A ideia da escola ao homenagear o Marrocos era conseguir o patrocínio de empresas marroquinas.[2] No fim de 2016, uma comitiva da Mocidade foi a Marrakech para negociar apoios.[3] A companhia aérea Royal Air Maroc, porém, foi a única a fechar negócios.[4][5]
O enredo inicialmente recebeu críticas da comunidade de Padre Miguel. No entanto, o carnavalesco Alexandre Louzada conseguiu mudar esse quadro ao dirigir sua interpretação para os contos das Mil e Uma Noites. Contrariando seu próprio estilo, Louzada criou um desfile sem alegorias gigantes.[6]
Desfile
A escola foi a terceira a desfilar na noite de 27 de fevereiro. A comissão de frente causou impacto ao mostrar Aladim voando num tapete mágico — na verdade, um aeromodelo que evoluía sobre a Passarela do Samba enquanto o dançarino que representava o personagem ficava escondido numa tenda. Outro truque foi usar bonecos para simular uma comissão com 23 dançarinos, acima dos 15 permitidos pelo regulamento.[7][8]
Daí em diante, o desfile se alternou entre elementos das Mil e Uma Noites, como o carro de Ali Babá, e representações do comércio, com alas de mascates. As baianas, vestidas de vendedoras de hortelã, borrifavam essência sobre o público. No fim do desfile, uma parte de um carro alegórico quebrou e um componente caiu, mas sem sofrer ferimentos graves.[9]
Direção de harmonia: Wallace Capoeira e Robson Veloso
Alas: 27
Direção de bateria: Dudu
Ritmistas: 262
Rainha de bateria: Camila Silva
1º casal de mestre-sala e porta-bandeira: Cristiane Caldas e Diego Jesus
Comissão de frente: Jorge Texeira e Saulo Finelon[10]
Samba-enredo
O samba-enredo foi composto por Altay Veloso, Paulo César Feital, Zé Glória, J. Giovanni, Dadinho, Zé Paulo Sierra, Gustavo, Fábio Borges, André Baiacú e Thiago Meiners. O intérprete foi Wander Pires.[10]
A Portela, que não vencia há 33 anos, foi declarada vencedora após a apuração ocorrida na quarta-feira de cinzas, em 1 de março. Porém, após divulgação das justificativas das notas dos jurados, foi constatado um erro que afetou a nota do jurado Valmir Aleixo, do quesito Enredo. Ele descontou equivocadamente um décimo da Mocidade por causa de um roteiro de desfile desatualizado. A escola de Padre Miguel entrou então com um recurso administrativo que solicitava a divisão de título. Na plenária de 5 de abril de 2017, realizada entre a LIESA e os presidentes das escolas de samba do Grupo Especial, foi decidida a divisão de título entre Portela e Mocidade.[11]