O Arsia Mons é o vulcão mais meridional dos três que formam o conjunto conhecido como Tharsis Montes na região montanhosa de Tharsis próximas ao equador do planeta Marte. Ao seu norte fica o Pavonis Mons, e a norte deste o Ascraeus Mons. A maior montanha do sistema solar, o Olympus Mons, fica a noroeste.O nome Arsia Mons vem de uma área correspondente no mapa de Giovanni Schiaparelli, que apresentava albedo diferenciado, sendo esse nome inspirado na lendária floresta romana Arsia Silva.
O diâmetro do Arsia Mons é de aproximadamente 435 km, e 16 km de altura acima do datum marciano [1]), a caldeira mede aproximadamente 110 km de largura.[2] Experiências demonstraram uma pressão atmosférica abaixo de 107 pascals[3] no topo desse vulcão. Depois do Olympus Mons, é o maior vulcão em volume.
Um fenômeno meteorológico periódico ocorre a cada ano próximo ao início do inverno no hemisfério sul sobre o Arsia Mons. Pouco antes do inverno, luz solar aquece o declive do vulcão. Esse ar sobe, levando consigo pequenas quantidades de pó. Eventualmente esse ar quente ascendente converge no topo da caldeira do vulcão, onde os sedimentos se fundem e se convertem em uma nuvem de poeira em espiral, que é densa o bastante para ser observada a partir da órbita. Essa nuvem de poeira espiralada sobre o Arsia Mons se repete a cada ano, mas modelos climáticos de computador indicam que esse fenômeno só ocorre em um curto período a cada ano.
Espirais similares não foram observadas sobre os outros grandes vulcões de Tharsis, mas outros tipos de nuvem tem sido. A espiral de pó sobre o Arsia Mons pode atingir de 15 a 30 km acima do vulcão. [4]
A caldeira do Arsia Mons foi formada quando a montanha entrou em colapso após um reservatório de magma ter se exaurido. Há muitas outras formações que demonstram isso nos flancos da montanha.[5]
Possíveis entradas cavernosas
Em 2007 sete supostas entradas cavernosas foram identificadas em imagens de satélite dos flancos do Arsia Mons.[6][7] Elas foram informalmente apelidadas Dena, Chloë, Wendy, Annie, Abbey, Nikki, e Jeanne.
Do dia para a noite, a temperatura dessas formações circulares varia apenas um terço da variação do terreno ao redor. Enquanto essas variações são maiores que as detectadas em cavernas terrestres, é consistente afirmar que essas formações são bastante profundas. No entanto, devido à extrema altitude, é improvável que abriguem qualquer forma de vida marciana. [8]
Uma fotografia mais recente de uma dessas entradas mostra a luz solar iluminando uma parede interna sugerindo que essas formações possam se tratar de simples covas verticais mais que entradas para ambientes subterrâneos. [9] No entanto, a escuridão dessas formações implica que devam ter ao menos 178 metros de profundidade.