No livro sobre a Vida dos Césares, escrito no começo do século II d.C. pelo historiadorSuetônio, aparece a narrativa da geração divina de Caio Júlio César Octaviano Augusto, o primeiro imperador romano, que viveu entre os anos 63 a.C. e 14 d.C. Suetônio atribui a lenda a Asclepias de Mendes, no livro Theologumena. Portanto, César Augusto é contemporâneo ao nascimento de Cristo. A concepção de Augusto foi assim:[6]
Ácia, a mãe de Augusto, tinha ido à meia noite ao templo de Apolo para um sacrifício solene, ficando dormida na liteira, enquanto que foram embora as outras mulheres; diz ainda que se deslizou ao seu lado uma serpente, retirando-se pouco depois; quando despertou, purificou-se como se tivesse saído dos braços do marido, e desde aquele momento ficou para sempre no corpo a imagem que nunca conseguiu apagar, por isso, não quis se mostrar nunca nos banhos públicos; Augusto nasceu dez meses depois e, por esta razão foi considerado como filho de Apolo.
Matrona Romana
Segundo Tácito, no seu Diálogo dos Oradores, Ácia era uma das mais respeitáveis matronas romanas de sua época:
Em sua presença nenhuma baixeza poderia ser pronunciada ou atitude mal-educada feita sem que considerasse uma grave ofensa. Regulava sua vida pela religião e com a máxima delicadeza tratava não apenas de seus afazeres juvenis como de seus divertimentos e jogos.
Ácia morreu durante o primeiro consulado de seu filho, entre agosto e setembro de 43 a.C., tendo recebido um funeral com grandes honras. Seu marido, Filipo desposou mais tarde uma de suas irmãs, portanto também uma Iulius.
Na cultura popular
Foi interpretada pela atriz inglesa Polly Walker na série Roma da HBO, de 2005.
↑Segundo Suetônio, Augusto nasceu "um pouco antes do nascer do Sol no nono dia antes das calendas de outubro, durante o consulado de Marco Túlio Cícero e Caio Antônio"
↑No consulado dos dois Sextuses, Pompeio e Apuleio, no décimo quarto dia antes das calendas de setembro, na hora nona, trinta e cinco dias antes do seu septuagésimo-sexto aniversário