Yurîka (ユリイカ, Yuriika?) (bra: Eureka[1]) é um filme dramático japonês de 2000 dirigido e escrito por Shinji Aoyama. O filme ganhou o prêmio FIPRESCI e o Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Cannes de 2000.
Enredo
Eureka é um drama ambientado na parte rural de Kyushu, no Japão, e é quase todo filmado em sépia. Conta a história dos efeitos duradouros de uma experiência violenta em três pessoas, Naoki e Kozue Tamura, que são irmãos, e um motorista de ônibus, Makoto Sawai. Os três são os únicos sobreviventes de um sequestro de ônibus. Os eventos violentos em si não são exibidos detalhadamente. O quão cada um dos três foram afetados vagarosamente começa a se mostrar. Naoki e Kozue não voltam mais à escola, não falam e se distanciam de seus pais. Um pouco depois do sequestro, sua mãe os abandona. Mais tarde seus pais morrem em um acidente de carro. Não é claro se a morte foi um suicídio. Ambas as crianças continuam morando sozinha em casa. Enquanto isso, Makoto está achando impossível levar uma vida normal e põe o pé na estrado, deixando para trás sua esposa, com seu pai, seu irmão mais velho e esposa mais a filha. Após algum tempo, Makoto retorna e descobre que sua esposa o deixou. Ele não consegue voltar à dirigir ônibus e opta por trabalhar como tarefeiro com um velho amigo de escola.
A relação de Makoto e seu irmão começa a se deteriorar, Makoto então se muda para viver com Naoki e Kozue. Ele começa a cuidar da casa e sempre certifica se eles estão se alimentando corretamente. Kozue agora começa a se comunicar um pouco mas Naoki continua mudo. O detetive que lidou com o sequestro do ônibus começa à perseguir Makoto por causa da morte de uma mulher da vizinhança, aparentemente sem evidências. Enquanto Makoto está fora à trabalho, Akihiko, o primo mais velhos dos irmãos, aparece e diz que tem intenção de tomar conta das crianças. Ele e Makoto não se entendem muito bem, mas acabam chegando em um acordo.
Mais um homicídio acontece e desta vez é uma amiga de Makoto. Ele é preso e questionado pelo detetive mas é finalmente solto. Ele conversa com seu amigo e colega de trabalho sobre seu desejo em voltar à dirigir e que planeja afastar todos, Naoki, Kozue, Akihiko e ele mesmo de seus respectivos problemas. Ele compra um velho ônibus no qual eles convertem para moradia e partem para um longo passeio ao longo da ilha. Kozue fica mais relaxado ao longo da viagem mas Naoki aparenta ficar mais pertubado. Eventualmente, descobre-se que Naoki é o assassino. Makoto o confronta e o convence à se entregar. Os três restantes continuam a jornada até que Makoto finalmente perde a paciência com o comportamento raso e cínico Akihiko e o joga pra fora do ônibus. Makoto e Kozue continuam sua jornada até que, finalmente, quando eles chegam ao pico da maior montanha em Kyushu, ambos percebem que podem levar uma vida normal novamente. Enquanto eles chegam à tal conclusão, o filme se torna colorido.
Elenco
- Kōji Yakusho como Makoto Sawai
- Aoi Miyazaki como Kozue Tamura
- Masaru Miyazaki como Naoki Tamura
- Yoichiro Saito como Akihiko
- Sayuri Kokushō como Yumiko
- Ken Mitsuishi como Shigeo
- Gō Rijū como Busjack Man
- Yutaka Matsushige como Matsuoka
- Sansei Shiomi como Yoshiyuki Sawai
- Kimie Shingyoji como Mother
- Eihi Shiina como Keiko Kono
- Machiko Ono como Mikiko Sawai
- Denden como Yoshida
Produção
Eureka foi filmado em preto e branco, com o efeito sépia sendo adicionado depois.[2]
Recepção
Eureka foi muito bem recebido pela crítica especializada. O agregador de críticas Rotten Tomatoes reporta que o filme tem um percentual de 90% de aprovação, sendo 38 das 42 críticas positivas.[3] Já no Metacritic, o filme está com uma média de 78 de 100, baseado em 22 críticas.[4] Jamie Russell da BBC deu ao filme 4 estrelas de 5.[5] Lisa Schwarzbaum do Entertainment Weekly deu ao filme uma nota B+.[6]
Scott Tobias da The A.V. Club descreveu o filme como "uma pensativa, estranhamente controlada, e profundamente comovente meditação sobre o que é ser humano".[7] Enquanto, Michael Wilmington do Chicago Tribune disse: "As belas imagens do oceano, colinas e do campo tem uma grandeza que remete aos road movies de Wim Wenders ou os faroestes de John Ford situados no Monument Valley".[8]
Foi listado por Cynthia Fuchs do PopMatters como um dos melhores filmes de 2001.[9]
Prêmios
Eureka ganhou o prêmio FIPRESCI e o Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Cannes de 2000..[10]
Referências