José Craveirinha Literature Prize (2009)[3] Commander of the Order of Rio Branco
Raúl Alves Calane da Silva, kjent også som Calane da Silva, (født 20. oktober 1945 i hovedstaden Laurenço Marques i daværende Portugisisk Østafrika (Mosambik), død 29. januar 2021 samme sted - Maputo i Mosambik) var en mosambikisk forfatter, journalist og dikter.[4]
Liv og virke
Bakgrunn
Calane da Silva ble født i kolonihovedstaden Laurenço Marques og var sønn av en portugisisk far og en mor fra rongafolket.[5] I sin bok Dos Meninos da Malanga skildrer han sin oppvekst som svart tenåring i den lovløse forstaden Malanga.[6]
Som student ble da Silva tiltrukket av Núcleo de Estudantes Secundários Africanos de Moçambique, en nasjonalistisk bevegelse grunnlagt av Eduardo Mondlane i 1949, men ble ikke medlem i den.[7] Han tjenestegjorde i den portugisiske hær fra 1965 til 1968 i Nampula nord i landet.
Karriere
Så begynte han ved avisen Notícias og tidsskriftet Tempo. Han grunnla blant annet teatertruppen Tchova Xi Ta Duma, der han var leder og skuespiller, og Associação dos Escritores Moçambicanos.[8]
I 1990-årene ble han professor ved Universitetet i Maputo. I 2003 utgav han en bok som beskriver hvorledes hans eget språk ronga har påvirket talemålsportugisisk i Mosambik.[9] Han forsvarte et doktorarbeid ved Universitetet i Porto i 2009 med tittel Do lexico à possibilidade de campos isotópicos literários.[10][11].
Olhar Moçambique. Maputo: Centro de Formação Fotográfica, 1994
Gotas de Sol. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 2006.
Vencedor do concurso literário «Prémio 10 de Novembro», organizado conjuntamente pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo e pela Associação dos Escritores Moçambicanos quando do aniversário da capital de Moçambique.
A Pedagogia do Léxico. O Estiloso Craveirinha. As escolhas leixicais bantus, os neologismos luso-rongas e a sua função estilística e estético-nacionalista nas obras Xigubo e Karingana wa Karingana. Maputo: Imprensa Universitária, 2002.
Publicação da tese de mestrado.
Prefácio de Mário Vilela.
Gil Vicente: folgazão racista? (O riso e o preconceito racial no retrato de algumas minorias na obra vicentina). Maputo: Imprensa Universitária, 2002
Tão bem palavra: estudos de linguística sobre o português em Moçambique com ênfase na interferência das línguas banto no português e do português no banto. Maputo: Imprensa Uniersitária, 2003
Lírica do Imponderável e outros poemas do ser e do estar. Maputo: Imprensa Universitária, 2004
Ao mata bicho: Textos publicados no semanário “O brado Africano”. Lisboa: Texto Editores, 2006
Nyembêtu ou as Cores da Lágrima. Romance. Lisboa: Texto Editores. 2008.[13]
Pomar e Machamba ou Palavras. Maputo: Imprensa Universitária, 2009.
O João à procura da palavra poesia. Maputo: Imprensa Universitária, 2009.
Do léxico à possibilidade de campos isotópicos literários. Tese de doutoramento.[11]
^Tão bem palavra : estudos de linguística sobre o portugeês em Moçambique con ênface na interferência das línguas bantu no português e do português no bantu (på portugisisk). Maputo: Imprim. Univ. 2003.