Amalafrida era filha do rei ostrogóticoTeodomiro(r. 465–474) com sua esposa Ereleuva e era irmã do futuro rei Teodorico, o Grande(r. 474–526). Apesar de sua primeira citação pelo nome ser posterior, os historiadores suspeitam que Amalafrida seja a irmã de nome desconhecido de Teodorico que estava em companhia da imperatriz bizantinaAriadne(r. 474–515) nos últimos anos do século V. Ela teria sido enviada para Constantinopla pelo imperadorZenão (r. 474–475; 476–491) para evitar que seu irmão atacasse a capital imperial.[1]
Sabe-se que por esta época Amalafrida era casada com um homem de nome desconhecido com quem teve o futuro rei Teodato(r. 534–536) e sua irmã Amalaberga. Com a morte de seu marido em 500, Teodorico arranjou uma aliança mediante matrimônio com o rei vândaloTrasamundo(r. 496–523).[1] Ela dirigiu-se para a capital vândala Cartago com um grande dote, bem como alegadas 1 000 nobres e 5 000 tropas góticas.[2][3] Com a morte de Trasamundo em 523, o sucessor dele Hilderico(r. 523–530) emitiu ordens para o retorno de todos os bispos católicos do exílio, inclusive Bonifácio, um declarado ortodoxo da igreja cristã africana.[4]
Em resposta, Amalafrida chefiou um partido de revolta. Convocou os mouros e dirigiu-se para Bizácio. Um confronto armado ocorreu próximo a Capsa, cerca de 480 km ao sul da capital, na borda do deserto da Líbia.[4] A rainha foi capturada, seu partido foi derrotado e suas tropas góticas foram destruídas. Ela morreria em cativeiro, embora a data seja desconhecida. Sabe-se, no entanto, que por 527, já havia morrido.[5]
Hodgkin, Thomas (1896). Italy and Her Invaders: The Ostrogothic invasion. Oxford: Clarendon Press
Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University PressA referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)