A princesa foi inicialmente escolhida para ser esposa do Wolfgang Guilherme, Conde do Palatinado-Neuburgo, mas o noivado foi rompido após ele desentender-se com o pai de Ana Sofia.
O casamento permaneceu sem filhos. A duquesa manteve um caso de amor com o duque Francisco Alberto de Saxe-Lauemburgo, que serviu no exército liderado por João T'Serklaes von Tilly. Mais tarde ele foi derrotado pelo cunhado da duquesa, Cristiano de Brunsvique-Volfembutel, em uma batalha perto do Castelo de Plesse. O saque incluía a correspondência comprometedora de Ana Sofia com Francisco Alberto, que Cristiano entregou a seu irmão, o duque Frederico Ulrico. Ana Sofia, então, fugiu para a corte de seu irmão, o eleitor Jorge Guilherme. Ela escreveu ao imperador Fernando II dizendo que seu marido a "havia privado de seus afetos conjugais e de seu coração", e o irmão dela escreveu ao cunhado que ele deveria dar uma licença à esposa e enviar as joias adiante.
Frederico Ulrico excluiu a esposa das orações da igreja, proibiu o pagamento de juros sobre seus bens pessoais, e confiscou os bens com os quais ela havia contribuído. No entanto, Ana Sofia não atendeu à convocação para comparecer à Volfembutel diante de um consistório, e também se recusou a consentir com o divórcio e novo casamento de Frederico Ulrico. O imperador Fernando II, que deveria intervir para mediar, falhou, e, em 1626, deixou o caso para o João Jorge I, Eleitor da Saxônia. Ele nomeou um tribunal presidido pelo pregador da corte superior, Matthias Hoë von Hoënegg. Entranto, o duque de Brunsvique-Luneburgo morreu durante as negociações, em Brunsvique, causando, assim, a extinção da Casa Média de Brunsvique.
Ana Sofia passou a morar na sua residência viúva, o Palácio de Schöningen. Lá ela fundou e apoiou ativamente a escola municipal de Schöningen,[3] que foi nomeada Anna-Sophianeum em sua homenagem. Ela mandou redesenhar o edifício adquirido para esse fim em estilo barroco e mandou colocar os brasões de Brandemburgo e Brunsvique no portal; a casa agora é usada como museu local. [4]
A duquesa viúva nomeou Raban von Canstein como conselheiro da corte e marechal-chefe, que mais tarde fez carreira para seu irmão como presidente da câmara da corte.[5] Descrita como extremamente inteligente, ela conseguiu manter seu contradote fora do caos da guerra através de negociações inteligentes com as várias partes na Guerra dos Trinta Anos, e também foi capaz de proteger a Universidade de Helmstedt.
Em 29 de abril de 1629, houve uma transferência cerimonial do cargo de Calvörde (um Amt) na cidade mercantil de Calvörde, do comissário imperial com o coronel David Becker, Barão von der Honor, para a duquesa Ana Sofia. Os líderes militares de todos os partidos emitiram cartas de proteção para Ana Sofia, e a universidade e as propriedades da duquesa foram as únicas partes do país que permaneceram protegidas de ataques e saques.[6]
Ana Sofia faleceu no dia 19 de dezembro de 1659, aos 61 anos de idade, e foi enterrada na Cripta da Casa de Hohenzollern na Catedral de Berlim.[7] Cerca de 50 livros de sua biblioteca estão agora nos Arquivos do Estado da Baixa Saxônia, em Volfembutel.[8]
↑Berns, Jörg Jochen (1982). Höfische Festkultur in Braunschweig-Wolfenbüttel, 1590–1666. [S.l.]: Rodopi. p. 25
↑Stübner, Johann Christoph (1800). Historische Beschreibung der kirchenverfassung in den Herzogl Braunschweig-Lüneburgischen Landen seit der Reformation. [S.l.: s.n.] p. 436