Os Amalos (em alemão: Amaler; em latim: Amali), também conhecidos como Amalingos ou Amelungos, foram uma dinastia reinante dos godos, um povo germânico que entrou em contado com o Império Romano a partir o século III. A origem e história dos Amalos é descrita na obra Gética de Jordanes, na qual é fornecida uma genealogia das 19 gerações de governantes Amalos, desde seu fundador Gaute até Vitige(r. 536–540), que ligou-se à família por seu casamento com Matasunta.[1]
De acordo com o relato de Jordanes a genealogia dos Amalos é como se segue:[1]
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Agora o primeiro destes heróis, como eles próprios relatam em suas lendas, era Gaute, que gerou Hulmul. E Hulmul gerou Hagal; e Hagal gerou ele que foi chamado Amal, de quem o nome do Amalos advém. Esse Amal gerou Hisarna. Hisarna, além disso, gerou Ostrogoda, e Ostrogoda gerou Hunuino, e Hunuino por sua vez gerou Atal. Atal gerou Aquiulfo e Odulfo. Agora Aquiulfo gerou Ansila e Ediulfo, Vultulfo e Hermenerico. E Vultulfo gerou Valaravano e Valaravano gerou Vinitário. Vinitário, além disso, gerou Vandalário; Vandalário gerou Teodomiro e Valamiro e Videmiro; e Teodomiro gerou Teodorico. Teodorico gerou Amalasunta; Amalasunta gerou Atalarico e Matasunta de seu marido Eutarico, cuja raça foi assim unida a dela em parentesco.
O supracitado Hermenerico, o filho de Aquiulfo, gerou Hunimundo, e Hunimundo gerou Torismundo. Agora Torismundo gerou Berimundo, Berimundo gerou Veterico e Veterico, por sua vez, gerou Eutarico, que casou com Amalasunta, e gerou Atalarico e Matasunta. Atalarico morreu nos anos de sua infância, e Matasunta casou com Vitige, de quem ela não gerou filho. Ambos foram levados juntos por Belisário para Constantinopla. Quando Vitige passou dos assuntos humanos, Germano, o patrício, um primo do imperadorJustiniano, tomou Matasunta em casamento e a fez uma patrícia ordinária. E dela ele gerou um filho, também chamado Germano. Mas após a morte de Germano, ela determinou-se a permanecer uma viúva.
”
História
Segundo a Gética, em algum momento após a migração gótica de Gotiscandza para Aujo sob Filímero, os ostrogodos (grutungos) passaram a ser governados pelos Amalos, enquanto os visigodos (tervíngios) pelos Baltos.[3] Os Amalos permaneceram uma família grutunga proeminente, principalmente durante o reinado de Hermenerico, no século IV. Nesse período, os hunos sob Balamber atacaram os godos e fizeram dos grutungos seus vassalos.[4] Os Amalos continuaram a reinar sob suserania huna e participaram na batalha dos Campos Cataláunicos sob Átila, o Huno(r. 434–453).[5]
Com a morte de Átila, os irmãos Teodomiro (r. 451–474/475), Valamiro (r. 451–465) e Videmiro (r. 451–473) rebelaram-se contra os hunos, derrotando-os na batalha de Nedao e conseguindo a independência de seu povo. Depois disso, foram reassentados na Panônia sob consentimento do imperadorMarciano(r. 450–457) e fundaram um Reino Federado na região.[6] Teodorico, o Grande, filho de Teodomiro, em 493, fundaria o Reino Ostrogótico da Itália.[7] Em ca. 494, uniu as dinastia ostrogótica e visigótica com o casamento de sua filha Teodegoda com Alarico II(r. 484–507)[2] e mais adiante, em 515, uniu os dois ramos Amalos existente ao casar sua outra filha Amalasunta com Eutarico.[8][1]
Cameron, Averil; Bryan Ward-Perkins; Michael Whitby (2000). The Cambridge Ancient History, Volume 14 - Late Antiquity: Empire and Successors, A.D. 425-600. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN0-521-32591-9A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
Hodgkins, Thomas (1891). Theodoric the Goth. Nova Iorque e Londres: G. P. Putnam's sons
Kramarz-Bein, Susanne (1996). Hansische Literaturbeziehungen: Das Beispiel der Þhiðreks saga und verwandter Literatur. Berlim: Walter de Gruyter
Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University PressA referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
Massmann, Hans F. (1854). Der Kaiserchronik dritter Theil: 1,4,3. [S.l.]: Druck und Verlag von Gottfr. Basse