Íxion e Plutão seguem órbitas similares mas diferentemente orientadas, como mostra o diagrama (Íxion é verde, Plutão é vermelho, Netuno é cinza, em posições que tinham em abril de 2006). O periélio de Ixion é abaixo de eclíptica. Fora das características dos corpos celestes atrelados na ressonância (veja 90482 Orco), Íxion aproxima-se de Plutão com menos de 20 graus de separação angular. Íxion está atualmente cruzando a eclíptica dirigindo-se para baixo, e atingirá seu periélio em 2070. Plutão passou o periélio em 1989 e está descendo em direção à eclíptica.
Características físicas
Ao ser descoberto, estimou-se que Íxion era maior que o asteroideCeres,[9] Mesmo em 2002, um ano após sua descoberta, ainda acreditava-se que Íxion tinha mais de 1 000 km de diâmetro.[10] Estimativas mais recentes sugerem que Íxion tem um albedo grande[7] e é menor que Ceres. Observações pelo telescópio espacial Spitzer na parte infravermelha de seu espectro revelaram um diâmetro de cerca de 709,6 ± 0,2 quilômetros.[3]
Íxion é moderadamente vermelho (um pouco mais vermelho que 50000 Quaoar) na luz visível.[11] Pode haver uma característica de absorção no comprimento de onde 0,8 μm em seu espectro, o que é comumente atribuído à alteração de matérias superficiais por água.[11] O espectro infravemelho próximo de Íxion é plano. Não foram encontradas bandas de absorção de gelo de água a 1,5 e 2 μm. Isso contrasta com Varuna, que tem um gradiente espectral vermelho no infravermelho próximo assim como proeminentes bandas de absorção de gelo de água.[12] Análises espectroscópicas na luz visível e infravermelho indicam que a superfície de Íxion é uma mistura de gelo de água, carbono escuro e tolina.[13] O Very Large Telescope (VLT) observou Íxion para achar características cometárias, mas não detectou uma coma.[14]
↑ abcLevine, Stephen E.; Zuluaga, Carlos A.; Person, Michael J.; Sickafoose, Amanda A.; Bosh, Amanda A.; Collins, Michael (abril de 2021). «Occultation of a Large Star by the Large Plutino (28978) Ixion on 2020 October 13 UTC». The Astronomical Journal. 161 (5): 210. Bibcode:2021AJ....161..210L. doi:10.3847/1538-3881/abe76d
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John Stansberry, Will Grundy, Mike Brown, Dale Cruikshank, John Spencer, David Trilling, Jean-Luc Margot (2008). «Physical Properties of Kuiper Belt and Centaur Objects: Constraints from Spitzer Space Telescope». In: M. Antonietta Barucci, Hermann Boehnhardt, Dale P. Cruikshank. The Solar System Beyond Neptune(PDF). [S.l.]: University of Arizona press. pp. 161–179. ISBN0-8165-2755-5. arXiv:astro-ph/0702538 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)