo na Ordem Franciscana e foi aluno do Colégio Franciscano.[1]
Ele se destacou nos estudos eclesiásticos e recebeu a ordenação diaconal em 19 de abril de 1803 e a ordenação sacerdotal do bispo Nicolás Videla del Pino, em 24 de abril seguinte.[1][2]
Presbiterado
Ocupou as cadeiras de teologia, moral e vésperas de cânones no mesmo Colégio Franciscano. Em 1806 foi encarregado da cátedra de arte no convento da Grande de Assunção e mais tarde ocupou a cátedra de moral “por sua virtude, notória literatura e estudo”. Ele era conhecido por sua eloquência no púlpito. Quando o presidente José Gaspar Rodríguez de Francia decretou a exclaustração em 1824 para os religiosos, Basílio estava no convento de Santa Bárbara de Villarrica. Já exclaustrado trabalhou como pároco de Pirayú.[1]
Episcopado
Foi apresentado por seu irmão para bispo da Santíssima Assunção, sendo confirmado pelo Papa Gregório XVI em 22 de julho de 1844 e consagrado na Catedral do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, em 31 de agosto de 1845, por Dom José Antônio dos Reis, bispo de Cuiabá. Fez a entrada solene em 30 de outubro do mesmo ano.[1][2][3]
Quando impelido a secularizar, declarou que o fez sob pressão juxta bajonetas (sob a pressão da baioneta), motivo que levou Gregório XVI a reconhecer sua nomeação episcopal como franciscano.[1]
Exerceu seu episcopado sob pressão do Conselho de Curadores imposta por seu próprio irmão mais novo. Apesar de sua saúde muito precária, ele visitou grande parte de sua diocese e administrou o Sacramento da Confirmação a multidões de fiéis. Durante os quatorze anos que durou seu episcopado, ele fez muito pela Igreja. Sua grande preocupação era preencher as vagas de padres em uma época em que o clero era majoritariamente idoso. Soube encontrar uma forma de encorajar as vocações, visitava as paróquias, ordenava muitos sacerdotes e levantava a voz contra a interferência do Estado.[1]
Faleceu em Assunção em 16 de janeiro de 1859.[1][2][3]
Referências
Ligações externas