1,2-Dichloroethane Alerta sobre risco à saúde
|
|
|
Nome IUPAC
|
1,2-dichloroethane
|
Outros nomes
|
Ethylene dichloride Ethane dichloride Dutch liquid, Dutch oil Freon 150
|
Identificadores
|
Número CAS
|
107-06-2
|
ChemSpider
|
10
|
Número RTECS
|
KI0525000
|
SMILES
|
|
Propriedades
|
Fórmula molecular
|
C2H4Cl2
|
Massa molar
|
98.96 g/mol
|
Aparência
|
líquido incolor com odor característico
|
Densidade
|
1.253 g/cm³, líquido
|
Ponto de fusão
|
-35 °C (238 K)
|
Ponto de ebulição
|
83.5–84.0 °C (357 K)
|
Solubilidade em água
|
0.87 g/100 ml (20 °C)
|
Viscosidade
|
0.84 mPa·s at 20 °C
|
Estrutura
|
Momento dipolar
|
1.80 D
|
Riscos associados
|
Principais riscos associados
|
tóxico, inflamável, corrosivo
|
NFPA 704
|
|
Frases R
|
R11, R45, R36/37/38
|
Frases S
|
S45, S53
|
Ponto de fulgor
|
13 °C
|
Compostos relacionados
|
Outros aniões/ânions
|
1,2-Dibromoetano Etano-1,2-ditiol
|
Haloalcanos relacionados
|
Clorometano Diclorometano 1,1,1-Tricloroetano 1,1-Dicloroetano
|
Compostos relacionados
|
Etileno Cloreto de vinila
|
Página de dados suplementares
|
Estrutura e propriedades
|
n, εr, etc.
|
Dados termodinâmicos
|
Phase behaviour Solid, liquid, gas
|
Dados espectrais
|
UV, IV, RMN, EM
|
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde.
|
1,2-Dicloroetano, conhecido antigamente como dicloreto de etileno, abreviado como DCE, é um composto químico organoclorado importante como intermediário na produção do monômero cloreto de vinila, o principal precursor para a produção do polímero PVC. É um líquido incolor com um odor semelhante ao clorofórmio. 1,2-Dicloroetano é também usado geralmente como um intermediário para outros compostos químicos orgânicos e como um solvente. Ele forma azeótropos com muitos outros solventes, incluindo água (p.e. 70,5 °C) e outros clorocarbonos.[1]
História
Em 1794, nos Países Baixos, o físico Rudolph Deiman, o mercador Adriaan Paets van Troostwijk, o químico Anthoni Lauwerenburg e o botânico Nicolaas Bondt foram os primeiros a produzir 1,2-dicloroerano a partir de etileno e cloro gasoso, o que explica em partes o fato de que o DCE fosse conhecido como 'óleo neerlandês' antes da padronização da nomenclatura na química orgânica.
Produção
Cerca de 20 milhões de toneladas de 1,2-dicloroetano são produzidos nos EUA, na Europa Ocidental e no Japão[2] através da reação do eteno com o cloro em uma reação catalisada por cloreto de ferro(III):
H2C=CH2 + Cl2 → ClCH2−CH2Cl
O 1,2-dicloroetano também é produzido pela oxicloração do etileno catalisada por cloreto de cobre(II):
2 H2C=CH2 + 4 HCl + O2 → 2 ClCH2−CH2Cl + 2 H2O
Usos
Aproximadamente 80% da produção mundial de 1,2-dicloroetano é usada na síntese de cloroeteno, precursor do cloreto de polivinila:
Cl−CH2−CH2−Cl → H2C=CH−Cl + HCl
O cloreto de hidrogênio produzido como sub-produto pode ser reutilizado na produção de mais 1,2-dicloroetano pelo mecanismo de oxialogenação.
O DCE já foi usado como desengraxante e removedor de tintas, mas seu uso com esses fins foi banido em razão de sua toxicidade e possível ação carcinogênica. É um intermediário na produção de vários compostos orgânicos, como a etilenodiamina.
Segurança
O 1,2-dicloroetano é tóxico(especialmente por inalação, devido à sua elevada pressão de vapor), inflamável[3] e possivelmente carcinogênico. Sua solubilidade e longa meia-vida em aquíferos pobres em oxigênio dissolvido o tornam um poluente perene perigoso à saúde e difícil de ser removido por maneiras convencionais.[4] O dicloroetano é instável na presença de alumínio metálico
Referências
- ↑ Manfred Rossberg, Wilhelm Lendle, Gerhard Pfleiderer, Adolf Tögel, Eberhard-Ludwig Dreher, Ernst Langer, Heinz Rassaerts, Peter Kleinschmidt, Heinz Strack, Richard Cook, Uwe Beck, Karl-August Lipper, Theodore R. Torkelson, Eckhard Löser, Klaus K. Beutel, Trevor Mann “Chlorinated Hydrocarbons” in Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry 2006, Wiley-VCH, Weinheim. http://dx.doi.org/10.1002/14356007.a06_233.pub2
- ↑ J.A. Field; R. Sierra-Alvarez (2004). «Biodegradability of chlorinated solvents and related chlorinated aliphatic compounds». Rev. Environ. Sci. Biotechnol. 3 (3): 185-254. doi:10.1007/s11157-004-4733-8
- ↑ "1,2-Dichoroethane MSDS." Mallinckrodt Chemicals. 19 May 2008. Web. <http://hazard.com/msds/mf/baker/baker/files/d2440.htm>.
- ↑ S. De Wildeman; W. Verstraete (25 de março de 2003). «The quest for microbial reductive dechlorination of C2 to C4 chloroalkanes is warranted». Appl. Microbiol. Biotechnol. 61 (2): 94-102. PMID 12655450. doi:10.1007/s00253-002-1174-6