Esse médico alemão acreditava que era possível obter um composto químico que pudesse curar especificamente a sífilis sem prejudicar o paciente. Convencido que o arsénico era a chave de cura da sífilis, uma doença venérea, Ehrlich sintetizou centenas de compostos à base de arsénico. Mais tarde injetou diferentes dosagens desses compostos em coelhos previamente infectados com a bactéria da sífilis. Alguns dos 605 compostos testados mostraram certos sinais promissores, mas muitos coelhos morriam. Em 1910, fabricou e testou o composto 606, a arsfenamina, que restaurava totalmente os coelhos infectados.[4]
Este composto sintético pareceu ser eficaz, curando a doença sem ser tóxico ao paciente. Graças a esse descobrimento foi concedido a ele o Prêmio Nobel em 1908. Hoje em dia já não se utiliza mais salvarsan para tratar a sífilis, pois foi substituída por um produto bem mais efetivo, o antibiótico penicilina.
Sua estrutura era a seguinte até 2005, quando os investigadores determinaram que a estrutura era um composto de um trímero cíclico e um pentâmero.